MIME-Version: 1.0 Content-Location: file:///C:/0447A201/ideologia_alema.htm Content-Transfer-Encoding: quoted-printable Content-Type: text/html; charset="us-ascii" A Ideologia Alemã

 

A IDEOLOGIA ALEMÃ

(Introduç= ão)

Karl Marx e Friedrich Engels

PREFÁCIO

Até agora, os homens formaram sempre idéias falsas sobr= e si

mesmos, sobre aquilo que são ou deveriam ser. Organizaram as s= uas

relações mútuas em função das representações de Deus, do homem

normal, etc., que aceitavam. Estes produtos do seu cérebro acabaram <= /span>

por os dominar; apesar de criadores, inclinaram-se perante as suas

próprias criações. Libertemo-los portanto das quimeras, das idéias,

dos dogmas, dos seres imaginários cujo jugo os faz degenerar.<= span style=3D'mso-spacerun:yes'> 

Revoltemo-nos contra o império dessas idéias. Ensinamos= os homens

a substituir essas ilusões por pensamentos que correspondam à <= /span>

essência do homem, afirma um; a ter perante elas uma atitude crítica, =

afirma outro; a tirá-las da cabeça, diz um terceiro e a realidade =

existente desaparecerá.

Estes sonhos ino= centes e pueris formam o núcleo da filosofia atual dos

Jovens Hegeliano= s; e, na Alemanha, são não só acolhidas pelo público =

com um misto de respeito e pavor corno ainda apresentadas pelos

próprios heróis filosóficos com a solene convicção de que tais idéias, <= o:p>

de uma virulência criminosa, constituem para o inundo um perigo

revolucion&aacut= e;rio. O primeiro volume desta obra propõe-se desmascarar

estas ovelhas qu= e se julgam lobos e que são tomadas como lobas

mostrando que os= seus balidos apenas repetem numa linguagem

filosófic= a as representações dos burgueses alemães e que as suas

fanfarronadas se limitam a refletir a pobreza lastimosa da realidade

alemã; propõe-se ridicularizar e desacreditar esse combate filosófic= o

contra assombras= da realidade que tanto agrada à sonolência

sonhadora do povo alemão.

Em tempos, houve= quem pensasse que os homens se afogavam apenas

por acreditarem = na idéia da gravidade. Se tirassem esta idéia da

cabeça, declarando por exemplo que não era mais do que uma

representa&ccedi= l;ão religiosa, supersticiosa, ficariam imediatamente livres

de qualquer peri= go de afogamento. Durante toda a sua vida, o homem

que assim pensou viu-se obrigado a lutar contra rodas as estatísticas

que demonstram repetidamente as conseqüências perniciosas de uma

tal ilusã= o. Este homem constituía um exemplo vivo dos atuais

filósofos revolucionários alemã= es (1)

FEUERBACH

Oposição entre a concepção materialista e a idealista

INTRODUÇÃO

De acordo com ce= rtos ideólogos alemães, a Alemanha teria sido nestes

últimos a= nos o teatro de uma revolução sem precedentes. O processo de

decomposiç= ;ão do sistema hegeliano, iniciado com Strauss (2) <= /span>, teria dado

origem a uma fermentação universal para a qual teriam sido arrastadas toda= s

as «potências do passado». Nesse caos universal, formaram-se impérios =

poderosos que de= pois sofreram uma derrocada imponente, surgiram heróis

efêmeros m= ais tarde derrubados por rivais audazes e mais poderosos. Perante

uma tal revolução. a Revolução francesa não foi = mais do que uma

brincadeira de crianças e os combates dos diádocos (3) parecem-nos

mesquinhos. Os princípios foram substituídos, os heróis do pensamento=

derrubaram-se un= s aos outros: de 1842 a 1845, o solo alemão foi mais

revolvido do que nos três séculos anteriores.

E tudo isto se t= eria passado nos domínios do pensamento puro (= 4). 

Trata-se, com ef= eito, de um acontecimento interessante: o processo de

decomposição do espírito absolu= to (5)

Depois de se ext= inguir a sua última centelha de vida, os diversos elementos

deste caput mort= uum (6) entraram em decomposição, for= maram novas

combinaç&= otilde;es e constituíram novas substâncias. Os industriais da filosofia,=

que até então viviam da exploração do espírito absoluto= , ocuparam-se

imediatamente de= ssas novas combinações, procurando com todo o zelo fazer

render a parte q= ue lhes coubera. Mas também aqui havia concorrência... No

início, e= sta foi praticada de uma forma bastante séria e burguesa; mais tarde,

quando o mercado alemão ficou saturado e se verificou ser impossível,

apesar de todos = os esforços, escoar a mercadoria no mercado mundial, o

negócio f= oi viciado, como é habitual na Alemanha, por uma produção=

inferior, pela alteração da qualidade, pela adulteração da mat= éria-prima, a <= /span>

falsificaç= ;ão dos rótulos, as vendas fictícias, os cheques sem cobertura e = a

instauraç= ão de um sistema de crédito sem qualquer base concreta. Esta

concorrênc= ia deu origem a uma luta encarniçada que nos é agora apresentada

e enaltecida com= o uma revolução histórica que teria conseguido prodigiosos <= span style=3D'color:black;display:none;mso-hide:all'>

resultados e conquistas.

Mas para ter uma idéia justa desta charlatanice filosófica que desperta no

coraç&ati= lde;o do honesto burguês alemão um agradável sentimento nacio= nal, para

dar uma id&eacut= e;ia concreta da mesquinhez, da pequenez provinciana = (7) de todo

este movimento jovem-hegeliano, e especialmente de todo o contraste

trágico-c= ómico entre aquilo que estes heróis realmente faiem e o que julgam

fazer, é necessário examinar todo este espetáculo de um ponto de vista=

exterior à Alemanha (8)

Torna-se assim evidente que os jovens hegelianos devem lutar” apenas

contra estas ilusões da consciência (9)

Como, na sua imaginação, as relações entre os homens, todos = os seus atos e

os seus gostos, = as suas cadeias e os seus limites, são produtos da

consciênci= a, os jovens-hegelianos. coerentes consigo mesmos, propõem aos

homens este post= ulado moral: substituir a sua consciência atual pela

consciência humana crítica ou egoísta e, ao fazê-lo abolir os seus limites, <= /span>

Exigir uma tal transformação da consciência significa interpretar

diferentemente a= quilo que existe, isto é, aceitá-lo com uma interpretaç&atil= de;o

diferente. Apesa= r das suas frases pomposas, que «revolucionam o mundo»,

os ideólo= gos da escola jovem-hegeliana são os maiores conservadores. Os

mais jovens encontraram uma expressão exata fraseologia para qualificar a

sua atividade qu= ando afirmam lutar unicamente contra uma «fraseologia»;

esquecem-se porém de que apenas lhe opõem uma outra fraseologia e de que =

não &eacu= te; lutando contra a fraseologia de um mundo, que se luta com o mundo

que realmente ex= iste. Os únicos resultados que se conseguiram com esta

crítica filosófica foram alguns esclarecimentos quanto à histó= ria religiosa -e

mesmo isto de um= ponto de vista muito limitado - do cristianismo; todas as

suas outras afirmações constituem novas formas de ornamentar a sua

pretensão= de terem realizado descobertas de importância histórica quando, <= span style=3D'color:black;display:none;mso-hide:all'>

de fato, n&atild= e;o foram mais do que esclarecimentos insignificantes. 

Nenhum destes filósofos se lembrou de perguntar qual seria a relação entre a

filosofia alem&a= tilde; e a realidade alemã, a relação entre a sua crít= ica e o seu

próprio meio material.

1.        &= nbsp;   A IDEOLOGIA ALEMÃ;

EM ESPECIAL, A FILOSOFIA ALEMÃ.

A(10)

As premissas de = que partimos não constituem bases arbitrárias, nem dogmas;

são antes= bases reais de que só é possível abstrair no âmbito da imaginação. 

As nossas premis= sas são os indivíduos reais, a sua ação e as suas condições

materiais de existência, quer se trate daquelas que encontrou já elaboradas=

aquando do seu aparecimento quer das que ele próprio criou. Estas bases são =

portanto verificáveis por vias puramente empíricas. 

A primeira condição de toda a história humana é evidenteme= nte a existência

de seres humanos vivos (1= 1)

O primeiro estad= o real que encontramos é então constituído pela

complexidade cor= poral desses indivíduos e as relações a que ela obriga com <= span style=3D'color:black;display:none;mso-hide:all'>

o resto da natur= eza. Não poderemos fazer aqui um estudo aprofundado da

constituiç= ;ão física do homem ou das condições naturais, geológicas,

orográfic= as, hidrográficas, climáticas e outras (12), que se lhe depararam já

elaboradas. Toda= a historiografia deve necessariamente partir dessas bases

naturais e da sua modificação provocada pelos homens no decurso da

história.

Pode-se referir a consciência, a religião e tudo o que se quiser como

distinç&a= tilde;o entre os homens e os animais; porém, esta distinção só começa a

existir quando os homens iniciam a produção dos seus meios de vida, passo

em frente que &e= acute; conseqüência da sua organização corporal. Ao produzirem

os seus meios de existência, os homens produzem indiretamente a sua

própria vida material.

A forma como os = homens produzem esses meios depende em primeiro lugar

da natureza, ist= o e, dos meios de existência já elaborados e que lhes é

necessário reproduzir; mas não deveremos considerar esse modo de

produç&at= ilde;o deste único ponto de vista, isto é, enquanto mera reprodução da

existência física dos indivíduos. Pelo contrário, já const= itui um modo

determinado de atividade de tais indivíduos, uma forma determinada de

manifestar a sua= vida, um modo de vida determinado. A forma como os

indivíduos manifestam a sua vida reflete muito Exatamente aquilo que são,

O que são coincide portanto com a sua produção, isto é, tanto com aquilo

que produzem com= o com a forma cotizo produzem. Aquilo que os

indivíduos são depende portanto das condições materiais da sua produção. 

Esta produção só aparece com o aumento da população e pressupõe a

existência de relações entre os indivíduos.

A forma dessas relações é por s= ua vez condicionada pela produção.

* * *

As relações entre as diferentes nações dependem do estádio de

desenvolvimento = das forças produtivas, da divisão de trabalho e~ das

relaç&oti= lde;es internas em cada uma delas. Este princípio é universalmente <= span style=3D'color:black;display:none;mso-hide:all'>

reconhecido. No entanto, não são apenas as relações entre uma nação e

qualquer outra q= ue dependem do nível de desenvolvimento da sua produção <= span style=3D'color:black;display:none;mso-hide:all'>

e das suas relações internas e externas; o mesmo acontece com toda a

estrutura interna dessa nação. Reconhece-se facilmente o grau de

desenvolvimento atingido pelas forças produtivas de uma nação a partir= do

desenvolvimento atingido pela divisão do trabalho. Na medida em que não

constitui apenas= uma mera extensão quantitativa das forças produtivas já

conhecidas (como= , por exemplo, o aproveitamento de terras incultas),

qualquer nova força de produção tem por conseqüência um n= ovo

aperfeiçoamento da divisão do trabalho= .

A divisão= do trabalho numa nação obriga em primeiro lugar à separa&= ccedil;ão

entre o trabalho industrial e comercial e o trabalho agrícola; e, como

conseqü&eci= rc;ncia, à separação entre a cidade e o campo e à oposição dos seus

interesses. O seu desenvolvimento ulterior conduz à separação do trabalh= o

comercial e do trabalho industrial. Simultaneamente, e devido à divisão de <= span style=3D'color:black;display:none;mso-hide:all'>

trabalho no inte= rior dos diferentes ramos, assiste-se ao desenvolvimento de

diversas subdivisões entre os indivíduos que cooperam em trabalhos

determinados. A posição de quaisquer destas subdivisões particulares <= span style=3D'color:black;display:none;mso-hide:all'>

relativamente às outras é condicionada pelo modo de exploraçã= o do trabalho <= /span>

agrícola, industrial e comercial (patriarcado, escravatura, ordens e classes). 

O mesmo acontece quando o comércio se desenvolve entre as diversas

nações.

Os vários= estádios de desenvolvimento da divisão do trabalho representam

outras tantas fo= rmas diferentes de propriedade; por outras palavras, cada

novo está= dio na divisão de trabalho determina igualmente as relações e= ntre

os indiví= duos no que toca à matéria, aos instrumentos e aos produtos do

trabalho.

A primeira forma= da propriedade é a propriedade da tribo; corresponde ao

tipo rudimentar = da produção em que os homens se alimentavam da caça e da =

pesca, da criação de gado e de uma agricultura incipiente, a qual

pressupunha uma = enorme quantidade de terras incultas. A divisão do

trabalho é então muito pouco desenvolvida e limita-se a constituir uma

extensão = da divisão do trabalho natural que existia no âmbito da família. A

estrutura social é, ela própria, uma extensão da estrutura familiar: no topo

encontravam-se os chefes da tribo patriarca!, seguidos dos membros da tribo

e, finalmente, d= os escravos. A escravatura latente na família só se

desenvolve pouco= a pouco com o crescimento da população, das

necessidades, e = das relações exteriores; e, quanto a estas, quer fossem

através da guerra ou do comércio.=

A segunda forma = de propriedade é a propriedade comunitária e a

propriedade esta= tal, que encontramos na antigüidade e que provém

sobretudo da reunião de várias tribos numa única cidade, por contra= to ou por

conquista, e na = qual subsiste a escravatura. A par da propriedade comunitária

desenvolve-se a propriedade privada mobiliária e mais tarde a imobiliária;

mas desenvolve-se ainda como uma forma anormal e subordinada à

propriedade comunitária. Os cidadãos só coletivamente exercem o seu poder

sobre os escravo= s que trabalham para eles, o que os liga à forma da

propriedade comunitária. Esta forma constitui já um tipo de propriedade <= span style=3D'color:black;display:none;mso-hide:all'>

privada dos cidadãos ativos que, face aos escravos, são obrigados a

conservar ainda = uma forma natural de associação. Toda a estrutura social

que nela se base= ia, assim como o poder do povo, desagregam-se

ulteriormente na= exata medida em que se desenvolve, principalmente, a

propriedade priv= ada imobiliária. A divisão de trabalho está mais evoluída;

encontramos j&aa= cute; a oposição entre a cidade e o campo, e mais tarde a oposição

entre os Estados= que representam o interesse das cidades e aqueles que

representam o interesse dos campos. Mesmo no interior das cidades vamos

encontrar uma oposição entre o comércio marítimo e a indústria. As relações

de classe entra cidadãos e escravos atingem o seu maior desenvolvimento

(13)

Com a evolução da propriedade privada, surgem pela primeira vez as =

relaç&oti= lde;es que reencontramos na propriedade privada moderna, embora numa

escala maior: po= r um lado, a concentração da propriedade privada que

começou m= uito cedo em Roma. como o prova a lei agrária de Licinius (14),

e que avan&ccedi= l;ou rapidamente a partir das guerras civis e sobretudo sob o

Império; = por outro lado, e em correlação com estes fatos, a transformação

dos pequenos camponeses plebeus num proletariado, cuja situação

intermédia entre os cidadãos possuidores e os escravos impediu um

desenvolvimento independente.

A terceira forma é a propriedade feudal ou propriedade por ordens. Ao passo

que a antigü= ;idade partia da cidade e do seu pequeno território, a Idade Média <= span style=3D'color:black;display:none;mso-hide:all'>

partia do campo.= A população existente, espalhada por uma enorme

superfíci= e que nem sequer os conquistadores vinham ocupar, condicionou

esta mudan&ccedi= l;a de ponto de partida. Contrariamente ao que acontecera na

Grécia e = em Roma, o desenvolvimento feudal inicia-se portanto numa

extensão territorial muito maior, preparada pelas conquistas romanas e pelo

desenvolvimento = do cultivo da terra a que aquelas inicialmente deram

origem. Os últimos séculos do Império Romano em declínio e= as conquistas

dos bárba= ros destruíram uma grande massa de forças produtivas: a

agricultura defi= nha, a indústria entra em decadência por falta de mercados, o

comércio arrasta-se penosamente ou é totalmente interrompido pela

violência,= e a população, tanto a rural como a urbana, diminui. Esta situação

e o modo de organização a que deu origem desenvolveram, sob a influê= ;ncia

da organização militar dos Germanos, a propriedade feudal. Tal c= omo a <= /span>

propriedade da t= ribo e da comuna, aquela repousa por sua vez numa

comunidade em que já não são os escravos, como acontecera no sistema

antigo, mas sim = os servos da gleba que constituem a classe diretamente

produtora. Paralelamente ao processo de desenvolvimento do feudalismo

surge a oposição às cidades. A estrutura hierárquica da propriedade fundiária

e a suserania mi= litar que lhe correspondia conferiram à nobreza um poder

total sobre os s= ervos Esta estrutura feudal, do mesmo modo que a antiga

propriedade comu= nal, constituía uma associação contra a classe produtora

dominada; e as diferenças existentes entre esses dois tipos de associaç&atil= de;o e de

relaç&oti= lde;es com os produtores imediatos eram uma conseqüência do fato de as =

condições de produção se= rem diferentes.

A esta estrutura feudal da propriedade fundiária correspondia, nas cidades, a

propriedade corporativa, a organização feudal do artesanato. Aqui, a

propriedade cons= istia principalmente no trabalho de cada indivíduo, e foi a

necessidade de associação contra uma nobreza voraz, a vantagem de dispor

de locais de ven= da comuns numa época em que o industrial era

simultaneamente comerciante, a concorrência crescente dos servos que se

evadiam em massa= para as cidades prósperas e a estrutura feudal de todo o

pais que levaram à constituição de corporações; os pequen= os capitais <= /span>

economizados pou= co a pouco pelos artesãos isolados e o número invariável

que estes representavam numa população que aumentava sem cessar

desenvolveram a condição de companheiro e de aprendiz, que, nas cidades,

deu origem a uma hierarquia semelhante à existente no campo. 

Portanto, durant= e a época feudal, o tipo fundamental de propriedade era o da

propriedade fundiária à qual estava submetido o trabalho dos servos, por = um

lado, e, por out= ro, o trabalho pessoal apoiado num pequeno capital e regendo

o trabalho dos oficiais. A estrutura de cada uma destas duas formas era

condicionada pel= as limitadas relações de produção, a agricultura rudimentar

e restrita e a indústria artesanal. Aquando do apogeu do feudalismo, a

divisão do trabalho foi muito pouco impulsionada: cada país continha em si

mesmo a oposição cidade-campo. A divisão em ordens era muito a= centuada

mas não encontramos nenhuma outra divisão de trabalho importante fora da

separaç&a= tilde;o entre príncipes, nobreza, clero e camponeses no campo, e mestres,

companheiros e aprendizes, e posteriormente uma plebe de jornaleiros, nas

cidades. Na agri= cultura, essa divisão tornava-se mais difícil pela existência

da exploração parcelar, paralelamente à qual se desenvolv= eu a indústria

doméstica= dos próprios camponeses; na indústria, não existia divisão do

trabalho dentro = de cada ofício, e muito pouca entre os diferentes ofícios. A

divisão e= ntre o comércio e a indústria existia já nas cidades antigas,= mas só =

mais tarde se desenvolveu nas cidades novas, quando estas iniciaram

contatos mútuos.

O agrupamento de terras de uma certa extensão em reinos feudais era tanto

uma necessidade = para a nobreza da terra como para as cidades. É por esta

razão que= a organização da classe dominante, isto é, da nobreza, t= eve sempre

um monarca à cabeça.=

* * *

Como vemos, s&at= ilde;o sempre indivíduos determinados (15), com uma atividade

produtiva que se desenrola de um determinado modo, que entram em

relaç&oti= lde;es sociais e políticas determinadas. É necessário que, em cada caso =

particular, a observação empírica (16) mostre nos fatos, e sem qualquer

especulaç= ão ou mistificação, o elo existente entre a estrutura social e política =

e a produção.estrutura sociaL e o Estado resultam constantemente = do

processo vital de indivíduos determinados; mas não resultam daquilo que

estes indivíduos aparentam perante si mesmos ou perante outros e sim

daquilo que s&at= ilde;o ira ,realidade, isto é, tal como trabalham e produzem

materialmente. Resultam portanto da forma como atuam partindo de bases,

condiç&ot= ilde;es e limites materiais determinados e independentes da sua vontade

(17)

A produção de idéias, de representações e = da consciência está em primeiro

lugar direta e intimamente ligada à atividade material e ‘ao comércio =

material dos hom= ens; é a linguagem da vida real. As representações, o

pensamento, o comércio intelectual dos homens surge aqui como emanaçã= ;o

direta do seu comportamento material. O mesmo acontece com a produção

intelectual quan= do esta se apresenta na linguagem das leis, política, moral,

religião, metafísica, etc., de um povo. São os homens que produzem as s= uas

representa&ccedi= l;ões, as suas idéias, etc. (18) , mas os homens reais, atuantes e tais

como foram condicionados por um determinado desenvolvimento das suas

forças produtivas e do modo de relações que lhe corresponde, incluin= do até

as formas mais a= mplas que estas possam tomar A consciência nunca pode

ser mais do que = o Ser consciente e o Ser dos homens é o seu processo da

vida real. E se = em toda a ideologia os homens e as suas relações nos surgem

invertidos, tal = como acontece numa câmera obscura (19) i= sto é apenas o

resultado do seu= processo de vida histórico, do mesmo modo que a imagem

invertida dos ob= jetos que se forma na retina é uma conseqüência do seu

processo de vida diretamente físico.

Contrariamente à filosofia alemã, que desce do céu para a terra, aqui parte-se <= /span>

da terra para at= ingir o céu. Isto significa que não se parte daquilo que os

homens dizem, im= aginam e pensam nem daquilo que são nas palavras, no

pensamento na imaginação e na representação de outrem para ch= egar aos

homens em carne e osso; parte-se dos homens, da sua atividade real. É a

partir do seu pr= ocesso de vida real que se representa o desenvolvimento dos

reflexos e das repercussões ideológicas deste processo vital. Mesmo as

fantasmagorias correspondem, no cérebro humano, a sublimações

necessariamente = resultantes do processo da sua vida material que pode ser

observado empiricamente e que repousa em bases materiais. Assim, a moral,

a religiã= o, a metafísica e qualquer outra ideologia, tal como as formas de

consciênci= a que lhes correspondem, perdem imediatamente toda a aparência

de autonomia. Não têm história, não têm desenvolvimento; serão antes os

homens que, desenvolvendo a sua produção material e as suas relações

materiais, transformam, com esta realidade que lhes é própria, o seu

pensamento e os = produtos desse pensamento. ,,Não é a consciência que

determina a vida= , mas sim a vida que determina a consciência. Na primeira

forma de conside= rar este assunto, parte-se da consciência como sendo o

indivíduo= vivo, e na segunda, que corresponde à vida real, parte-se dos

próprios indivíduos reais e vivos e considera-se a consciência unicamen= te

como sua consciência

Esta forma de considerar o assunto não é desprovida de pressupostos. Parte =

de premissas rea= is e não as abandona um único instante. Estas premissas são=

os homens, n&ati= lde;o isolados nem fixos de uma qualquer forma imaginária, mas

apreendidos no s= eu processo de desenvolvimento real em condições

determinadas, desenvolvimento este que é visível empiricamente. Desde que <= span style=3D'color:black;display:none;mso-hide:all'>

se represente es= te processo de atividade vital, a história deixa de ser uma

coleç&ati= lde;o de fatos sem vida, como a apresentam os empiristas, e que são ainda =

abstratos, ou a ação imaginária de sujeitos imaginários, como a apresentam

os idealistas.

É onde te= rmina a especulação, isto é, na vida real, que começa= a ciência real, <= o:p>

positiva, a expressão da. atividade prática., do processo de desenvolvime= nto

prático d= os homens É nesse ponto que termina o fraseado oco sobre a

consciênci= a e o saber real passa a ocupar o seu lugar. Ao expor a realidade, a

filosofia deixa = de ter um meio onde possa existir de forma autônoma. Em

vez dela poder-se-á considerar, quando muito, uma síntese dos resultad= os

mais gerais que é possível abstrair do estudo do desenvolvimento histó= rico

dos homens. Estas abstrações, tomadas em. si, destacadas da história rea= l

não t&eci= rc;m qualquer valor. Podem quando muito servir para classificar mais

facilmente a matéria, para indicar a sucessão das suas estratificações

particulares. Mas não dão, de forma alguma como a filosofia, urna receita,

um esquema segun= do o qual se possam acomodar as épocas históricas. Pelo

contrário= , a dificuldade começa precisamente quando se inicia o estudo (20)

e a classificação desta matéria, quer se trate de uma época passada ou do

tempo presente. = A eliminação destas dificuldades depende de premissas que

é impossível desenvolver aqui, pois resultam do estudo do processo de = vida

real e da atuação dos indivíduos de cada época. Iremos explicar através de

exemplos históricos algumas das abstrações consciência que usaremos <= /span>

quando do estudo da ideologia.

[2]

É certo <= span style=3D'color:blue'>(21) que não nos preocuparemos em explic= ar aos nossos sábios =

filósofos= que, ao dissolverem na «Consciência de si» a filosofia, a teologia, a

substância, etc., libertando assim «o Homem» da ditadura que nunca o

subjugou, n&atil= de;o contribuíram sequer para que a «libertação»= ; do «homem» <= o:p>

avançasse ‘um único passo; que não é possível levar= a cabo urna libertação

real sem ser no = mundo real e através de meios reais; que não é possív= el

abolir a escrava= tura sem a máquina a vapor e a muke-jenny (22)= nem a <= /span>

servidão = sem aperfeiçoar a agricultura; que, mais genericamente. não &eacu= te;

possível libertar os homens enquanto eles não estiverem completamente

aptos a fornecer= em-se de comida e bebida, a satisfazerem as suas

necessidades de alojamento e vestuário em qualidade e quantidade perfeitas

(23) = lib= ertação A «libertação» é um fato histórico e não um fato intelectual,

e é provo= cado por condições históricas, pelo [progresso] da indústria, do =

comércio,= da agricultura... (24) estas (provocam) depo= is, em virtude dos seus

diferentes estádios de desenvolvimento, esses absurdos: a substância, o <= span style=3D'color:black;display:none;mso-hide:all'>

sujeito, a consciência de si e a crítica pura, assim como os absurdos

religiosos e teológicos, que são novamente eliminados quando já estão

suficientemente desenvolvidos. Naturalmente, num país como a Alemanha,

onde o desenvolv= imento histórico é atualmente miserável, os fatos históricos

ausentes s&atild= e;o substituídos por esses desenvolvimentos de idéias deixasse, <= span style=3D'color:black;display:none;mso-hide:all'>

essas pobrezas idealizadas e ineficazes que se incrustam, tornando-se

necessário combatê-los. Mas esta luta não tem uma importância histórica

geral, ela só tem uma importância local= (25)

(A Histór= ia]

De fato, para o materialista prático (26) ou seja = para o comunista, é mister

revolucionar o m= undo existente, atacar e transformar praticamente o estado

de coisas que encontra. Se por vezes se observam em Feuerbach pontos de

vista semelhante= s a este, é necessário anotar que nunca vão além de simples

intuiç&ot= ilde;es isoladas com muito pouca influência sobre toda a sua concepção

geral; apenas po= demos considerá-los como germes susceptíveis de

desenvolvimento.= Para Feuerbach, a «concepção» (27) do mundo sensível

limita-se, por um lado, à simples contemplação deste último e, por outro, ao =

simples sentimen= to. Refere-se ao «Homem» em vez de se referir aos

«homens históricos reais». «O Homem» é na realidade “o Alemão”, No

primeiro caso, i= sto é, na contemplação do mundo sensível. choca-se =

necessariamente = com objetos que se encontram em contradição com a sua

consciênci= a e o seu sentimento, que perturbam a harmonia de todas as partes

do mundo sensível que pressupusera. sobretudo a do homem e da natureza

Para eliminar es= tes objetos é-lhe necessário refugiar-se num duplo ponto de

vista: entre uma visão profana que apenas se apercebe daquilo «que é visível <= /o:p>

a olho nu»= e uma outra mais elevada, filosófica, que alcança a «verdadei= ra

essência das coisas». (28)

Não v&eci= rc; que o mundo sensível em seu redor não é objeto dado diretamente

para toda a eternidade, e sempre igual a si mesmo, mas antes o produto da

indústria= e do estado da sociedade, isto é, um produto histórico, o resultad= o

da atividade de = toda uma série de gerações (29) = cada uma das quais

ultrapassava a precedente. aperfeiçoando a sua indústria e o seu comércio, e

modificava o seu regime social em função da modificação das necessidades. 

Os objetos certe= za da mais simples «certeza sensível» só são dad= os a

Feuerbach através do desenvolvimento social, da indústria e das trocas =

comerciais. Sabe= -se que a cerejeira, como todas as outras árvores frutíferas,

foi trazida para= as nossas latitudes pelo comércio, apenas há alguns sécul= os,

e que foi somente devido à ação de uma sociedade determinada, numa época

determinada, que= a árvore surgiu como «certeza sensível» a Feuerbach. 

Aliás, ne= sta concepção que vê as coisas tais como são na realidade e como

realmente ocorre= m, qualquer problema filosófico profundo se reduz muito

simplesmente a u= m fato empírico, como veremos mais claramente um pouco

adiante. Tomemos= como exemplo a importante questão das relações entre o

homem e a nature= za (ou mesmo, tal como Bruno diz na página 110 (= 30), as =

«contradi&= ccedil;ões na natureza e na história.», como se aí houvesse duas «coisas» =

disjuntas, como = se o homem não se encontrasse sempre perante uma

natureza que &ea= cute; histórica e uma história que é natural). Esta questão, da qual

nasceram todas as «obras de uma grandeza insondável» (31) sobre a <= /o:p>

«Subst&aci= rc;ncia» e a «Consciência de si», reduz-se à compreens&atil= de;o do fato de

que a tão célebre «Unidade do homem e da natureza» existiu sempre = na

indústria= e se apresentou em cada época sob formas diferentes consoante o

desenvolvimento = maior ou menor dessa indústria; e o mesmo acontece

quanto à «Luta» do homem contra a natureza, até que as forç= ;as produtivas

desde últ= imo se tenham desenvolvido sobre uma base adequada. A indústria

e o comér= cio, a produção e a troca das necessidades vitais condicionam a

distribuiç= ;ão, a estrutura das diferentes classes sociais, sendo por sua vez,

condicionadas po= r elas no seu modo de funcionamento. E é por isso que

Feuerbach apenas vê, por exemplo, em Manchester, fábricas e máquinas,

quando há= um século atrás apenas aí existiam teares e oficinas de tecelão, e

só descob= re pastagens e pântanos nos campos romanos onde, no tempo de

Augusto, s&oacut= e; poderia ter encontrado vinhas e mansões de capitalistas

romanos. Feuerba= ch refere-se em particular à concepção da ciência d= a

natureza, evoca segredos que apenas são visíveis pelo físico e o químico; =

mas que seria da ciência da natureza sem o comércio e a indústria? E não

serão o comércio e a indústria, a atividade material dos homens, que =

atribuem um fim = a essa ciência da natureza dita «pura» e lhe fornecem os

seus materiais?

Essa atividade, = esse trabalho, essa criação material incessante dos homens,

essa produção é a base de todo o mundo sensível tal = como hoje existe, e a tal =

ponto que se o interrompêssemos apenas por um ano, Feuerbach não só

encontraria enor= mes modificações no mundo ‘natural como até lamentar= ia a

perda de todo o = mundo humano e da sua própria faculdade de contemplação,

ou mesmo da sua própria existência. É certo que o primado da natureza <= span style=3D'color:black;display:none;mso-hide:all'>

exterior n&atild= e;o deixa por isso de subsistir, e tudo isto não pode certamente

aplicar-se aos primeiros homens nascidos por generatio aequivoca (geração

espontânea= ), mas esta distinção apenas tem sentido se se considerar o

homem como sendo diferente da natureza. De qualquer modo, esta natureza

que precede a história dos homens não é de forma alguma a natureza q= ue

rodeia Feuerbach= ; tal natureza não existe nos nossos dias, salvo talvez em

alguns ató= ;is australianos de formação recente, e portanto não existe para

Feuerbach.

Admitimos que Feuerbach tem sobre os materialistas «puros» a grande

vantagem de se aperceber de que o homem é também um «objeto sensível»;

mas abstraiamos = do fato de apenas o considerar como «objeto sensível» e

não como «atividade sensível», pois nesse ponto ainda se agarra à teoria e

não integ= ra os homens no seu contexto social, nas suas condições de vida

que fizeram dele= s o que são. Não há dúvida de que nunca atinge os homens

que existem e at= uam realmente, que se atém a uma abstração, homem real o <= span style=3D'color:black;display:none;mso-hide:all'>

«Homem&raq= uo;, e que apenas consegue reconhecer o homem «real, individual,

em carne e osso», no sentimento ou, dizendo de outro modo, apenas conhece

o amor e a amiza= de enquanto «relações humanas» «do homem com o=

homem», e = mesmo assim idealizadas. Não critica as atuais condições de =

vida. Não consegue apreender o mundo sensível como a soma da atividade

viva e fí= sica dos indivíduos que o compõem e, quando por exemplo observa

um grupo de home= ns com fome, cansados e tuberculosos, em vez de homens

de bom porte, &e= acute; constrangido a refugiar-se na «concepção superior das <= span style=3D'color:black;display:none;mso-hide:all'>

coisas» e = na «compensação ideal no interior do Gênero»; = cai portanto no

idealismo, precisamente onde o materialismo vê simultaneamente a

necessidade e a condição de uma transformação radical tanto da indústria

como da estrutura social.

Enquanto materia= lista, Feuerbach nunca faz intervir a história; e quando

aceita a história, não é materialista. Nele, história e materialismo são coisas

complemente sepa= radas, o que de resto já é suficientemente explicado pelas

considerações precedentes. (32)

Relativamente ao= s Alemães, que se julgam desprovidos de qualquer

pressuposto, dev= emos lembrar a existência de um primeiro pressuposto de

toda a existência humana e, portanto, de toda a história, a saber, qu= e os

homens devem est= ar em condições de poder viver a fim de afazer história». 

Mas, para viver, é necessário antes de mais beber, comer, ter um tecto onde

se abrigar, vest= ir-se, etc., O primeiro fato histórico é pois a produçã= ;o dos

meios que permit= em satisfazer as necessidades, a produção da própria vida=

material; trata-= se de uni fato histórico, de uma condição fundamental de tod= a

a históri= a, que é necessário, tanto hoje como há milhares de anos, executar <= /span>

dia a dia, hora a hora, a fim de manter os homens vivos. Mesmo quando a

realidade sensível se reduz a um simples pedaço de madeira, ao mínimo

possível,= como em São Bruno, essa mesma realidade implica a atividade que

produz o peda&cc= edil;o de madeira. Em qualquer concepção histórica, é primeiro <= /span>

necessário observar este fato fundamental em toda a sua importância e

extensão e colocá-lo no lugar que lhe compete. Todos sabem que os

Alemães n= unca o fizeram; nunca tiveram uma base terrestre para a história e

nunca tiveram, p= or isso, nenhum historiador. Tanto os franceses como os

ingleses, se bem= que apenas se apercebessem da conexão entre este fato e a

história = de um ponto de vista bastante restrito, e sobretudo enquanto se

mantiveram prisioneiros da ideologia política, não deixaram por isso de =

levar a cabo as primeiras tentativas para dar à historiografia uma base

materialista, escrevendo as primeiras histórias da sociedade civil, do

comércio e da indústria.

O segundo ponto a considerar é que uma vez satisfeita a primeira

necessidade, a ação de a satisfazer e o instrumento utilizado para tal

conduzem a novas necessidades e essa produção de novas necessidades

constitui o prim= eiro fato histórico. É aí que se reconhece imediatamente de=

que massa &eacut= e; feita a grande sabedoria histórica dos Alemães; porque na fal= ta

de material posi= tivo e quando não debatem disparates teológicos, políticos

ou literá= rios, os Alemães deixam de falar em história para passarem a referi= rse

aos «tempos pré-históricos», não nos indicando aliás = como se passa desta <= /o:p>

absurda «pré-história» para a história propriamente dita se bem que seja =

evidente, por ou= tro lado, que as suas especulações históricas se servem de= sta

pré-hist&= oacute;ria» porque aí se julgam a salvo da ingerência dos «toscos

acontecimentos&r= aquo; e ainda porque aí podem dar rédea solta aos seus instintos

especulativos pr= opondo e recusando milhares de hipóteses.&= nbsp;

O terceiro aspec= to que intervém diretamente no desenvolvimento histórico é

o fato de os hom= ens, que em cada dia renovam a sua própria vida, criarem

outros homens. reproduzirem-se; é a relação entre o homem e a mulher,= os

pais e os filhos= , a família. Esta família, que é inicialmente a úni= ca relação

social, transfor= ma-se numa relação subalterna (exceto conceito social

Alemanha) quando= o acréscimo das necessidades engendra novas relações

sociais e o crescimento da população dá origem a novas necessidade= s; devese

por conseguinte abordar e desenvolver este tema da família a partir dos

fatos empí= ;ricos existentes e não do «conceito de família», como é hábito

fazer-se na Alem= anha. Aliás, não se devem compreender estes três aspectos

da atividade soc= ial como três estados diferentes, mas muito simplesmente

como três aspectos ou, para empregar uma linguagem compreensível para os

Alemães, três «momentos» que coexistiram desde o início da história dos <= o:p>

primeiros homens= o que ainda hoje nela se manifestam. 

A produção da vida, tanto a própria através do trabalho como a alheia

através da procriação, surge-nos agora como uma. relação dupla: por um

lado como uma relação natural e, por outro, como uma relação social - social =

no sentido de ação conjugada de vários indivíduos, não importa em que <= /o:p>

condiç&ot= ilde;es, de que maneira e com que objetivo. Segue-se que um

determinado modo= de produção ou estádio de desenvolvimento industrial se <= span style=3D'color:black;display:none;mso-hide:all'>

encontram permanentemente ligados a um modo de cooperação ou a um

estado social determinados, e que esse modo de cooperação é ele mesm= o

uma «força produtiva»; segue-se igualmente que o conjunto das forças

produtivas acessíveis aos homens determina o estado social e que se deve

estudar e elabor= ar a «história dos homens» em estreita correlaçã= ;o com a

história = da indústria e das trocas. Mas é também evidente que &eac= ute; impossível

escrever tal história na Alemanha, pois faltam aos Alemães, para o fazer, não

somente os mater= iais e a capacidade para a conceber mas também a «certeza

sensível,= ; e por outro lado não é possível levar a cabo experiências sobre

estas quest&otil= de;es do outro lado do Reno visto que aí já não se faz história. 

Logo, manifesta-= se imediatamente um sistema de laços materiais entre os

homens que &eacu= te; condicionado pelas necessidades e o modo de produção e que

é t&atild= e;o velho como os próprios homens - sistema de laços que adquire =

constantemente n= ovas formas e tem assim uma «história» mesmo sem que

exista ainda qua= lquer absurdo político ou religioso que contribua também

para unir os homens.

E só agor= a, depois de já examinados quatro momentos, quatro aspectos das

relaç&oti= lde;es históricas originárias, nos apercebemos de que o homem também

possui «consciência». (33)

Mas não se trata de uma consciência que seja de antemão consciência=

«pura&raqu= o;. Desde sempre pesa sobre o «espírito» a maldição de estar

«imbu&iacu= te;do» de uma matéria que aqui se manifesta sob a forma de camadas de

ar em movimento,= de sons, numa palavra, sob a forma da linguagem. A

linguagem &eacut= e; tão velha como a consciência: é a consciência rea= l. prática, que <= o:p>

existe tamb&eacu= te;m para outros homens e que portanto existe igualmente só para

mim e, tal como a consciência. 

só surge = com a necessidade, as exigências dos contatos com os outros

homens (34)

Onde existe uma relação, ela existe para mim. O animal «não se encontra em

relaç&ati= lde;o» com coisa alguma. não conhece de fato qualquer relação; para o

animal, as relações com os outros não existem enquanto relações. 

A consciên= cia é pois um produto social e continuará a sê-lo enquanto houver

homens. A consciência é. antes de tudo, a consciência do meio sensível =

imediato e de uma relação limitada com outras pessoas e outras coisas

situadas fora do indivíduo que toma consciência; é simultaneamente a

consciênci= a da natureza que inicialmente se depara ao homem como uma

força francamente estranha, toda-poderosa e inatacável, perante a qual os =

homens se compor= tam de uma forma puramente animal e que os atemoriza

tanto como aos animais; por conseguinte, uma consciência de natureza

puramente animal (religião natural (35)). Por outro= lado, a consciência da

necessidade de entabular relações com os indivíduos que o cercam marc= a

para o homem a t= ornada de consciência de que vive efetivamente em

sociedade. Este = como é tão animal como a própria vida social nesta fase;

trata-se de uma simples consciência gregária e, neste aspecto, o homem

distingue-se do carneiro pelo simples fato de a consciência substituir nele o

instinto ou de o= seu instinto ser um instinto consciente. Esta consciência

gregária = ou tribal desenvolve-se e aperfeiçoa-se posteriormente devido ao

aumento da produtividade, das necessidades e da população, que constitui=

aqui o fator básico. É deste modo que se desenvolve a divisão do trabalho <= /span>

que primitivamen= te não passava de divisão de funções no ato sexual= e, mais

tarde, de uma divisão «natural» do trabalho consoante os dotes físicos (o

vigor corporal, = por exemplo), as necessidades, o acaso, etc. A divisão do

trabalho s&oacut= e; surge efetivamente a partir do momento em que se opera uma

divisão e= ntre o trabalho material e intelectual. A partir deste momento, a

consciênci= a pode supor-se algo mais do que a consciência da prática

existente, que representa de fato qualquer coisa sem representar algo de real. 

E igualmente a p= artir deste instante ela encontra-se em condições de se

emancipar do mun= do e de passar à formação da teoria pura», teologia, =

filosofia, moral= , etc. Mas mesmo quando essa teoria, essa teologia, essa

filosofia, essa = moral, etc., entram em contradição com as relações existentes,

isso deve-se ape= nas ao fato de as relações sociais existentes terem entrado

em contradição com a força produtiva existente; ali&aacut= e;s, o mesmo pode

acontecer numa determinada esfera nacional porque, nesse caso, a

contradiç= ão produz-se não no interior dessa esfera nacional mas entre a

consciência naciona1 a prática das outras nações, quer dizer, entr= e a

consciência nacional de. urna determinada nação e a sua consciência=

universal (36) (como atualmente na Alemanha); pelo que pa= ra essa nação, e

parque aparentem= ente tal contradição apenas se apresenta como contradição

no seio da consciência nacional, a luta parece limitar-se a uma órbita

nacional pois es= se país incarna a própria podridão. Pouco importa, de res= to,

aquilo que a con= sciência empreende isoladamente; toda essa podridão tem

um único resultado: os três momentos, constituídos pela força produtiva o

estado social e a consciência, podem e devem necessariamente entrar em

conflito entre s= i, pois, através da divisão do trabalho, torna-se possíve= l

aquilo que se ve= rifica efetivamente: que a atividade intelectual e material

(37)<= /span>, o= gozo e o trabalho, a produção e o consumo, caibam a indivíduo= s

distintos; então, a possibilidade de que esses elementos não entrem em <= span style=3D'color:black;display:none;mso-hide:all'>

conflito reside unicamente na hipótese do acabar de novo com a divisão do

trabalho. Consequentemente, os «fantasmas», «laços», «ente superior»,

«conceito&= raquo;, «escrúpulos» (38), são apenas a expressão mental idealista, a

representa&ccedi= l;ão aparente do indivíduo isolado, a representação de cade= ias e <= /span>

limitaç&o= tilde;es muito empíricas no interior das quais se move o modo de

produç&at= ilde;o da vida e o modo de troca que este implica. (39)=

Esta divis&atild= e;o do trabalho, que implica todas estas contradições e repousa por =

sua vez sobre a divisão natural do trabalho na família e sobre a divisã= ;o da =

sociedade em famílias isoladas e opostas, implica simultaneamente a

repartiç&= atilde;o do trabalho e dos seus produtos, distribuição desigual tanto = em

qualidade como em quantidade; dá portanto origem à propriedades cuja

primeira forma, = o seu germe, reside na família, onde a mulher e as crianças

são escra= vas do homem. A escravatura, decerto ainda muito rudimentar e

latente na família, é a primeira propriedade, que aqui já corresp= onde aliás à

definiç&a= tilde;o dos economistas modernos segundo a qual é constituída pela li= vre

disposiç&= atilde;o da força de trabalho de outrem. De resto, divisão do trabalho= e

propriedade priv= ada são expressões idênticas - na primeira, enuncia-se

relativamente &a= grave; atividade o que na segunda se enuncia relativamente ao

produto desta atividade.

A divisão= do trabalho implica ainda a contradição entre o interesse do

indivíduo singular ou da família singular e o interesse coletivo de todos os <= span style=3D'color:black;display:none;mso-hide:all'>

indivíduo= s que se relacionam entre si; mais ainda, esse interesse coletivo não

existe apenas, digamos, na idéia, enquanto «interesse universal», mas <= span style=3D'color:black;display:none;mso-hide:all'>

sobretudo na rea= lidade como dependência recíproca dos indivíduos entre os

quais é partilhado o trabalho.

Ê precisam= ente esta contradição entre o interesse particular e o interesse <= span style=3D'color:black;display:none;mso-hide:all'>

coletivo que faz= com que o interesse coletivo adquira, na qualidade de

Estado, uma forma independente, separada dos interesses reais do indivíduo

e do conjunto e = tome simultaneamente a aparência de comunidade ilusória,

irias sempre sob= re a base concreta dos laços existentes em cada

conglomerado fam= iliar e tribal, tais como laços de sangue, língua, divisão d= o

trabalho em larga escala e outros interesses; e entre esses interesses

ressaltam particularmente os interesses das classes já condicionadas pela

divisão do trabalho, que se diferenciam em qualquer agrupamento deste tipo

e entre as quais existe uma que domina as restantes. Daqui se depreende que

todas as lutas n= o seio do Estado, a luta entre a democracia, a aristocracia e a

monarquia, a lut= a pelo direito de voto, etc., etc., são apenas formas ilusórias

que encobrem as = lutas efetivas das diferentes classes entre si (aquilo de que

os teóric= os alemães nem sequer suspeitam, se bem que sobre isso se lhes

tenha mostrado o suficiente nos Anais franco-alemães e na Sagrada Família

(40)<= /span>; depreende-se igualmente que toda a classe que aspira ao domínio,

mesmo que o seu domínio determine a abolição de todas as antigas forma= s

sociais da dominação em geral, como acontece com o proletariado, deve

antes de tudo conquistar o poder político para conseguir apresentar o seu

interesse próprio como sendo o interesse universal, atuação a que é <= /span>

constrangida nos primeiros tempos.=

Precisamente por= que os indivíduos só procuram o seu interesse particular -

que para eles não coincide com o seu interesse coletivo, pois a

universalidade é apenas unia forma ilusória da coletividade - esse interesse=

apresenta-se com= o um interesse particular que lhes é «estranho» e

«independe= nte», e que simultaneamente é um interesse «universal especial e

particular; ou então oscilam no selo deste dualismo, como acontece na

democracia. Por = outro lado, o combate prático destes interesses particulares,

que se chocam constante e realmente com os interesses coletivos e

ilusoriamente coletivos, torna necessário a intervenção práti= ca e o <= /span>

refreamento através do interesse «universal» ilusório sob a f= orma de Estado. 

Finalmente, a divisão do trabalho oferece-nos o primeiro exemplo do

seguinte fato: a partir do momento em que os homens vivem na sociedade

natural, desde q= ue, portanto, se verifica uma cisão entre o interesse particular

e o interesse co= mum, ou seja, quando a atividade já não é dividida

voluntariamente = mas sim de forma natural, a ação do homem transforma-se

para ele num pod= er estranho que se lhe opõe e o subjuga, em vez de ser ele a

dominá-la= . Com efeito, desde o momento em que o trabalho começa a ser

repartido, cada indivíduo tem uma esfera de atividade exclusiva que lhe é

imposta e da qual não pode sair; é caçador, pescador, pastor ou crítico (41) e

não pode = deixar de o ser se não quiser perder os seus meios de subsistência. 

Na sociedade comunista, porém, onde cada indivíduo pode aperfeiçoar= -se no =

campo que lhe aprouver, não tendo por isso uma esfera de atividade

exclusiva, &eacu= te; a sociedade que regula a produção geral e me possibilita fazer =

hoje uma coisa, amanhã outra, caçar da manhã, pescar à tarde, pastorear à

noite, fazer crítica depois da refeição, e tudo isto a meu bel-praz= er, sem por

isso me tornar exclusivamente caçador, pescador ou crítico. Esta fixação da

atividade social= , esta petrificação do nosso próprio trabalho num poder

objetivo que nos domina e escapa ao nosso controlo contrariando a nossa

expectativa e destruindo os nossos cálculos, é um dos momentos capitaisR= 17; do =

desenvolvimento histórico até aos nossos dias (42)=

. O poder social= , quer dizer, a força produtiva multiplicada que é devida à <= span style=3D'color:black;display:none;mso-hide:all'>

cooperaç&= atilde;o dos diversos indivíduos, a qual é condicionada pela divisão do

trabalho, n&atil= de;o se lhes apresenta como o seu próprio poder conjugado, pois

essa colaboração não é voluntária e sim natur= al, antes lhes surgindo como

um poder estranh= o, situado fora deles e do qual não conhecem nem a origem

nem o fim que se propõe, que não podem dominar e que de tal forma

atravessa uma série particular de fases e estádios de desenvolvimento tão

independente da vontade e da marcha da humanidade que é na verdade ela

quem dirige essa vontade e essa marcha da humanidade. 

Esta «alienação» - para que a nossa posiç&atild= e;o seja compreensível para os

filósofos= - só pode ser abolida mediante duas condições práticas. Para que

ela se transform= e num poder «insuportável», quer dizer, num poder contra o

qual se fa&ccedi= l;a uma revolução, é necessário que tenha dado orig= em a uma

massa de homens totalmente «privada de propriedade», que se encontre

simultaneamente = em contradição com um mundo de riqueza e de cultura

com existê= ncia real; ambas as coisas pressupõem um grande aumento da

força produtiva, isto é, um estádio elevado de desenvolvimento. Por outro

lado, este desenvolvimento das forças produtivas (que implica já que a <= span style=3D'color:black;display:none;mso-hide:all'>

existência empírica atual dos homens decorra no âmbito da história mundial

e não no = da vida loca]) é uma condição prática prévia absolutamente

indispensá= ;vel, pois, sem ele, apenas se generalizará a penúria e, com a

pobreza, recomeçará paralelamente a luta pelo indispensável e cair-se-á

fatalmente na imundície anterior. Ele constitui igualmente uma condiç&atild= e;o

prática s= ine qua non, pois é unicamente através desse desenvolvimento

universal das forças produtivas que é possível estabelecer um intercâmbio

universal entre = os homens e porque, deste modo, o fenômeno da massa

«privada de propriedade» pode existir simultaneamente em todos os países <= span style=3D'color:black;display:none;mso-hide:all'>

(concorrên= cia universal), tornando cada um deles dependente das

perturbaç= ões dos restantes e fazendo com que finalmente os homens

empiricamente universais vivam de fato a história mundial em vez de serem

indivíduos vivendo numa esfera exclusivamente local. Sem isto: 1.) o

comunismo s&oacu= te; poderia existir como fenômeno local; 2.0) as forças das

relaç&oti= lde;es humanas não poderiam desenvolver-se como forças uni versais e= ,

portanto, insuportáveis continuando a ser simples «circunstâncias»

motivadas por superstições locais; 3º) qualquer ampliação das trocas aboliria <= o:p>

o comunismo loca= l. O comunismo só é empiricamente possível como ação

«rá= pida» e simultânea dos povos dominantes, o que pressupõe o

desenvolvimento universal da força produtiva e as trocas mundiais que lhe

estejam estreitamente ligadas.

Para nós,= o comunismo não é um estado que deva ser implantado, nem um

ideal a que a realidade deva obedecer. Chamamos comunismo ao movimento

real que acaba c= om o atual estado de coisas. As condições deste movimento

(43) = res= ultam das premissas atualmente existentes. 

Aliás, a = massa de trabalhadores constituída pelos simples operários - força

de trabalho maciça, separada do capital ou de qualquer espécie de satisfação

mesmo limitada - pressupõe o mercado mundial, sendo a existência deste

assegurada pela possibilidade de perda não temporária desse trabalho como

fonte segura de subsistência, perda motivada pela concorrência. O

proletariado (44) só pode portanto existir à e= scala ala história universal,

assim como o comunismo, que é o resultado da sua ação, só po= de

concretizar-se enquanto existência «histórico-universal». Existência

histórico= -universal dos indivíduos, isto é, existência dos indivíduo= s

diretamente ligada à história universa= l.

De outro modo, c= omo poderia a propriedade ter por exemplo uma história,

revestir diferen= tes formas? Como é que a propriedade fundiária teria podido,

com as condições então existentes, passar em França do parcelamento para a <= o:p>

concentraç= ;ão nas mãos de alguns, e em Inglaterra da concentração nas mãos

de alguns para o parcelamento, como atualmente se verifica? Ou então,

como explicar qu= e o comércio, que não é mais do que a troca de produtos

entre diferentes indivíduos e nações, domine o mundo inteiro atrav&eacu= te;s da =

relaç&ati= lde;o entre a oferta e a procura - relação que, segundo um economis= ta

inglês. pa= ira sobre a terra como a antiga fatalidade e distribui, com mão

invisível= , a felicidade e a infelicidade entre os homens cria e destrui

impérios,= faz nascer e desaparecer povos - ao passo que, uma vez abolida a

base, a propried= ade privada, e instaurada a regulamentação comunista da

produç&at= ilde;o que acaba com a situação que levava os homens a sentirem os s= eus

produtos como co= isas estranhas, toda a força da relação entre a oferta e a =

procura é reduzida a nada, readquirindo os homens o domínio da troca, da

produção e do seu modo de comportamento recíproco?

* * *

A forma das troc= as, condicionadas pelas forças de produção existentes em <= span style=3D'color:black;display:none;mso-hide:all'>

todas as etapas históricas que precederam a atual e que por sua vez as

condicionam, &ea= cute; a sociedade civil (45), que, como se depr= eende do que ficou

dito, tem por condição prévia e base fundamental a família simples e a

família composta, aquilo a que chamamos clã e de que já foram dadas <= span style=3D'color:black;display:none;mso-hide:all'>

anteriormente definições mais precisas É portanto evidente ser esta =

sociedade civil o verdadeiro lar, o verdadeiro cenário de toda a história e ser=

absurda a antiga concepção da história que. omitindo as relações reais, se

limitava aos gra= ndes acontecimentos históricos e às ações políticas

retumbantes.

Até aqui consideramos principalmente um aspecto da atividade humana: o

trabalho dos hom= ens sobre a natureza. O outro aspecto, o trabalho dos

homens sobre os homens... (46)

Origem do Estado e relação do Estado c= om a sociedade civil.

* * *

A história não é mais do que a sucessão das diferentes gerações, cada uma

delas explorando= os materiais, os capitais e as forças produtivas que lhes

foram transmitid= as pelas gerações precedentes; por este motivo, cada

geraç&ati= lde;o continua, por um lado, o modo de atividade que lhe foi transmitido

mas em circunstâncias radicalmente transformadas e, por outro, modifica as <= span style=3D'color:black;display:none;mso-hide:all'>

antigas circunstâncias dedicando-se a uma atividade radicalmente diferente. 

Acontece por vez= es que estes fatos são completamente alterados pela

especulaç= ão ao fazer da história recente o fim da história anterior: &eac= ute; assim,

por exemplo, que= se atribui à descoberta da América o seguinte objetivo:

ajudar a eclodir= a Revolução francesa. Inserem-se deste modo na história = os

seus objetivos p= articulares. que são transformados numa «pessoa ao lado de

outras pessoas&r= aquo; (a saber, «Consciência de si, Crítica, Único&raqu= o;, etc.), ao passo =

que aquilo que se designa pelos termos «Determinação», «Objetivo»,

«Germes&ra= quo;, «Idéia» da história passada é apenas uma a= bstração da história

anterior, uma abstração da influência ativa que a história anterior exerce na

história recente.

Ora, quanto mais= as esferas individuais, que atuam uma sobre a outra,

aumentam no deco= rrer desta evolução, e mais o isolamento primitivo das

diversas nações é destruído pelo aperfeiçoamento = do modo de produção,

pela circulação e a divisão do trabalho entre as nações que daí resulta

espontaneamente,= mais a história se transforma em história mundial. Assim,

se em Inglaterra= se inventar uma máquina que, na Índia ou na China, tire o

pão a mil= hares de trabalhadores e altere toda a forma de existência desses

impérios,= essa descoberta torna-se um fato da história universal. Foi assim

que o açúcar e o café demonstraram a sua importância p= ara a história

universal no século XIX, quando a carência desses produtos, resultado do

bloqueio contine= ntal de Napoleão, provocou a rebelião dos Alemães contra

aquele general, transformando-se assim na base concreta das gloriosas

guerras de libertação de 1813. Daqui se depreende que esta transformação da

história = em história universal não é, digamos, um simples fato abstrato da

«Consci&ec= irc;ncia de si», do Espírito do mundo ou de qualquer outro fantasma

metafísic= o, mas uma ação puramente material que pode ser verificada de

forma empí= ;rica, uma ação de que cada indivíduo fornece a prova no ato = de

comer, beber ou vestir-se (47) A bem dizer, também é um fato perfeitamente

empírico = o de, na história passada, com a extensão da atividade ao plano da =

história = universal, os indivíduos terem ficado cada vez mais submetidos a

um poder que lhe= s era estranho -opressão que tomavam por uma patifaria

daquilo a que se= chama o Espírito do mundo -, poder que se tornou cada vez

mais maciç= ;o e se revela, em última instância, tratar-se do mercado mundial.<= span style=3D'mso-spacerun:yes'> 

Mas é também empírico que esse poder tão misterioso para os teóricos =

alemães, será abolido pela supressão do atual estado social, pela revolução

comunista e pela abolição da propriedade privada que lhe é inerente; a =

libertaç&= atilde;o de cada indivíduo em particular realizar-se-á então na medida em =

que a hist&oacut= e;ria se for convertendo totalmente em história mundial. A partir

daqui, é evidente que a verdadeira riqueza intelectual do indivíduo depende <= span style=3D'color:black;display:none;mso-hide:all'>

apenas da riquez= a das suas relações reais. Só desta forma se poderá libertar <= /span>

cada indiv&iacut= e;duo dos seus diversos limites nacionais e locais, depois de

entabular relações práticas com a produção do mundo inteiro (incluindo a =

produç&at= ilde;o intelectual) e de se encontrar em estado de poder beneficiar da

produç&at= ilde;o do mundo inteiro em todos os domínios (criação dos homens). A

dependência universal, essa forma natural da cooperação dos indiví= duos ú <= /span>

escala da história mundial, será transformada pela revoluç&atild= e;o comunista em

controlo e domínio consciente desses poderes que, engendrados pela ação

recíproca= dos homens uns sobre os outros, se lhes impuserem e os

dominaram at&eac= ute; agora. como se se tratasse de poderes absolutamente

estranhos. Esta concepção pode, por sua vez, ser interpretada de forma

especulativa e idealista, quer dizer, fantástica, como «auto-criação do

Gênero&raq= uo; (a «sociedade como sujeito»), representando-se através dela= a

sucessiva s&eacu= te;rie de indivíduos relacionados entre si como um único indivíduo

que realizar&aac= ute; o mistério do engendrar-se a si mesmo Aqui poderemos ver

que OS indivíduos se criam uns aos outros, tanto física como

espiritualmente.= mas que não se criam a si mesmos nem na disparatada

concepç&a= tilde;o do São Bruno (48) nem no sentido do «Único», do homem «feito

a si mesmo».

A concepç= ão da história que acabamos de expor permite-nos ainda tirar as

seguintes conclusões: 1, No desenvolvimento das forças produtivas ating= e-se

um estádi= o em que surgem forças produtivas e meios de circulação que só =

podem ser nefast= os no âmbito das relações existentes e já não são forças

produtivas mas s= im forças destrutivas (o maquinismo e o dinheiro), assim

como, fato ligad= o ao precedente, nasce no decorrer desse processo do

desenvolvimento = uma classe que suporta todo o peso da sociedade sem

desfrutar das su= as vantagens, que é expulsa do seu seio e se encontra numa

oposiç&at= ilde;o mais radical do que todas as outras classes, uma classe que inclui a

maioria dos memb= ros da sociedade e da qual surge a consciência da

necessidade de u= ma revolução, consciência essa que é a consciência

comunista e que,= bem entendido, se pode também formar nas outras classes

quando se compre= ende a situação desta classe particular. 2. As condiçõ= es em =

que se podem uti= lizar forças produtivas determinadas são as condições= de

dominaç&a= tilde;o de uma determinada classe da sociedade (49) o poder social desta

classe, decorren= do do que ela possui, encontra regularmente a sua expressão

prática s= ob forma idealista no tipo de Estado próprio de cada época; &eac= ute; por

isso que toda a = luta revolucionária é dirigida contra uma classe que dominou

até então (50)) Em todas as revoluções anteriores, permanecia inalterado o

modo de atividad= e e procedia-se apenas a uma nova distribuição dessa

atividade, a uma= nova repartição do trabalho entre outras pessoas; a

revoluç&a= tilde;o é, pelo contrário, dirigida - contra o modo de atividade ante= rior - <= /span>

suprime o trabal= ho (51) e acaba com a dominação de t= odas as classes pela =

supressão= das próprias classes - pois é realizada pela classe que, no âmbito

da atual socieda= de, já não é considerada como uma classe dentro dessa

sociedade e cons= titui a expressão da dissolução de todas as classes, de toda= s

as nacionalidade= s, etc. Torna-se necessária uma transformação maciç= ;a dos

homens para cria= r em massa essa consciência e levar a bom termo esses

objetivos; ora u= ma tal transformação só pode ser efetuada por um

movimento prático, por uma revolução; esta não será então apenas <= o:p>

necessári= a pelo fato de constituir o único meio de liquidar a classe

dominante, mas também porque só uma revolução permitirá à classe que <= o:p>

derruba a outra aniquilar toda a podridão do velho sistema e tornar-se apta a

fundar a sociedade sobre bases novas (52)

Esta concepção da história tem portanto como base o desenvolvimento do

processo real da= produção, contritamente a produção material da vida

imediata; conceb= e a forma das relações humanas ligada a este modo de

produç&at= ilde;o e por ele engendrada, isto é, a sociedade civil nos seus diferentes =

estádios,= como sendo o fundamento de toda a história. Isto eqüivale a

representá= ;-la na sua ação enquanto Estado, a explicar através dela o conjunto <= /span>

das diversas produções teóricas e das formas da consciência, religião, moral,

filosofia, etc.,= e a acompanhar o seu desenvolvimento a partir destas

produç&ot= ilde;es; o que permite naturalmente representar a coisa na sua totalidade

(e examinar aind= a a cação recíproca dos seus diferentes aspectos)- Ela não é <= o:p>

obrigada, como acontece à concepção idealista da história, a procurar uma

categoria difere= nte para cada período, antes se mantendo constantemente no

plano real da história; não tenta explicar a prática a partir da idéia, mas sim a

formaç&at= ilde;o das idéias a partir da prática material; chega portanto, &agr= ave; conclusão

de que todas as = formas e produtos da consciência podem ser resolvidos não

pela crít= ica intelectual, pela redução à «Consciência de si» ou pela

metamorfose em «aparições», em «fantasmas» (53), etc., mas unicamente

pela destruição prática das relações sociais concretas de onde nasceram as

bagatelas ideali= stas. Não é a Crítica mas sim a revolução que constitui a

força mot= riz da história, da religião, da filosofia ou de qualquer outro tipo= de

teorias. Esta concepção mostra que o objetivo da história não consiste em

resolver-se em «Consciência de si» enquanto «Espírito do espírito», mas que

se encontrem dad= os em cada estádio um resultado material, uma soma de

forças produtivas, uma relação com a natureza e entre os indivíduos, criados

historicamente e transmitidos a cada geração por aquela que a precede, uma

massa de for&cce= dil;as de produção, de capitais e de circunstâncias que s&atil= de;o por um

lado modificadas= pela nova geração mas que, por outro lado, lhe ditam as

suas próp= rias condições de existência e lhe imprimem um desenvolvimen= to

determinado, um caráter específico; por conseqüência, é tão verdade serem

as circunstâncias a fazerem os homens como a afirmação contrária. Esta

soma de for&cced= il;as de produção, de capitais, de formas de relações sociais, que

cada indiv&iacut= e;duo o cada geração encontram como dados já existentes &eac= ute; a base

concreta daquilo= que os filósofos consideram como «substância» e «essência

do homem», daquilo que aprovaram e daquilo que combateram, base

concreta cujos e= feitos e cuja influência sobre o desenvolvimento dos homens

não s&ati= lde;o de forma alguma afetados pelo fato de os filósofos se revoltarem

contra ela na qualidade de «Consciência de si» e de «Únicos». São

igualmente essas condições de vida, que cada geração encontra já =

elaboradas, que determinam se o abalo revolucionário que se reproduz

periodicamente na história será suficientemente forte para derrubar as bases

de tudo quanto e= xiste; os elementos materiais de uma subversão total são,

por um lado, as forças produtivas existentes e, por outro, a constituiç&atild= e;o de =

uma massa revolucionária que faça a revolução não apenas contra as

condiç&ot= ilde;es particulares da sociedade passada mas ainda contra a própria

«produ&cce= dil;ão da vida» anterior, contra o «conjunto da atividade» que é o seu <= /o:p>

fundamento; se e= stas condições não existem, é perfeitamente indifere= nte,

para o desenvolv= imento prático, que a idéia desta revolução já tenha sido

expressa mil vez= es. como o prova a história do comunismo. 

Até aqui,= todas as concepções históricas recusaram esta base real da história =

ou, pelo menos, consideraram-na como algo de acessório, sem qualquer

ligaç&ati= lde;o com a marcha da história. É por isto que a história foi sempre

descrita de acor= do com uma norma que se situa fora dela A produção real da

vida surge na or= igem da história mas aquilo que é propriamente histórico

surge separado d= a vida ordinária, como extra e supraterrestre. As relações

entre os homens = e a natureza são assim excluídas da historiografia, o que d&aacut= e;

origem à oposição entre natureza e história. Consequentemente, = esta

concepç&a= tilde;o só permitiu encontrar os grandes acontecimentos históricos ou=

políticos= , as lutas religiosas e principalmente teóricas, e foi obrigada a

partilhar com qu= alquer época histórica a ilusão dessa época. Suponhamo= s

que uma dada época julga ser determinada por motivos puramente

«pol&iacut= e;ticos» ou «religiosos», se bem que «política» e «religião» constituam

apenas as formas adquiridas pelos seus motores reais: o seu historiador

aceitará = aquela opinião. A «imaginação», a «representação» que esses

homens determina= dos têm da sua prática real transforma-se no único poder

determinante e a= tivo que domina e determina a prática desses homens. Se a

forma rudimentar= sob a qual se apresenta a divisão do trabalho na Índia e no

Egito suscita a existência nestes países de um regime de castas no Estado e

na religiã= ;o, o historiador pensa que esse regime de castas constitui o poder

que engendrou a = forma social rudimentar. Enquanto os Franceses e os

Ingleses se at&e= circ;m à ilusão política, que é ainda a mais próxima da realidade,

os Alemães movem-se no domínio do «espírito puro» e fazem da ilusão

religiosa a força motriz da história. A filosofia da história de H= egel é o

último resultado conseqüente, levado à sua «expressão mais pura», de toda =

esta forma de descrever a história, típica dos Alemães, e na qual não

interessam os interesses reais nem sequer os interesses políticos mas sim as

idéias puras.

Nestas condições, não admira que a história surja a São Bruno como uma

mera seqüência de «Idéias» que lutam entre si e que finalmente se resolve na

«Consci&ec= irc;ncia de si», e que para São MAX Stirner, que nada sabe de história,

o desenvolvimento desta seja, e com muito mais lógica, uma simples história

de «cavaleiros», de bandidos e de fantasmas de cuja visão só consegue

escapar gra&cced= il;as ao «gosto do sacrilégio», Esta concepção é verdadeiramente

religiosa, pressupõe que o homem religioso é o homem primitivo de que

parte toda a história, e substitui, na sua imaginação, a produção real dos

meios de vida e = da própria vida por uma produção religiosa de coisas

imaginári= as. Toda esta concepção da história, assim como a sua degradação

e os escrú= ;pulos e as dúvidas que daí resultam, é uma questão puramente =

nacional que s&o= acute; interessa aos Alemães. Um exemplo disto é a importante

questão, recentemente muito debatida, de saber como se poderá Exatamente

passar «do= reino de Deus para o reino dos homens»; como se este «reino de

Deus» tive= sse existido alguma vez fora da imaginação dos homens e como

se estes doutos senhores não tivessem vivido sempre (e sem dar por isso) no

«reino dos homens» que procuram, ou como ainda se o divertimento

científic= o - pois trata-se apenas disso que consiste em tentar explicar a

singularidade de= sta construção teórica nas nuvens não fosse muito melhor

aplicado na proc= ura das razões de ela ter nascido do estado de coisas real à

face da terra. Em geral, esses Alemães preocupam-se contentemente em

explicar os absu= rdos que encontram através de outras quimeras; pressupõem

que todos estes absurdos têm um sentido particular que é necessário

descobrir, quando conviria explicar esta fraseologia teórica a partir das

relaç&oti= lde;es reais existentes. A verdadeira solução prática desta fraseologia, a <= /o:p>

eliminaç&= atilde;o destas representações na consciência dos homens, s&oacu= te; será

realizada, repitamo-lo, através de uma transformação das circunstâncias e

não por deduções teóricas. Para a grande massa dos homens, par= a o

proletariado, es= tas representações teóricas não existem, e portanto não têm =

necessidade de s= er suprimidas; e se esses homens já tiveram algumas

representa&ccedi= l;ões teóricas como, por exemplo, a religião, há muito que e= stas

foram destruídas pelas circunstâncias.<= o:p>

O caráter puramente nacional destas questões e das suas soluções manifestase

ainda no fato de= esses teóricos acreditarem, e o mais seriamente deste

mundo, que as divagações do espírito do gênero «Homem-deus», «Homem»,

etc., presidiram às diferentes épocas da história - São Bruno ch= ega a afirmar =

que são a= penas «o Crítico e as críticas que fazem a história&ra= quo; - e ainda,

quando se entreg= am a construções históricas, por saltarem rapidamente por <= span style=3D'color:black;display:none;mso-hide:all'>

cima de todo o passado, passando da «civilização mongol» à história =

propriamente «rica de conteúdo», isto é, à histó= ria dos Anais de Halle e dos

Anais alem&atild= e;es (54), e acabando por nos contar apenas como a e= scola

hegeliana degene= rou em disputa geral. Todas as outras nações e todos os

acontecimentos r= eais foram esquecidos limitando-se o teatro do mundo à

feira dos livros= de Leipzig e às controvérsias recíprocas da «Crítica», do

«Homem» e do «Único» = (55)

Quando se lembra= m de estudar temas verdadeiramente históricos como o

século XV= III, por exemplo, estes filósofos só nos dão a histó= ria das

representa&ccedi= l;ões, destacada dos fatos e dos desenvolvimentos práticos que

delas constituem= a base; mais ainda, só concebem uma tal história com o

objetivo de representar a época em questão como uma primeira etapa

imperfeita, como= um prenúncio ainda limitado da verdadeira época histórica= ,

ou seja, da época de luta dos filósofos alemães, entre 1840 e 1844. 

Pretendem portan= to escrever uma história do passado que faça resplandecer

com o maior bril= ho a glória de urna pessoa que não é histórica e daq= uilo que

ela imaginou; não interessa, pois, evocar quaisquer acontecimentos

realmente históricos nem sequer as intrusões da política na história. Em <= o:p>

compensaç= ão, interessa fornecer um escrito que não repouse num estudo

sério mas= sim em montagens históricas e em ninharias literárias, como o fez=

São Bruno= na sua História do século XVI!! atualmente esquecida. Estes

enfatuados merce= eiros do pensamento que se julgam infinitamente acima

dos preconceitos nacionais são, na prática, muito mais nacionais do que

esses filisteus = das cervejarias que sonham burguesmente com a unidade

alemã. Re= cusam todo o caráter histórico às ações dos ou= tros povos, vivem na =

Alemanha e para a Alemanha, transformam a Canção do Reno em hino

espiritual (56), e conquistam a Alsácia-Lorena pilh= ando a filosofia francesa, <= o:p>

em vez de pilhar= em o Estado francês, e germanizando o pensamento francês,

em vez de german= izarem as províncias francesas. Até o Sr. Veneday (57) faz

figura de ;cosmo= polita ao lado de São Bruno e de São Max = (58) que

proclamam a hege= monia da Alemanha quando proclamam a hegemonia da

teoria. Destas considerações deduz-se facilmente o erro em que cai

Feuerbach quando= (na Revista trimestral de Wigand, 1845, tomo II (59)= ), ao =

qualificar-se de «homem comunitário», se proclama comunista e transforma =

este nome num predicado de «o» homem, julgando assim poder transformar

numa simples cat= egoria o termo de comunista que, no mundo atual, designa

aquele que adere= a um determinado partido revolucionário. Toda a dedução

de Feuerbach no = que respeita às relações recíprocas entre os homens=

pretende unicame= nte provar que os homens têm necessidade uns dos outros e

que sempre assim aconteceu. Quer que seja estabelecida a consciência deste

fato; ao contrário dos outros teóricos, apenas pretende suscitar uma j= usta

consciênci= a de um fato existente, ao passo que para o comunista real o que

importa é derrubar essa ordem existente. Por outro lado, reconhecemos que

Feuerbach, nos s= eus esforços para generalizar a consciência deste fato, vai

tão longe quanto lhe é possível sem deixar de ser um teórico e um filósofo;

mas pensamos ser característico o fato de São Bruno e São Max utilizare= m a

representa&ccedi= l;ão do comunista segundo Feuerbach em vez do comunista real, e

de o fazerem em = parte com o objetivo de poderem combater o comunismo

enquanto «Espírito do espírito», enquanto categoria filosófica enquanto

adversário existente ao mesmo nível deles - e, no caso de São Bruno, em =

particular, aind= a por interesses pragmáticos. Como exemplo deste

reconhecimento e desconhecimento do estado de coisas existentes,

lembremos a pass= agem da Filosofia do futuro (60) onde desenvol= ve a idéia

de que o Ser de = um objeto ou de um homem constitui igualmente a sua

essência, = de que as condições de existência, o modo de vida e a atividad= e

determinada de u= ma criatura animal ou humana são aqueles com que a sua

«essê= ;ncia» se sente satisfeita. Cada concepção é aqui compreendid= a

expressamente co= mo um acaso infeliz, como uma anomalia que não se pode

modificar. Porta= nto, se existem milhões de proletários que não se sentem

satisfeitos com = as suas condições de vida, se o seu «Ser» não corresponde de <= /o:p>

forma alguma &ag= rave; sua «essência», deveríamos considerar este fato co= mo uma

infelicidade inevitável que seria conveniente suportar tranqüilamente. No

entanto, estes milhões de proletários têm uma opinião muito diferente sobre =

este assunto e d= emonstrá-la-ão quando chegar o momento, quando puserem

na prátic= a o seu «ser» em harmonia com a sua «essência», através de uma

revoluç&a= tilde;o. É precisamente por isso que, nestes casos, Feuerbach nunca fala

do mundo dos hom= ens e se refugia na natureza exterior, na natureza que o

homem ainda n&at= ilde;o controlou. Mas cada invenção nova, cada progresso da

indústria= faz tombar um pouco esta argumentação e o campo onde nascem

os exemplos̵= 7; que permitem verificar as afirmações daquele gênero, diminu= i

cada vez mais. A «essência» do peixe, para retomar um dos exemplos de

Feuerbach, corre= sponde exatamente ao seu «ser», à água, e a «essência» do

peixe de rio será a água desse rio. Mas essa água deixa de ser a su= a

«essê= ;ncia» e transforma-se num meio de existência que não lhe convé= ;m, a <= /span>

partir do moment= o em que passa a ser utilizada pela indústria e fica poluída

por corantes e o= utros desperdícios, a partir do momento em que o rio é

percorrido por b= arcos a vapor ou em que o seu curso é desviado para canais

onde é possível privar o peixe do seu meio de existência pelo simples= ato de =

cortar a á= ;gua. Declarar que todas ais contradições deste gênero s&atil= de;o meras

anomalias inevitáveis não difere de modo algum da consolaç&atild= e;o que São <= /o:p>

Stirner oferece = aos insatisfeitos quando lhes declara que esta contradição

lhes é intrínseca, que esta má situação é necessariamente a que lhes

corresponde, concluindo que não lhes compete protestar mas sim guardar

para si mesmos a= sua indignação ou revoltarem-se contra a sua sorte mas de

uma forma m&iacu= te;tica. Esta «explicação» também não difere= da crítica que lhe é

feita por S&atil= de;o Bruno ao afirmar que essa situação infeliz é uma conseqüência

de os interessad= os se terem mantido ao nível da «Substância» em vez de <= span style=3D'color:black;display:none;mso-hide:all'>

progredirem at&e= acute; à «Consciência de si absoluta» e de não ter= em sabido ver

nessas más condições de vida o Espírito do seu espírito. 

Os pensamentos da classe dominante são também, em todas as épocas, os

pensamentos dominantes, ou seja, a classe que tem o poder material

dominante numa d= ada sociedade é também a potência dominante espiritual. 

A classe que dispõe dos meios de produção material dispõe igualmente dos <= /o:p>

meios de produção intelectual, de tal modo que o pensamento daqueles a=

quem são recusados os meios de produção intelectual está submet= ido

igualmente &agra= ve; classe dominante. Os pensamentos dominantes são apenas a

expressão= ideal das relações materiais dominantes concebidas sob a forma

de idéias= e, portanto, a expressão das relações que fazem de uma cl= asse a <= /span>

classe dominante; dizendo de outro modo, são as idéias do seu domínio. O= s

indivíduo= s que constituem a classe dominante possuem entre outras coisas

uma consciê= ;ncia, e é em conseqüência disso que pensam; na medida em que

dominam enquanto classe e determinam uma época histórica em toda a sua

extensão, é lógico que esses indivíduos dominem em todos os sentidos, que

tenham, entre ou= tras, uma posição dominante como seres pensantes, como

produtores de idéias, que regulamentem a produção e a distribuição dos

pensamentos da s= ua época; as suas idéias são, portanto, as idéias dominantes

da sua ép= oca. Consideremos por exemplo um país e um tempo em que o

poder real, a aristocracia e a burguesia disputam o poder e onde este é

portanto partilh= ado; vemos que o pensamento dominante é aí a doutrina da

divisão d= os poderes, por isso enunciada como «lei eterna». 

Reencontramos aq= ui a divisão de trabalho que antes encontramos como uma

das forças capitais da história.<= /o:p>

Manifesta-se igualmente no seio da classe dominante sob a forma de divisão

entre o trabalho intelectual e o trabalho material, a ponto de encontrarmos

duas categorias diferentes de indivíduos nessa mesma classe. Uns serão os

pensadores dessa classe (os ideólogos ativos, que refletem e tiram a sua

substância principal da elaboração das ilusões que essa classe te= m de si =

própria),= e os outros têm uma atitude mais passiva e mais receptiva face a

esses pensamento= s e a essas ilusões, porque são, na realidade, os membros

ativos da classe= e dispõem de menos tempo para produzirem ilusões e idéia= s

sobre as suas próprias pessoas. No seio dessa classe, essa cisão só = pode dar

origem a uma cer= ta oposição e a uma certa hostilidade entre as duas partes

em presença. Mas qu= ando surge um conflito prático em que toda a classe é

ameaçada,= essa oposição desaparece e cai a ilusão de que as idé= ;ias

dominantes n&ati= lde;o são as idéias da classe dominante e de que têm poder

distinto do poder dessa classe. A existência de idéias revolucionárias nu= ma

época determinada pressupõe já a existência de urna classe re= volucionária;

dissemos anterio= rmente tudo o que era necessário referir acerca das

condições prévias de uma tal situação.

Admitamos que, na maneira de conceber a marcha da história, se destacam

as idéias= da classe dominante dessa mesma classe dominante e que se

consideram aquel= as como uma entidade. Suponhamos que só nos interessa o

fato de determin= adas idéias dominarem numa certa época, sem nos

preocuparmos com= as condições de produção nem com os produtores des= sas

idéias, abstraindo portanto dos indivíduos e das circunstâncias mundia= is que

possam estar na = base dessas idéias. Poder-se-á então dizer, por exemplo, qu= e

no tempo em que reinava a aristocracia, estava-se em pleno reinado dos

conceitos de hon= ra, de fidelidade, etc., e que no tempo em que reinava a

burguesia existi= a o reinado dos conceitos de liberdade, de igualdade, etc.(61) <= /p>

É o que p= ensa a própria classe dominante. Esta concepção da história,

comum a todos os historiadores, principalmente a partir do século XVIII,

chocará c= om o fato de os pensamentos reinantes serem cada vez mais

abstratos, adqui= rindo cada vez mais uma forma universal. Com efeito, cada

nova classe no p= oder é obrigada, quanto mais não seja para atingir os seus

fins, a represen= tar o seu interesse como sendo o interesse comum a todos os

membros da socie= dade ou, exprimindo a coisa no plano das idéias, a dar aos

seus pensamentos= a forma da universalidade, a representá-los como sendo os

únicos razoáveis, os únicos verdadeiramente válidos. Do simpl= es fato de ela

se defrontar com= uma outra classe, a classe revolucionária surge-nos

primeiramente não como classe mas como representante da sociedade

inteira, como to= da a massa da sociedade em choque com a única classe

dominante. Isto é possível porque, no início, o seu interesse est&aacu= te; ainda

intimamente liga= do ao interesse comum de todas as outras classes não

dominantes e por= que, sob a pressão do estado de coisas anteriores, este

interesse alinda não se pôde desenvolver como interesse particular de uma

classe particula= r. Por este fato, a vitória dessa classe é útil a muitos

indivíduo= s das outras classes que não conseguem chegar ao poder; mas é

unicamente na me= dida em que coloca o s indivíduos em estado de poderem

chegar à = classe dominante. Quando a burguesia francesa derrubou o domínio

da aristocracia, permitiu a muitos proletários subir acima do proletariado,

mas permitiu-o a= penas no sentido de que fez deles burgueses. Cada nova

classe apenas estabelece portanto o seu domínio numa base mais vasta do

que a classe que= dominava anteriormente; por outro lado, a oposição entre a

nova classe domi= nante e as que não dominam torna-se ainda mais profunda e

atual. Daqui se depreende que o combate que é necessário travar contra a

nova classe diri= gente terá por fim negar as condições sociais anteriores de =

uma forma mais decisiva e mais radical do que aquela que fora empregue

por todas as cla= sses que antes detiveram o poder. Toda a ilusão que consiste

em pensar que o domínio de uma classe determinada é apenas o domínio d= e

certas idé= ;ias, cessa naturalmente desde que o domínio de uma classe deixa

de ser a forma do regime social, isto é, quando deixa de ser necessário

representar um interesse particular como sendo o interesse geral ou de

representar o «Universal» como dominante= . (62)

Depois de separa= r as idéias dominantes dos indivíduos que exercem o poder

e sobretudo das relações que decorrem de um dado- estádio do modo de <= span style=3D'color:black;display:none;mso-hide:all'>

produç&at= ilde;o, é fácil concluir que são sempre as idéias que dominam na história,

podendo-se então abstrair, destas diferentes idéias, a «Idéia», ou seja, a idéia

por excelê= ncia, etc., fazendo dela o elemento que domina na história e

concebendo então todas as idéias e conceitos isolados como

«autodeter= minações» do conceito que se desenvolve ao longo da história. 

Em seguida, &eac= ute; igualmente natural fazer derivar todas as relações humanas do=

conceito de home= m, do homem representado, da essência do homem, numa

palavra, de o Ho= mem. É o que faz a filosofia especulativa. O próprio Hegel

afirma, no fim da Filosofia da história, que «apenas examina o

desenvolvimento = do Conceito» e que expôs na sua história a «verdadeir= a

teodiceia» (pág. 446). Podemos agora regressar aos produtores «do

Conceito»,= aos teóricos, ideólogos e filósofos, para chegar à conclusão de <= o:p>

que os filósofos enquanto tais sempre dominaram na história ou seja,= a um =

resultado a que o próprio Hegel já tinha chegado, como acabamos de ver. 

Com efeito, a façanha que consiste em demonstrar que o Espírito é

soberano- na história (o que Stirner chama hierarquia) reduz-se aos três

esforços seguintes: 1.0 É necessário separar as idéias daqueles que, por <= /span>

razões empíricas, dominam enquanto indivíduos materiais e em condições

empíricas, desses próprios homens, e reconhecer em seguida que são as

ilusões o= u as idéias que dominam a história. É necessário ord= enar esse

domínio d= as idéias, estabelecer uma relação mística entre as sucessivas

idéias dominantes, e isto consegue-se concebendo-as como

«autodeter= minações do conceito». (O fato de estes pensamentos estarem

realmente ligados entre si através da sua base empírica torna a coisa

possível;= por outro lado, compreendidos como pensamentos puros e simples,

tornam-se diferenciações de si, distinções produzidas pelo próprio <= /o:p>

pensamento). Para desenvencilhar do seu aspecto místico este «conceito que

se determina a si mesmo», ele é transformado em pessoa- «a Consciênc= ia de =

si» - ou, = para parecer materialista, é considerado como uma série de pessoas=

que representam «o Conceito» na história, a saber «OS pensadores&r= aquo;, os =

«fil&oacut= e;sofos» e os ideólogos que são considerados, por sua vez, como os

fabricantes da história, como «o- comitê dos guardiões», c= omo os =

dominadores. Eliminam-se simultaneamente todos os elementos

materialistas da história e pode-se tranqüilamente dar rédea solta ao pen= dor

especulativo.

Este méto= do do fazer história que era empregue sobretudo na Alemanha

deve ser explica= do a partir do contexto: a ilusão dos ideólogos em geral que,

por exemplo, está relacionada com as ilusões dos juristas, dos polí= ticos (e =

dos homens de Es= tado). É então necessário considerar os sonhos dogmáti= cos

e as idéi= as extravagantes desses sujeitos como uma ilusão que se explica

muito simplesmen= te pela sua posição prática na vida, a sua profissã= ;o- e a

divisão do trabalho.

Na vida corrente, qualquer shopkeeper (63) sabe muito bem f= azer a distinção

entre aquilo que= cada um pretende ser e aquilo que é realmente; mas a nossa

história = ainda não conseguiu chegar a esse conhecimento vulgar. 

Relativamente a = cada época, a historiografia acredita plenamente naquilo

que a épo= ca em questão diz de si mesma e nas ilusões que tem sobre si

mesma.

[4]

...foi encontrad= o (64) Do primeiro ponto resulta a necessidade de= uma

divisão do trabalho aperfeiçoada e de uni comércio vasto como condi&cced= il;ões

prévias, resultando o caráter local do segundo ponto. No primeiro- caso,

deve-se associar= os indivíduos; no segundo, estes encontram-se ao mesmo

nível de qualquer instrumento de produção, são eles mesmos instrumentos

de produção. Surge aqui portanto a diferença entre os instrumentos de =

produç&at= ilde;o naturais e os instrumentos de produção criados pela civilização. O

campo cultivado = (a água, etc.) pode ser considerado- como um instrumento

de produção natural. No primeiro caso, o do instrumento de produ= ção

natural, os indivíduos estão subordinados à natureza; no segundo, estão

subordinados a um produto do trabalho. No primeiro caso, a propriedade,

trata-se aqui da propriedade fundiária, aparece portanto também como um

domínio imediato e natural; no segundo, esta propriedade surge como

domínio do trabalho e mais ainda do trabalho acumulado, do capital. O

primeiro caso pressupõe que os indivíduos estão unidos por algo, quer seja a

família, a tribo, até o próprio solo, etc. O segundo pressupõe que eles são =

independentes un= s dos outros e só se mantêm unidos devido às trocas. No

primeiro caso, a= troca é essencialmente uma troca entre os homens e a

natureza, uma tr= oca em que o trabalho do uns é trocado pelo produto do

outro; no segund= o, trata-se predominantemente de uma troca entre os

próprios homens. No primeiro caso, basta ao homem uma inteligência médi= a

e a atividade co= rporal e intelectual não estão ainda separadas: no segundo, a

divisão e= ntre o trabalho corporal e o trabalho intelectual já está praticamen= te

efetuada. No pri= meiro caso, o domínio do proprietário sobre os nãopossuidore= s

pode repousar em relações pessoais, numa espécie de

comunidade; no segundo, deverá ter tomado uma forma material, encarnarse

num terceiro ter= mo, .) dinheiro. No primeiro caso, existe a pequena

indústria= , mas subordinada à utilização do instrumento de produção natural

e, portanto, sem repartição do trabalho- entre os diferentes indivíduos= ; no

segundo, a indústria só existe na divisão do trabalho e através dela. 

Até agora partimos dos instrumentos de produção, e mesmo nestas

condiç&ot= ilde;es a necessidade da propriedade privada para certos estádios

industriais era já evidente. Na industrie extractive (65)= , a propriedade

privada coincide= ainda plenamente com o trabalho; na pequena indústria e

em toda a agricu= ltura a propriedade é. até agora, a conseqüência necessária

dos instrumentos existentes; na- grande indústria, a contradição entre = o

instrumento de produção e a propriedade privada é tão- somente= um seu

produto, e ela necessita de se encontrar muito desenvolvida para o poder

criar. A abolição da propriedade privada só é portanto possível com a grande

indústria.

* * *

A maior divis&at= ilde;o entre o trabalho material e o intelectual é a traduzida pela

separaç&a= tilde;o da cidade e do campo. A oposição entre a cidade e o campo sur= ge

com a passagem da barbárie à civilização, da organização tribal ao Estado,

do provincialismo à nação, e persiste através de toda a história da civilização

até aos n= ossos dias (Liga contra a lei sobre os cereais). A existência da

cidade implica imediatamente a necessidade da administração, da políc= ia,

dos impostos, et= c., numa palavra, a necessidade da organização comunitária= ,

partindo da política em geral. É aí que aparece em primeiro lugar a divisão <= /o:p>

da população em duas grandes classes, divisão essa que repousa diretamente <= o:p>

na divisã= o do trabalho e nos instrumentos de produção. A cidade é o =

resultado cia concentração da população, dos instrumentos de produção, do

capital, dos pra= zeres e das necessidades, ao passo que o campo põe em

evidência = o fato oposto, o- isolamento- e a dispersão. A oposição entre= a

cidade e o campo só pode existir no quadro da propriedade privada; é a mais

flagrante expressão da subordinação do indivíduo à divisão do trabalho, da

subordinaç= ;ão a uma atividade determinada que lhe é imposta. Esta

subordinaç= ;ão faz de um habitante um animal da cidade ou um animal do

campo, tão limitados um como o outro, e faz renascer todos os dias a

oposiç&at= ilde;o entre os interesses das duas partes. O trabalho é anui ainda o mais =

importante, o po= der sobre os indivíduos, e enquanto este poder existir haverá

sempre uma propriedade privada.

A abolição desta oposição entre a cidade e o campo é uma das primeiras

condiç&ot= ilde;es de uma existência verdadeiramente comunitária; essa condição

depende por sua = vez de um conjunto de condições materiais prévias que n&atild= e;o

é possível realizar por um mero ato de vontade, como se pode verificar à <= /span>

primeira vista (é necessário que essas condições já est= ejam desenvolvidas). 

Pode-se ainda considerar a separação entre a cidade e o campo como sendo a =

separaç&a= tilde;o entre o capital e a propriedade fundiária, como o início de u= ma

existência= e de um desenvolvimento do capital independentes da propriedade

fundiária= , como o começo de uma propriedade tendo por única base o

trabalho e as trocas.

Nas cidades que não foram construídas antes da Idade Média e se formar= am,

portanto, nesta época, povoando-se de servos libertos, o trabalho particular

de cada um era a= sua única propriedade, para além do pequeno capital que

lhes pertencia e= que era quase exclusivamente constituído pelos instrumentos

mais indispensáveis. A concorrência dos servos fugitivos que- não cessavam <= o:p>

de afluir &agrav= e;s cidades a guerra incessante do campo contra as cidades e,

portanto, a necessidade de unia força militar urbana organizada, a relação

entre posso-as constituída pela propriedade em comum de um dado trabalho,

a necessidade de edifícios comuns para a venda das mercadorias num tempo

em que os artes&= atilde;os eram também comerciantes e a exclusão de tais edifício= s

de pessoais n&at= ilde;o qualificadas, a oposição dos interesses das diferentes

profissõe= s, a necessidade de proteger um trabalho aprendido com esforço e a

organizaç= ão feudal de todo o país foram a causa de os trabalhadores se

unirem em corporações. Não desejamos aprofundar aqui ais múltiplas

modificaç= ões do sistema das corporações introduzidas pelos

desenvolvimentos históricos ulteriores. O êxodo dos servos para as cidades

prosseguiu sem q= ualquer interrupção durante toda a idade média. Estes

servos, persegui= dos no campo pelos seus senhores, chegavam às cidades

onde encontravam= uma comunidade organizada contra a qual eram

impotentes e no interior da qual lhes era necessário aceitar a situaçã= o que

lhes atribu&iacu= te;am o que era conseqüência da necessidade que havia do seu

trabalho e do interesse dos seus concorrentes organizados da cidade. Estes

trabalhadores, chegando à cidade isolados, nunca conseguiram constituir

uma força= , pois ou o seu trabalho era da competência de uma dada

corporaç&= atilde;o o devia ser aprendido, o então os mestres dessa corporaç&atil= de;o

submetiam-nos às suas leis o organizavam-nos de acordo com os seus

interesses, ou o= seu trabalho não exigia qualquer aprendizagem, não era da

competênci= a de qualquer corporação, era um trabalho do jornaleiros e, neste =

caso, nunca cheg= avam a constituir uma organização mantendo-se como uma

plebe inorganiza= da. A necessidade do trabalho à jornada nas cidades criou a

plebe.

Estas cidades fo= rmavam verdadeiras «associações» provocadas pelas

necessidades imediatas, pelas preocupações de proteção da propriedade, e <= /o:p>

estavam a multip= licar os meios de produção e os meios de defesa dos seus

membros individualmente considerados. A plebe destas cidades, compondose

de indiví= duos desconhecidos uns dos outros e que chegavam à cidade

separadamente, não tinha qualquer organização que lhe permitisse enfrentar =

um poder j&aacut= e; organizado, equipado para a guerra e que os vigiava

invejosamente; e= isto explica que ela fosse privada de qualquer poder. Os

companheiros e aprendizes estavam organizados em cada profissão da forma

que melhor servi= a os interesses dos mestres (66), as relações patriarcais que

existiam entre e= las e os mestres conferiam a estes últimos um poder duplo. 

Por um lado, tin= ham uma influência direta sobre toda a vida dos oficiais; por

outro lado, pelo= fato de estas relações representarem uma verdadeira ligação

entre os companh= eiros que trabalhavam para um mesmo mestre, estes

constituí= am um bloco frente aos companheiros ligados a outros mestres, o

que os separava;= e em último lugar, os companheiros já estavam ligados ao

regime existente= pelo- simples fato de terem interesse em chegar a mestres. 

Por conseqüência, enquanto a plebe se lançava, pelo menos de = vez em =

quando, em motins contra toda a ordem municipal, motins esses que, dada a

sua impotê= ncia eram perfeitamente inoperantes, os oficiais nunca

ultrapassaram pe= quenas rebeliões no interior de corporações isoladas, como

existem ali&aacu= te;s em qualquer regime corporativo. As grandes sublevações :da

idade méd= ia partiram todas do campo, e todas elas falharam devido à

dispersão= dos camponeses e à incultura que era a sua conseqüência. 

Nas cidades, o c= apital era um capital natural que consistia em alojamento,

instrumentos e u= ma clientela natural hereditária, e transmitia-se

necessariamente = de pais ‘para filhos dado o estado ainda embrionário das

trocas e a falta= de circulação que. impossibilitava a realização de= sse capital. 

Contrariamente ao capital moderno, o dessa época não podia ser avaliado em

dinheiro e n&ati= lde;o era indiferente que ele fosse aplicado neste ou naquele

investimento: tratava-se de um capital ligado diretamente ao trabalho

determinado do s= eu possuidor, inseparável deste trabalho, ou seja, de um

capital ligado a um estado.

Nas cidades, a divisão do trabalho efetuava-se ainda de uma forma

perfeitamente espontânea entre as diferentes corporações mas nã= ;o existia

entre os operários tomados isoladamente no interior das próprias

corporaç&= otilde;es. Cada trabalhador devia estar apto a executar todo um ciclo de

trabalhos; devia= poder fazer tudo o que podia ser feito com os seus

instrumentos; as trocas restritas, as poucas ligações existentes entre as

diversas cidades= , a raridade da população e o tipo de necessidade não

favoreciam uma divisão de trabalho desenvolvida, e é por isso que quem

desejava tornar-= se mestre devia conhecer a sua profissão a fundo. Devido a

isto, encontra-se ainda nos artesãos da Idade Média um interesse pelo seu

trabalho particu= lar e pela habilidade nesse trabalho que podia até elevar-se a

um certo sentido artístico. E é também por isso que cada artesão= da Idade

Média se = dava inteiramente ao seu trabalho; sujeitava-se sentimentalmente a

ele e estavaR= 12;lhe muito mais subordinado do que o trabalhador moderno para

o qual o seu trabalho é perfeitamente indiferente.

O seqüente desenvolvimento da divisão de trabalho traduziu-se pela

separaç&a= tilde;o entre a produção e o comércio, a formaçã= o de uma classe

particular de comerciantes, separação essa que já era um fato nas cidades

antigas (o caso = dos Judeus, entre outros), e que depressa surgiu nas cidades

de formação recente. Isto implicava a possibilidade de uma ligação

comercial que ultrapassava os arredores mais próximos e a realização desta

possibilidade de= pendia dos meios de comunicação existentes, do estado da

segurança pública no campo, o qual era ainda condicionado pelas relações

políticas (sabe-se que, durante toda a Idade Média, os comerciantes

viajavam em cara= vanas armadas); dependia também das necessidades do

território acessível ao comércio, necessidades cujo grau de desenvolvime= nto

era determinado,= em cada caso, pelo nível de civilização. 

A constituição de uma classe particular que se entregava apenas= ao comércio =

e o alargamento = do comércio para além dos arredores imediatos da cidade

graças aos negociantes, fizeram surgir imediatamente uma ação recíproca

entre a produção e o comércio. As cidades entram (67) em relações entre si,

transportam-se d= e urna cidade para outra instrumentos novos e a divisão da

produç&at= ilde;o e do comércio suscita rapidamente uma nova divisão da produção

entre as diferen= tes cidades, ficando cada uma a explorar predominantemente

um determinado r= amo da indústria. Os limites anteriores começam pouco a

pouco a desaparecer.

O fato de as forças produtivas adquiridas numa dada localidade, sobretudo

as invenções, se perderem ou não, para o desenvolvimento ulterior, dependia

unicamente da extensão das trocas. Enquanto não existem ainda relações

comerciais para além da vizinhança imediata, é forçoso realizar= a mesma

invenç&at= ilde;o em cada localidade, e bastam puros acasos tais como o

aparecimento de = povos bárbaros e mesmo as guerras normais para obrigar

um país q= ue tem forças produtivas e necessidades desenvolvidas a partir

novamente do nad= a. No início da história, era necessário criar todos os dias=

cada invenção e fazê-lo em cada localidade de uma forma independente. O =

exemplo dos fenícios mostra-nos até que ponto as forças produtivas=

desenvolvidas me= smo com um comércio relativamente pouco vasto, são

susceptív= eis de uma destruição total, pois a maior parte das suas invenções

desapareceram em resultado de a nação ter sido eliminada do comércio e =

conquistada por Alexandre, o que provocou a sua decadência. O mesmo

acontece na Idade Média com a pintura do vidro, por exemplo. A duração <= span style=3D'color:black;display:none;mso-hide:all'>

das forças produtivas adquiridas só é assegurada quando o comércio adquire

uma extens&atild= e;o mundial que tem por base a grande indústria e quando todas as

naç&otild= e;es são arrastadas para a luta da concorrência. 

A divisão= do trabalho entre as diferentes cidades teve como primeira

conseqü&eci= rc;ncia o nascimento das manufaturas, ramos da produção que

escapavam ao sis= tema corporativo. O primeiro surto de manufaturas - na

Itália- e= mais tarde na Flandres - teve como condição histórica prévia o =

comércio = com as outras nações. Nos outros países - a Inglaterra e a França, <= /o:p>

por exemplo - as manufaturas limitaram-se nos seus começos ao mercado

interno. Al&eacu= te;m das condições prévias já indicadas, as manufatu= ras necessitam

ainda, para se estabelecerem, de uma já elevada concentração da população -

sobretudo nos ca= mpos - e de capital que nesse momento se começava a

acumular num peq= ueno número de mãos, cm parte nas corporações apesar=

dos regulamentos administrativos, e em parte nos comerciantes. 

O trabalho que m= ais depressa se mostrou susceptível de desenvolvimento foi

aquele que impli= cava o emprego de uma máquina, por muito rudimentar que

ela fosse. A tecelagem, que os camponeses efetuavam até então nos campos, =

à margem = do seu trabalho, para arranjarem o vestuário de que necessitavam,

foi o primeiro trabalho que recebeu um impulso e teve um maior

desenvolvimento graças à extensão das relações comerciai= s. A tecelagem foi

a primeira e, du= rante muito tempo, a principal atividade manufatureira. A

procura de fazen= das para confeccionar o vestuário, que aumentava

proporcionalment= e ao acréscimo da população, o início da acumulação e da

mobilizaç= ão do capital primitivo graças a uma circulação acelerada= , a

necessidade de l= uxo que daí resultou e que favorecem sobretudo a extensão

progressiva do comércio, deram à tecelagem tanto no que respeita à

quantidade como à qualidade, um impulso que arrancou à forma de

produç&at= ilde;o anterior. Ao lado dos camponeses que teciam para satisfazer as

suas necessidades pessoais, que aliás continuaram a subsistir e alinda hoje se

encontram, nasce= u nas cidades uma nova classe de tecelões cujos panos

eram destinados = a todo o mercado- interno e, muitas vezes, aos mercados

externos.

A tecelagem, tra= balho que exige pouca habilidade na maior parte dos casos e

que se subdivide depressa numa infinidade de ramos, era naturalmente

refratária às cadeias da corporação. Devido a isto, foi sobretudo praticada =

nas aldeias e nos povoados sem organização corporativa que se

transformaram po= uco a pouco em cidades, e até nas cidades mais

florescentes de cada país.<= /p>

Com o aparecimen= to da manufatura libertada da corporação, as relações= de

propriedade transformaram-se também imediatamente. O primeiro passo em

frente para ultrapassar o capital- primitivo ligado a um estado foi marcado

pelo apareciment= o dos comerciantes que possuíam um capital móvel

portanto um capi= tal no sentido moderno do termo, tanto quanto era possível

nas condiç= ;ões de vida do tempo. O segundo progresso foi marcado pela

manufatura que mobilizou por sua vez uma grande massa do capital

primitivo e aume= ntou de um modo geral a massa do capital móvel

relativamente ao capital primitivo.

A manufatura tor= nou-se simultaneamente um recurso para os camponeses

contra as corporações que os excluíam ou lhes pagavam bastante m= al, do =

mesmo modo que o= utrora essas mesmas corporações lhes tinham servido de

refúgio contra os proprietários de ter= ras.

O início = da laboração manufatureira foi marcado simultaneamente por um

período de vagabundagem causado pelo desaparecimento das comitivas

armadas dos senh= ores feudais e pelo licenciamento dos exércitos que os reis

tinham utilizado contra os seus vassalos, pelos progressos da agricultura e a

transforma&ccedi= l;ão de terras de trabalho em pastes. Daqui se conclui que a

vagabundagem est= ava intimamente ligada à decomposição do feudalismo. A

partir do s&eacu= te;c. XIII encontramos alguns períodos esporádicos em que este

fenômeno se verificava, mas só nos finais do século. XV e princípi= os do =

século XVI poderemos encontrar uma vagabundagem permanente e

generalizada. Os vagabundos eram em tal numero que o rei Henrique VIII de

Inglaterra. entre outros. mandou enforcar 72 000 e mesmo assim só uma

miséria e= xtrema os levou a trabalhar, depois de enormes dificuldades e de

uma longa resistência. A rápida prosperidade das manufaturas, sobretudo = na

Inglaterra. absorveu-os progressivamente.=

Com o advento da manufatura, as diferentes nações entraram em

concorrênc= ia numa luta comercial que se efetuou através de guerras, de

direitos alfandegários e de proibições, enquanto anteriormente só existiam

trocas inofensiv= as entre as nações. O comércio passa a ter um significado=

político.

A manufatura con= duziu simultaneamente a uma modificação das relações =

entre trabalhado= r e empregador. Nas corporações, as relações patriarcais

entre os oficiai= s e o mestre subsistiam; na manufatura, foram substituídas

por relações monetárias entre o trabalhador e o capitalist= a, as quais, nos

campos e nas peq= uenas cidades, ainda mantinham traços de patriarcalisrno,

mas que os perde= ram quase totalmente nas cidades, sobretudo nas

manufatureiras de uma certa importância.<= /o:p>

A manufatura e o movimento da produção sofreram um impulso prodigioso

devido à expansão do comércio que conduziu à descoberta da América e do <= o:p>

caminho marítimo para a Índia. Os novos produtos importados das Índias, e

principalmente o= ouro e a prata que entraram em circulação, transformaram

inteiramente a s= ituação recíproca das classes sociais e desferiram um rude

golpe na proprie= dade fundiária feudal e nos trabalhadores; as expedições do= s

aventureiros, a colonização, e acima de tudo o fato de os mercados

adquirirem a amp= litude de mercados mundiais, o que se torna agora possível

e cada dia toma maiores proporções, provocaram uma nova fase do

desenvolvimento histórico; mas não vemos por ora necessidade de nos deter

aqui. A colonização dos países recém-descobertos fornec= e um alimento novo

à luta comercial a que as nações se entregavam e, consequentemente, = esta

luta adquiriu uma extensão e um encarniçamento ainda maiores. 

A expansã= o do comércio e da manufatura aceleraram a acumulação do

capital mó= ;vel, ao passo que, nas corporações que não recebiam estímulo =

para aumentar a = sua produção, o capital primitivo permanecia estável ou até

diminuía.= O comércio e a manufatura criaram a grande burguesia; nas

corporaç&= otilde;es, verificou-se uma concentração da pequena burguesia que

deixou de abunda= r nas cidades como anteriormente, para se submeter ao

domínio d= os grandes comerciantes e dos manufacturiers (68) <= span style=3D'display:none;mso-hide:all'>

Daqui resultou o declínio das corporações a partir do momento em que

entraram em contato com a manufatura.

As relações comerciais entre as nações revestiram = dois aspectos diferentes <= o:p>

no períod= o a que nos referimos. De início, a fraca quantidade de ouro e de

prata em circulação determinou a proibição de exportar e= sses metais; a =

necessidade de o= cupar a crescente população das cidades tornou necessária a =

indústria, normalmente importada do estrangeiro, e essa indústria não po= dia

dispensar os privilégios que eram concedidos não somente contra a

concorrênc= ia interna, mas sobretudo contra a concorrência externa. Nestas

primeiras disposições, incluiu-se o alargamento do privilégio corporativo

local a toda a nação. Os direitos alfandegários têm a sua origem nos direitos

que os senhores feudais impunham aos mercadores que atravessavam o seu

territóri= o a titulo de resgate da pilhagem: estes direitos foram mais tarde

impostos pelas c= idades e, com o aparecimento dos Estados modernos,

constituí= ram a forma mais fácil de permitir ao- fisco armazenar dinheiro. 

Estas medidas revestiam-se de um novo significado com o aparecimento do

ouro e da prata americanos nos mercados europeus, com o progressivo

desenvolvimento = da indústria, o rápido impulso do comércio e as suas

conseqü&eci= rc;ncias, a prosperidade da burguesia fora das corporações e a

importância crescente do dinheiro. O Estado, para o qual se tornava dia a dia

mais difí= cil dispensar o dinheiro, manteve a interdição de exportar ouro e=

prata, unicament= e por considerações fiscais; os burgueses, cujo objetivo

principal era ag= ora o de açambarcar a grande massa de dinheiro novamente

lançada no mercado, encontravam-se plenamente satisfeitos; os privilégios

existentes torna= ram-se uma fonte de receitas para o governo e foram

vendidos a troco= de dinheiro; na legislação das alfândegas apareceram os

direitos à exportação que, pondo um obstáculo no caminho da indústria,

tinham um fim puramente fiscal. O segundo período iniciou-se em meados

do século= XVII e durou quase até ao fim do século XVIII. O comércio e= a

navegaç&a= tilde;o tinham-se desenvolvido mais rapidamente do que a manufatura,

que desempenhava= um papel secundário; as colônias transformaram-se

gradualmente em grandes consumidores; à custa de longos combates, as

diferentes nações partilharam entre si o mercado mundial’ que se abria. Este

período começa com as leis sobre a navegação (69) e os monopólios

coloniais. Evito= u-se, tanto quanto possível, por meio de tarifas, proibições= e

tratados, que as diversas nações pudessem fazer concorrência umas &agrav= e;s

outras; e, em ul= tima instância, foram as guerras, e sobretudo as guerras

marítimas= , que serviram para conduzir a luta da concorrência e decidir do

seu resultado. A nação mais poderosa no mar, a Inglaterra, conservou a

primazia no comércio e na manufatura. Já aqui se verificava uma

concentração num único pa&iacut= e;s.

A manufatura obt= inha garantias constantes no mercado nacional através de

direitos proteto= res. da concessão de monopólios no mercado colonial, e, para

o exterior, medi= ante alfândegas diferenciais. Favorecia-se a transformação <= span style=3D'color:black;display:none;mso-hide:all'>

da matéria bruta produzida no próprio pais (lã e linho em Inglaterra, se= da em =

França); = interditou-se a exportação da matéria-prima produzida no local (lã

rim Inglaterra) e negligenciou-se ou dificultou-se a da matéria importada

(algodão = em Inglaterra). A nação que possuía a supremacia no comércio =

marítimo = e o poder colonial assegurou também naturalmente a maior

extensão quantitativa e qualitativa da manufatura. A manufatura não podia

de forma alguma dispensar proteção, na medida em que a menor alteração

verificada noutr= os países a podia levar à perda do seu mercado e,

consequentemente à ruína; pois se é fácil introduzi-la num país em <= /o:p>

condiç&ot= ilde;es um pouco favoráveis é igualmente fácil destruí-= la. Por outro lado, =

pela forma como = era praticada no campo, sobretudo no século XVIII, a

manufatura encon= tra-se tão intimamente ligada às condições de vida de = uma

grande massa de indivíduos que nenhum país pode arriscar-se a pôr a sua=

existência= em jogo pela introdução da livre concorrência nesse campo.= Na

medida em que at= inge a exportação, passa por isso a depender inteiramente

da extensã= ;o ou da limitação do comércio e exerce sobre ele uma cação <= o:p>

recíproca= muito fraca. Dai, a sua importância secundária... (70) e a

influência= dos comerciantes no século XVIII. Foram os comerciantes, e

muito particular= mente os armadores, que, mais do que quaisquer outros,

insistiram na proteção do Estado e nos monopólios; é certo qu= e os

manufatureiros p= ediram e obtiveram também esta proteção, mas cederam

sempre o passo a= os comerciantes no que se refere à importância política. A= s

cidades comercia= is, e os portos em particular, alcançaram um relativo grau

de civilização e tornaram-se cidades da grande burguesia enquanto nas

cidades industri= ais subsistiu mais o espírito pequeno-burguês. Cf. Aikin (71)

por exemplo. O século XVIII foi o século do comércio. Pinto (72)

di-lo expressame= nte «Le commerce faia !a marotte du siècle» (73)

e: “depuis quelque temps il n’est plus question que de commerce, de

navigation et de marine” (74)

O movimento do capital, se bem que notavelmente acelerado, manifestava

relativamente ao= comércio uma maior lentidão, a divisão do mercado

mundial em frações isoladas, em que cada uma era explorada por uma nação <= o:p>

particular, a eliminação da concorrência entre nações, a inépcia da própria

produç&at= ilde;o e o sistema financeiro que mal ultrapassara o primeiro estádio do

seu desenvolvime= nto, entravavam consideravelmente a circulação. Daqui

adveio um espírito mercador de uma mesquinhez sórdida que maculava

todos os comerci= antes e todo o modo de exploração comercial. Em

comparaç&= atilde;o com os manufatureiros e mais ainda com os artesãos, eram a

bem dizer grandes burgueses: comparados aos comerciantes e industriais do

período seguinte, permanecem pequeno-burgueses. Cf. Adam Smith (75) <= /p>

Este perí= odo é igualmente caracterizado pelo levantamento da interdiç&atil= de;o de =

exportar o oure = e a prata, pelo nascimento do comércio do dinheiro, dos

bancos, das dívidas de Estado, do papel-moeda, das especulações so= bre os =

fundos e as ações, da agiotagem sobre todos os artigos, do desenvolviment= o

do sistema monetário em g= eral. O capital perdeu por sua vez uma grande

parte do caráter natural que lhe era ainda inerente. 

A concentração do comércio e da indústria num único país, a Inglaterra, tal

como se desenvol= veu sem interrupção no século XVII, criou

progressivamente= para esse país um mercado mundial razoável e suscitou

por isso uma pro= cura dos produtos ingleses manufaturados que as forçais

produtiva. indus= triais anteriores já não podiam satisfazer. Esta procura que

ultrapassava as forças produtivas foi a força motriz que suscitou o terceiro =

período da propriedade privada desde a Idade Média, criando a grande

industria a utilização das forças naturais para fins industriais, o maquinismo

e a divisã= ;o do trabalho mais intensiva. As outras condições desta nova fase,=

tais como a libe= rdade de concorrência dentro da nação, o aperfeiçoamen= to da =

mecânica teórica, etc., já existiam em Inglaterra (a mecânica, aperfeiçoada <= o:p>

por Newton, era aliás a ciência mais popular em França e em Inglaterra = no

século XV= III). (Quanto à livre concorrência dentro da própria nação, foi

necessári= a uma revolução em toda a parte para a conseguir - em 1640 e em

1688 em Inglater= ra, em 1789 em França.) A concorrência obrigou

rapidamente todo= s os países que pretendiam conservar o seu papel histórica

a proteger as su= as manufaturas através de novas medidas alfandegárias (pois

as antigas j&aac= ute; não prestavam qualquer auxilio contra a grande indústria) e a=

introduzir pouco depois a grande indústria acompanhada de tarifas

protetoras. Apes= ar destas medidas de proteção, a grande indústria tornou = a

concorrênc= ia universal (ela representa a liberdade comercial prática, e as

alfândegas protetoras são para ela apenas um paliativo, uma arma defensiva

no interior da liberdade do comércio), estabeleceu os meios de comunicaç&ati= lde;o

e o mercado mund= ial moderno (76), colocou o comércio s= ob o seu domínio, <= o:p>

transformou todo= o capital em capital industrial e deu assim origem à

circulaç&= atilde;o (aperfeiçoamento do sistema monetário) e à rápi= da centralização

dos capitais. Através da concorrência universal, constrangeu todos os

indivíduo= s a uma tensão máxima da sua energia. Aniquilou o mais possível a

ideologia, a religião, a moral, etc., e sempre que isso não lhe era possível,

transformou-as em flagrantes mentiras. Foi ela que criou verdadeiramente a

história mundial na medida em que fez depender do mundo inteiro cada

naç&atild= e;o civilizada e, para satisfação das suas necessidades, cada indivíduo

dessa nação, destruindo o caráter exclusivo das diversas nações que era até

então nat= ural. Subordinou a ciência da natureza ao capital e retirou à divisão <= /o:p>

do trabalho a sua última aparência de fenômeno natural. Destruiu, na medid= a

do possív= el, todos os elementos naturais no interior do trabalho e conseguiu

dissolver todas = as relações naturais para as transformar em relaçõ= es

monetária= s. Em vez de cidades nascidas naturalmente, criou as grandes

cidades industri= ais modernas que se desenvolveram como se se tratasse de

cogumelos. Onde = quer que penetrasse destruía o artesanato e, de uma forma

geral, todos os anteriores estádios da indústria. Completou a vitória = da

cidade sobre o c= ampo. [A sua condição primordial (77)] é o sistema

automátic= o, O seu desenvolvimento criou um conjunto de forças produtivas

para as quais a propriedade privada se transformou tanto num obstáculo

como a corporação o tinha sido para a manufatura, e assim como a peq= uena

exploraç&= atilde;o rural o fora igualmente para o artesanato em vias de

desenvolvimento.= Estas forças produtivas que, na propriedade privada,

conheciam um desenvolvimento exclusivamente unilateral, acabaram por se

transformar, na maioria dos casos, em forças destrutivas, ao ponto de grande

parte delas n&at= ilde;o encontrar a mínima possibilidade de utilização sob o s= eu

regime. Criou po= r todo o lado as mesmas relações entre as classes da

sociedade, destr= uindo por isso o caráter particu1ar das diferentes

nacionalidades. E finalmente, enquanto a burguesia de cada nação conserva

ainda interesses nacionais particulares, a grande burguesia surge com uma

classe cujos interesses são os mesmos em todas as nações e para a q= ual a <= /span>

nacionalidade de= ixa de existir; esta classe desembaraça-se verdadeiramente

do mundo antigo e entra simultaneamente em oposição com ele. Não s&atild= e;o

apenas as relações com o capitalismo que ela torna insuportáveis para o

operário, mas também o próprio trabalho.

É evident= e que a grande indústria não atinge o mesmo grau de

aperfeiço= amento em todas as aglomerações de um mesmo país. Mas este

fato não = trava o movimento de classe do proletariado, na medida em que os

proletári= os engendrados pela grande indústria se colocam à cabeça desse

movimento e arra= stam consigo as massas, até porque os trabalhadores

excluídos= da grande indústria se encontram colocados numa situação ainda

pior do que a dos próprios trabalhadores da grande indústria. Os países = onde

se desenvolveu u= ma grande indústria atuam de igual modo sobre os países

plus ou moins (78) desprovidos de indústria, devido ao= fato de estes últimos

se verem arrasta= dos pelo comércio mundial no decorrer da luta levada a cabo

pela concorrência universal.=

Estas diversas f= ormas constituem simultaneamente formas da organização

do trabalho e da propriedade. Verifica-se que. para cada período, e sempre

que as necessida= des o tornaram imperioso, se concretizou efetivamente uma

união das forças produtivas existentes= .

* * *

Esta contradição entre as forças produtivas e a forma de tr= oca que, como =

vimos, já= se produziu diversas vezes no decorrer da história até aos nosso= s

dias, sem todavia comprometer a sua base fundamental, traduziu-se

necessariamente,= cm cada um dos casos, numa revolução, revestindo ao

mesmo tempo dive= rsas formas acessórias tais como todo um sem número de

conflitos, choqu= es de diferentes classes, contradições da consciência, luta <= span style=3D'color:black;display:none;mso-hide:all'>

ideológic= a, luta política, etc. De um ponto de vista limitado, é possível =

destacar uma. de= stas formas acessórias e considerá-la como bases dessas

revoluç&o= tilde;es, coisa tanto mais fácil porquanto OS indivíduos de que partiam=

as revoluções tinham eles próprios ilusões sobre a= sua atividade consoante o

seu grau de cultura e o estádio de desenvolvimento histórico.

* * *

Logo, e de acord= o com a nossa concepção, todos os conflitos da história têm =

a sua origem na contradição entre as forças produtivas e o modo de tro= cas. 

Não &eacu= te;, aliás, necessário que esta contradição seja lev= ada a um extremo num

determinado país para aí provocar conflitos. A concorrência com países cuja

indústria= se encontra mais desenvolvida, concorrência provocada pela

extensão = do comércio internacional, basta para dar origem a uma

contradiç= ão deste tipo, mesmo nos países onde a indústria está men= os

desenvolvida (por exemplo, o aparecimento de um proletariado latente na

Alemanha provocado pela concorrência- da indústria inglesa).

* * *

A ‘concorr= ência isola os indivíduos uns dos outros, não apenas os burgueses, =

mas també= m, e mais ainda, os proletários, se bem que os concentre. É por

este motivo que decorre sempre um longo período antes que estes indivíduos

se possam unir, abstraindo do fato de que - se se pretender que a sua união

não seja puramente local -. esta exige previamente a construção dos me= ios

necessári= os, pela grande indústria, tais como as grandes cidades industriais e

as comunicações rápidas e baratas, razões por que só depois de longas lutas

se torna possível vencer qualquer força organizada com indivídu= os isolados <= /span>

e vivendo em condições que recriam quotidianamente este isolamento. 

Exigir o contrário equivaleria a exigir que a concorrência não devesse existir =

em determinada época histórica ou que os indivíduos inventassem condições

sobre as quais não têm qualquer controle enquanto indivíduos isolados.

* * *

Construç&= atilde;o das habitações. É evidente que, para os selvagens, é normal cada =

família t= er a sua gruta ou a sua choça própria, do mesmo modo que é normal

para os nô= madas que cada família possua uma tenda. Esta economia

doméstica separada, torna-se ainda mais indispensável com o

desenvolvimento = da propriedade privada. Para os povos agricultores, a

economia doméstica comunitária é tão impossível c= omo o cultivo solo em

comum. A construção das cidades constituiu de fato um enorme progresso. 

Em todos os períodos anteriores, era no entanto impossível a supress&atil= de;o da =

economia separada inseparável da supressão da propriedade privada, pela

simples raz&atil= de;o de haver carência de condições materiais. O estabelecim= ento

de uma economia doméstica comunitária tem por condições prévias o

desenvolvimento = da maquinaria, da utilização- das forças naturais e de

outras numerosas forças produtivas tais como condutas de água, iluminação

a gás, aquecimento a vapor, etc., supressão da oposição cidade-campo. Sem

a existênc= ia destas condições nem a economia em comum constituiria uma

força pro= dutiva nova, pois faltar-lhe-ia uma base material e repousaria

apenas sobre urn= a base teórica, isto é, seria uma simples fantasia conduzindo

apenas a urna ec= onomia monacal- o que era possível como o prova o

agrupamento em c= idades e a construção de edifícios comuns para

determinados fins particulares (prisões, casernas, etc.). É evidente que a

supressão= da economia separada é inseparável da abolição. da família. 

A frase: «= aquilo que cada um é deve-o ao Estado», que se encontra

freqüenteme= nte em São Max, eqüivale no fundo à afirmação de que o

burguês &e= acute; um exemplar da espécie burguesa, o que pressupõe a existência da <= o:p>

classe dos burgu= eses antes dos indivíduos que a constituem. 

Na Idade M&eacut= e;dia, os burgueses eram constrangidos a unir-se, em cada cidade,

contra a nobreza= rural para defenderem a pele; a expansão do comércio e o

estabelecimento = das comunicações levaram cada cidade a conhecer outras

cidades que tinh= am feito triunfar os mesmos interesses Lutando contra a

mesma oposição (79)

A classe burguesa só muito lentamente se formou a partir das numerosas

burguesias locai= s das diversas cidades. A oposição às relações existentes,

assim como o mod= o de trabalho condicionado por esta oposição,

transformaram simultaneamente as condições de vida de cada burguês em=

particular, em condições de vida comuns a todos os burgueses e

independentes de cada indivíduo isolado (80)

Os burgueses cri= aram essas condições na medida em que se separaram da

associaç&= atilde;o feudal, e foram criados por elas na medida em que eram

determinados pel= a sua oposição à feudalidade existente. Com o

estabelecimento = das ligações entre as diversas cidades, essas condiç&otild= e;es

comuns transformaram-se cm condições de classe. As mesmas condições, a

mesma oposição, os mesmos interesses, deveriam também, grosso modo,

fazer surgir os = mesmos costumes em todo o lado. Mesmo a burguesia só se

desenvolve pouco= a pouco, juntamente com as condições que lhe são

próprias; divide-se por sua vez em diferentes frações, consoante a divisão <= /o:p>

cio trabalho, e = acaba por absorver no seu seio todas as classes possuidoras

preexistentes (transformando entretanto numa nova classe, o proletariado, a

maioria da classe não possuidora que existia antes dela e uma parte das

classes at&eacut= e; aí possuidoras (81)

na medida em que= toda a propriedade existente é convertida em capital

comercial ou industrial. Os indivíduos isolados formam uma classe pelo fato

de terem de ence= tar uma luta comum contra uma outra classe; quanto ao

resto, acabam po= r ser inimigos na concorrência. Além disso, a classe tornase

por sua vez independente dos indivíduos, de modo que estes últimos

encontram as suas condições de vida previamente estabelecidas e recebem

da sua classe, completamente delineada, a sua posição na vida juntamente

com o seu desenvolvimento pessoal; estão, pois, subordinados à sua classe. 

Trata-se do mesmo fenômeno antes existente na subordinação dos

indivíduos isolados à divisão do trabalho; e este fenômeno s&oacut= e; pode ser <= /span>

suprimido se for suprimida a propriedade privada e o próprio trabalho. 

Indicamos muitas= vezes como é que esta subordinação dos indivíduos à sua

classe acaba por constituir simultaneamente a subordinação a todas as

espécies de representações, etc= .

Se considerarmos= , do ponto de vista filosófico, o desenvolvimento dos

indivíduo= s nas (82) condições de existência comum das ordens e das classes

que se sucedem historicamente o nas representações gerais que por isso lhes =

são impos= tas, é de fato possível imaginar facilmente que o Gênero ou = o

Homem se desenvo= lveram nesses indivíduos ou que eles. desenvolveram o

Homem: vis&atild= e;o imaginária que traz à história sérias afrontas. É então possível

compreender estas diferentes ordens e classes como especificações da

expressão geral, como subdivisões do Gênero, como fases de

desenvolvimento do Homem.

Esta subordinação dos indivíduos a determinadas classes não pode acabar

enquanto n&atild= e;o existir uma classe que já não tenha necessidade de fazer

prevalecer um interesse de classe particular contra a classe dominante.

* * *

A transformação das forças pessoais (relaçõ= ;es) em forças objetivas, através

da divisã= o do trabalho, não pode ser abolida extirpando do cérebro essa

representa&ccedi= l;ão geral, mas unicamente através de uma nova submissão das

forças objetivas e a abolição da divisão do trabalho por parte dos indivíduos. 

Ora isto n&atild= e;o é possível sem a comunidade (83)é somente em comunidade

[com outros que = cada] indivíduo tem os meios necessários para desenvolver

as suas faculdad= es em.todos os sentidos; a liberdade pessoal só é, portanto,

possível = na comunidade. Nos sucedâneos de comunidades que até agora

existiram, no Es= tado, etc., a liberdade pessoal só existia para os indivíduos

que se tinham desenvolvido nas condições da classe dominante e somente na <= span style=3D'color:black;display:none;mso-hide:all'>

medida em que er= am indivíduos dessa classe. A comunidade aparente,

anteriormente constituída pelos indivíduos, adquire sempre perante eles uma=

existência independente e, simultaneamente, porque significa a união de uma

classe face a uma outra, representa não apenas uma comunidade ilusória

para a classe dominada, mas também uma nova cadeia. Na comunidade real,

os indiví= duos adquirem a sua liberdade simultaneamente com a sua

associaç&= atilde;o, graças a esta associação e dentro dela. 

Os indiví= duos partiram sempre de si mesmos, não certamente do indivíduo

“puro̶= 1; no sentido dos ideólogos, mas de si mesmos no âmbito das suas

condiç&ot= ilde;es e das suas relações históricas dadas. Mas verifica-se = no decurso

do desenvolvimen= to histórico, e precisamente pela independência que

adquirem as relações sociais, fruto inevitável da divisão do trabalho, que

existe urna diferença entre a vida de cada indivíduo

na medida em que é pessoal, e a sua vida enquanto subordinada a um

qualquer ramo do trabalho e às condições inerentes a esse ramo (n&atild= e;o se deve

concluir, a part= ir daqui. que o rendeiro ou o capitalista, por exemplo, deixem

de ser pessoas; = mas a sua personalidade é condicionada por relações de

classe muito bem determinadas e esta diferença só se manifesta por oposição

a uma outra clas= se e só se lhes apresenta no dia em que caem em

bancarrota). Na = ordem (e mais ainda na tribo), este fato encontra-se oculto;

por exemplo, um = nobre continua a ser sempre nobre, um roturier (84) será

sempre um roturi= er, abstraindo das suas outras relações; trata-se de uma

qualidade inseparável da sua individualidade. A diferença entre o indivíduo

pessoal oposto ao indivíduo na sua qualidade de membro de uma classe o a

contingênc= ia das suas condições de existência, só se manifestam c= om a

classe que &eacu= te; um produto da burguesia. Apenas a concorrência e a luta dos

indivíduos entre si engendra e desenvolve essa contingência enquanto tal. 

Por conseguinte,= na representação, os indivíduos são mais livres so= b o

domínio da burguesia do que anteriormente porque as suas condições de

existência= lhes são contingentes; na realidade, eles são naturalmente menos <= span style=3D'color:black;display:none;mso-hide:all'>

livres porque se encontram muito mais subordinados a um poder objetivo. 

Relativamente &a= grave; ordem, a diferença surge sobretudo na oposição entre a=

burguesia e proletariado. Quando a ordem dos cidadãos das cidades, as

corporaç&= otilde;es, etc., surgiram perante a nobreza da terra, as suas condições = de

existência, propriedade mobiliária e trabalho artesanal, que já tinham

existido de forma latente antes de se terem separado da associação feudal,

apareceram como = uma coisa positiva que se fez valer contra a propriedade

fundiária feudal e que, para começar, tomou por sua vez a forma feudal à sua

maneira. Os serv= os fugitivos consideravam sem dúvida o seu estado de

servidão precedente como uma coisa contingente à sua personalidade:

quanto a isto, a= giam simplesmente como o’ faz qualquer classe que se liberta

de uma cadeia e,= deste modo, não se libertavam como classe mais

isoladamente. Além disso, não saíam do domínio da organização por ordens,

tendo apenas for= mado uma nova ordem e conservado o seu modo de

trabalho anterio= r na sua nova situação, realizando este modo de trabalho de

forma a libertá-lo dos laços do passado que já não correspondiam ao estádio

de desenvolvimento que tinham atingido.

Pelo contr&aacut= e;rio. as condições de vida próprias dos proletários, o trabalho e. 

portanto. todas = as condições de existência da sociedade atual,

transformaram-se= para eles em qualquer coisa de contingente, que os

proletári= os isolados não podem controlar nem tão-pouco qualquer

organizaç= ão social. A contradição entre... (85= ) a personalidade do proletário

em particular e = as condições de vida que lhe são impostas, quer dizer, o =

trabalho, é-lhes perfeitamente perceptível tanto mais que tem sido

sacrificado desd= e a sua mais tenra juventude e não poderá alcançar, dentro=

da sua classe, as condições que lhe permitiriam passar para outra classe. 

N. B: - Nã= ;o esqueçamos que a necessidade de subsistir, em que se

encontravam os s= ervos, e a impossibilidade de exploração em larga escala,

que conduziu &ag= rave; repartição dos loteamentos (86) entre os servos, reduziram =

muito depressa as obrigações destes para com o senhor feudal a uma

determinada média de contribuições em espécie e de corveias; isto dava ao

servo a possibil= idade- de acumular bens móveis, favorecia a sua evasão da

propriedade do s= enhor e dava-lhe a perspectiva de conseguir ir para a cidade

como cidad&atild= e;o; daí resultou uma hierarquização entre os própri= os servos, de

tal modo que aqu= eles que conseguem evadir-se são já semiburgueses. É

assim evidente q= ue os vilãos conhecedores de um ofício tinham o máximo

de possibilidades de adquirir bens móveis.

Logo, enquanto os servos fugitivos apenas pretendiam desenvolver

livremente as su= as condições de existência já estabelecidas e fazê-las valer,

mas conseguiam q= uando muito o trabalho livre, os proletários, se pretendem

afirmar-se como pessoas, devem abolir a sua própria condição de existência

anterior, que &e= acute; simultaneamente a de toda a sociedade até aos nossos dias,

isto é, d= evem abolir o trabalho. Por este motivo, eles encontram-se em

oposiç&at= ilde;o direta à forma que os indivíduos cia sociedade escolheram até hoje =

para express&ati= lde;o de conjunto, quer dizer, em oposição ao Estado,sendo-lhes

necessário derrubar esse Estado para realizar= a sua personalidade.

* * *

Podemos concluir= de todo o desenvolvimento histórico até aos nossos dias

que (87) as relações coletivas em que entram os indivíduos de uma classe, e

que sempre foram condicionadas pelos seus interesses comuns relativamente

a terceiros, con= stituíam sempre uma comunidade que englobava esses

indivíduos unicamente enquanto indivíduos médios, na medida em que

viviam nas condições de vida da mesma classe; trata-se portanto de relações

em que das n&ati= lde;o participam enquanto indivíduos, mas sim enquanto membros

de uma classe. P= or outro lado, na comunidade dos proletários

revolucion&aacut= e;rios que põem sob o seu controle todas as suas condições de=

existência= e as dos outros membros da sociedade, produz-se o inverso: os

indivíduos participam enquanto indivíduos, E (bem entendido, com a

condiç&at= ilde;o de que a associação dos indivíduos opere no quadro das forças

produtivas que se supõem já desenvolvidas é esta reunião que colo= ca sob o

seu controle as condições do livre desenvolvimento dos indivíduos e do= sou

movimento, enqua= nto até aí elas tinham sido abandonadas ao acaso e

adotado uma existência autônoma perante os indivíduos, devido

precisamente &ag= rave; existência da sua separação como indivíduos e da=

necessidade da s= ua união, implicada pela divisão do trabalho, mas

transformada num laço estranho devido à sua separação enquanto <= span style=3D'color:black;display:none;mso-hide:all'>

indivíduo= s. A associação até aqui conhecida não era de forma alguma a <= /span>

união voluntária (que nos é.por exemplo, apresentada no Contrato (88)mas

uma união necessária baseada em condições no interior das quais = os

indivíduos desfrutavam da contingência (comparar, por exemplo, a formação

do Estado da América do Norte e as repúblicas da América do Sul). E= ste

direito de poder desfrutar tranqüilamente da contingência em certas

condiç&ot= ilde;es constitui aquilo que até hoje se designava por liberdade pessoal. - =

Estas condições de existência são naturalmente as forças produtivas e os

modos de troca de cada período.

* * *

O comunismo distingue-se de todos os movimentos que o precederam pelo

fato de alterar = a base das relações de produção e de troca anteriores e de,

pela primeira ve= z, tratar as condições naturais prévias corno criações dos

homens que nos antecederam, despojando-as da sua aparência natural e

submetendo-as ao= poder dos indivíduos unidos. A organização que proclama

é, por is= so mesmo, essencialmente econômica: é a criação material das

condiç&ot= ilde;es dessa união; transforma as condições existentes nas condições da

união. O = estado de coisas assim criado constitui precisamente a base real que

torna impossível tudo o que existe independentemente dos indivíduos= - pois

esse estado de c= oisas existente é pura e simplesmente um produto das

anteriores relações dos indivíduos entre si. Deste modo, os comunistas

tratam praticame= nte como fatores inorgânicos as condições criadas antes

deles pela produção e o comércio. Isto não significa que considerem que a

razão de = ser ou a intenção das gerações anteriores foi de lhes fornecer bases <= /o:p>

materiais, ou que pensem terem sido essas condições consideradas

inorgânica= s por aqueles que as criaram. A diferença entre o indivíduo

pessoal e o indivíduo contingente não constitui uma distinçã= ;o conceptual,

mas um fato histórico. Esta distinção tem um sentido diferente em épocas

diferentes: por exemplo, a ordem, enquanto contingência para o indivíduo no

século XV= III, assim como plus ou moins (89) a- família. É uma distinção

que não necessita de ser feita por nós, pois cada época se encarrega = de a

fazer a partir d= os diferentes elementos que herda da época anterior, fazendoo

não a par= tir de um conceito mas sob a pressão dos conflitos materiais da

vida. Aquilo que= numa época ulterior surge como contingente por oposição à <= /span>

época ant= erior, ou mesmo entre os elementos herdados dessa época anterior,

é uni mod= o de trocas que corresponde a um determinado desenvolvimento

das forças produtivas. A relação entre forças produtivas e formas= de troca é a

relaç&ati= lde;o entre o modo de trocas e (90) a ação ou a atividade dos indivíduos. 

(A forma b&aacut= e;sica dessa atividade (91) é naturalment= e a forma material de que

depende qualquer= outra forma intelectual, política, religiosa, etc. É certo que

a diferente forma adquirida pela vida material é em cada ocasião dependente

das necessidades já desenvolvidas, necessidades essas cuja produção e <= span style=3D'color:black;display:none;mso-hide:all'>

satisfaç&= atilde;o constituem um processo histórico impossível de detectar nos <= span style=3D'color:black;display:none;mso-hide:all'>

carneiros ou nos cães [argumento capital de Stirner adversus hominem (92)

de pôr os cabelos em pé] se bem que os carneiros e os cães, na sua form= a

atual sejam. malgré eux (93) produtos de um pro= cesso histórico.) Antes de a

contradiç= ão se manifestar, as condições em que os indivíduos se relacionam

entre si s&atild= e;o condições inerentes à sua individualidade; não = lhes são de forma <= o:p>

alguma exteriore= s e. além disso, permitem por si sós que esses indivíduos <= span style=3D'color:black;display:none;mso-hide:all'>

determinados, vi= vendo em condições determinadas, produzam a sua vida

material e tudo = o que dela decorre; são portanto condições da sua

manifestaç= ;ão ativa dei si, produzidas por essa. manifestação de si (94)

Por conseguinte,= as condições determinadas em que os indivíduos produzem

antes de a contradição se manifestar correspondem à sua limitação efetiva, à

sua existê= ncia limitada; este caráter limitado só se revela com o

aparecimento da contradição e existe, por isso, para a geração ulterior. Esta <= /o:p>

condiç&at= ilde;o aparece assim como um entravei acidental, atribui-se

consequentemente à época anterior a consciência de que constituía= um

entrave.

Estas diferentes condições, que surgem primeiramente como condiçõ= ;es da =

manifestaç= ;ão de si, e mais tarde como seus obstáculos, formam em toda a

evoluç&at= ilde;o histórica uma seqüência coerente de modos de troca cujo laço de <= /o:p>

união &ea= cute; a substituição da forma de trocas anterior, que se tornara um=

obstáculo= , por uma nova forma que corresponde às forças- produtivas mais

desenvolvidas e,= por isso mesmo ao modo mais aperfeiçoado da atividade

dos indiví= ;duos. forma que à son tour (95) se trans= forma num obstáculo e é

então substituída por outra. Na medida em que, para cada estádio, e= ssas

condiç&ot= ilde;es correspondem ao desenvolvimento simultâneo das forças

produtivas, a sua história é também a história das forças produtivas que se

desenvolvem e são retomadas por cada nova geração, e é consequentemente

a históri= a do desenvolvimento das forças dos próprios indivíduos. 

Este desenvolvim= ento, produzindo-se naturalmente, isto é, não estando

subordinado a um= plano do conjunto estabelecido por indivíduos associados

livremente, part= e de localidades diferentes, de tribos, de nações, de ramos de

trabalho distint= os, etc., cada um deles se desenvolvendo primeiro

independentement= e dos outros e apenas estabelecendo relações entre si a

pouco e pouco. Progride, aliás, lentamente: os diferentes estádios e

interesses nunca são complemente ultrapassados, mas apenas subordinados

ao interesse que triunfa, ao lado do qual se arrastam ainda durante séculos. 

Daí resul= ta a existência de diferentes graus de desenvolvimento entre os

indivíduo= s de urna mesma nação, mesmo se abstrairmos das suas condições

financeiras: e também o fato de um interesse anterior, cujo modo de trocas

particular se en= contra já suplantado por um outro correspondente a um

interesse poster= ior, continuar ainda durante muito tempo, na comunidade

aparente, em pod= er de uma força tradicional que se tornou autônoma

relativamente aos indivíduos (Estado, direito): só uma revolução consegue, =

em última instância, quebrar essa força. Também assim se explica o motivo

pelo qual a consciência, ao preocupar-se com aspectos singulares que são <= span style=3D'color:black;display:none;mso-hide:all'>

passíveis= de uma síntese mais geral, pode por vezes ultrapassar

aparentemente as relações empíricas contemporâneas, de tal modo q= ue, nas

lutas de - um período posterior, seja licito utilizar-se as conclusões a qu= e

possam ter chegado teóricos anteriores.<= /o:p>

Pelo contr&aacut= e;rio, em países como a América do Norte, cuja existência se inicia

num perío= do histórico já desenvolvido, o desenvolvimento processa-se com =

rapidez. Tais países têm apenas como condição natural prévia os indivíduos

que aí se estabelecem e que para ai foram como reação aos modos de

produç&at= ilde;o dos velhos países, que já não correspondiam às = suas necessidades. 

Estes paí= ses começam pois com os indivíduos mais evoluídos do velho=

mundo, e por conseguinte com o modo de trocas mais desenvolvido,

correspondente a= esses indivíduos, mesmo antes de este sistema de trocas se

ter conseguido i= mpor nos velhos países. É o caso de todas as colônias que

não foram simples bases militares ou comerciais, tais como Cartago, ais

colônias g= regas e a Islândia nos séculos XI e XII. Verifica-se um caso

análogo q= uando, como resultado de conquista, se leva para o país

conquistado o mo= do de trocas que se desenvolvera num outro solo; enquanto

no seu paí= ;s do origem esta forma se encontrava ainda em choque com os

interesses e as condições de vida das épocas precedentes, aqui, pelo <= span style=3D'color:black;display:none;mso-hide:all'>

contrário= . pode e deve implantar-se totalmente e sem quaisquer entraves ao

conquistador (a Inglaterra e Nápoles depois da conquista normanda, altura

em que conheceram a forma mais acabada da organização feudal).

* * *

A conquista, como fato, parece estar em contradição com toda esta

concepç&a= tilde;o da história. Até hoje, tem-se feito da violência, cia guerra, da

pilhagem, do banditismo. etc.. a força motriz da história. Como nos vemos =

aqui obrigados a limitar-nos aos pontos capitais, consideraremos apenas um

exemplo verdadeiramente flagrante. que é o da destruição de uma velha

civilizaç= ão por um povo bárbaro e a formação conjunta de uma estru= tura

social a partir = do zero (Roma e os Bárbaros, o feudalismo e a Gália, o

Império do Oriente e os Turcos). Para o povo bárbaro conquistador, a guerra

é ainda, = tal como atrás dissemos, um modo normal de relação tanto m= ais

zelosamente prat= icado quanto mais imperiosa se torna a necessidade de

novos meios de produção devido ao aumento da população e ao mo= do de =

produç&at= ilde;o tradicional, rudimentar e único possível, desse povo. Em Itália, <= /o:p>

pelo contr&aacut= e;rio, assiste-se à concentração da propriedade fundiá= ria realizada =

por heranç= ;a, por compra e ainda por endividamento; e isto porque a extrema

dissoluç&= atilde;o dos costumes e a escassez dos casamentos originavam a

progressiva extinção das velhas famílias, acabando os seus bens por cair nas <= /span>

mãos de um pequeno número delas. Alem disso, tal propriedade fundiária f= oi

transformada em pastagens. transformação essa provocada, para além das=

causas econômicas habituais válidas ainda nos nossos dias, pela importação

de cereais pilha= dos ou exigidos a título de tributo o a conseqüente falta de

consumidores de = trigo italiano que isso implicava. Devido a estas

circunstân= cias, a população livre desapareceu totalmente e os próprios=

escravos ameaçavam abandonar a sua situação, tendo de ser constantemente <= /o:p>

substituí= dos. A escravatura continuava a ser a base’ de toda a produção= . Os

plebeus, colocad= os entre os homens livres e os escravos, nunca conseguiram

ultrapassar a condição de Lumpenproleiariat (96)<= /p>

De resto, Roma n= unca ultrapassou o estádio de cidade; encontrava-se ligada

às províncias por laços quase exclusivamente políticos qu= e, bem entendido, <= /o:p>

poderiam ser quebrados por acontecimentos políticos.

* * *

É muito u= sual a idéia de que na história tudo se resumiu até agora a tomadas

de poder. Os bárbaros apoderaram-se do Império romano, e é assim

explicada- a pas= sagem do mundo antigo ao feudalismo. Mas, quanto a esta

conquista dos bárbaros, é necessário saber se a nação = de que se apoderaram

tinha desenvolvi= do forças produtivas industriais, como acontece nos povos

modernos, ou se = as suas forças produtivas repousavam unicamente na sua

união e <= span style=3D'color:blue'>(97) na vida em comunidade. A tomada de poder é, além disso,

condicionada pelo objeto que se apropria. Ninguém se pode apoderar da

fortuna de um banqueiro, que consiste em papéis, sem se submeter às

condiç&ot= ilde;es de produção e de circulação do país conquistado. Sucede o

mesmo com todo o capital industrial de um país industrial moderno. 

Finalmente, quan= do numa região submetida já não há mais nada para =

conquistar, &eac= ute; necessário que se comece a produzir. Dada esta necessidade,

que muito cedo se manifesta, a forma de comunidade adotada pelos

conquistadores d= eve estar em concordância com o estado de

desenvolvimento = das forças produtivas que encontram ou, se tal não

acontecer, deve transformar-se em função das forças produtivas. Isto explica

um fato que pare= ce ter-se verificado por toda a parte na época que se seguiu

às grandes invasões: os vassalos converteram-se em senhores e os

conquistadores adotaram rapidamente a língua, a cultura e os costumes do

país conquistado.

O feudalismo não foi de forma alguma trazido da Alemanha na sua forma

acabada; teve a = sua origem na organização militar dos exércitos durante a =

própria conquista. Esta organização desenvolveu-se depois da conquista sob

o impacto das forças produtivas encontradas no país conquistado, só então se =

transformando no feudalismo propriamente dito. O fracasso das tentativas

levadas a cabo p= ara impor outras formas nascidas de reminiscências da

antiga Roma (Car= los Magno, por exemplo) mostra-nos até que ponto a

forma feudal era condicionada pelas forças produtivas. 

A continuar.

* * *

Na grande indústria e na concorrência, todas as condições = de existência,

determinaç= ;ões e condicionalismos dos indivíduos se baseiam nas seguintes

duas formas: propriedade privada e trabalho. Com o dinheiro, todas as

formas de troca,= assim como a própria troca, se apresentam aos indivíduos

como contingente= s. É a própria natureza do dinheiro que nos leva a pensar

que todas as relações anteriores eram apenas relações de indivíduos vivendo

em determinadas condições, e não relações entre indivíduos enquanto

indivíduo= s. Essas condições reduzem-se a: trabalho acumulado ou

propriedade priv= ada, por um lado, e trabalho real, por outro. O

desaparecimento = de uma dessas condições faz com que a troca seja

interrompida. Os próprios economistas modernos, como por exemplo

Sismondi. Chérbuliez (98) etc., opõem I’associatíon des individus à

l’association des capitaux (99)

Por outro lado, = os indivíduos são completamente subordinados à divis&atil= de;o do =

trabalho e ficam= por isso mesmo colocados numa situação de dependência

total uns dos ou= tros. Na medida em que se opõe ao trabalho no seio deste, a

propriedade priv= ada nasce e desenvolve-se a partir da necessidade de

acumulaç&= atilde;o e, embora conserve inicialmente a forma da comunidade,

aproxima-se pouc= o a pouco, no seu desenvolvimento ulterior, da forma

moderna da propr= iedade privada. Logo, a divisão do trabalho implica

igualmente a divisão das condições de trabalho, instrumentos e materiais e,

com essa divisão, a fragmentação do capital acumulado entre diversos <= /span>

proprietá= rios; por conseguinte, implica também a separação entre capi= tal e <= /span>

trabalho, assim = como entre diversas formas da propriedade. Quanto mais

aperfeiço= ada estiver a divisão do trabalho, maior é a acumulaç&atil= de;o e mais

acentuada &eacut= e; essa separação O próprio trabalho só pode subsi= stir à custa dessa =

separação.

* * *

(Energia pessoal dos indivíduos de diferentes nações

Alemães e Americanos—energia devida ao cruzamento de raças - daí = o

cretinismo dos Alemães verdadeiros cretinos em França, Inglaterra, etc., dos=

povos estrangeir= os transplantados para um território evoluído e para um

local inteiramen= te novo na América; na Alemanha a população primitiva não

teve a mínima reação).

* * *

Encontramo-nos, portanto, perante dois fatos. Primeiro, as forças produtivas

apresentam-se co= mo completamente independentes e separadas dos

indivíduo= s, corno um mundo à margem destes, o que se deve ao fato de os

indivíduo= s. a quem elas pertencem efetivamente, existirem disseminados e

em oposição uns aos outros, se bem que essas forças s&oac= ute; sejam reais no <= /o:p>

comércio = e na interdependência desses indivíduos. Logo, existe por um lado <= span style=3D'color:black;display:none;mso-hide:all'>

um conjunto de forças produtivas que adquiriram, de certo modo, uma forma

objetiva e j&aac= ute; não são para os indivíduos as suas próprias forças, mas as da

propriedade priv= ada e, portanto, dos indivíduos, mas apenas na medida em

que forem proprietários privados. Em nenhum período anterior as forças

produtivas tinham revestido esta forma indiferente às relações dos

indivíduos enquanto indivíduos, pois estas relações eram ainda limitadas. 

Por outro lado, observa-se uma oposição a essas forças produtivas por parte

da maioria dos indivíduos de quem elas se tinham destacado e que, por

estarem despojad= as de todo o conteúdo real da sua vida, se converteram em

indivíduos abstratos; mas é por isso mesmo e só então que estes ficaram em

condiç&ot= ilde;es de se relacionarem uns com os outros como indivíduos. 

O trabalho, único laço que os une ainda às forças produtiva= s e à sua própria

existência= , perdeu para eles toda a aparência de manifestação de si e só lhes <= /o:p>

conserva a vida definhando-a. Enquanto em épocas anteriores a

manifestaç= ;ão de si e a produção- da vida material eram apenas separadas

pelo simples fat= o de competirem a pessoas diferentes e de a produção da

vida material ser ainda considerada como uma manifestação de si. uma

atividade de ord= em inferior devido ao caráter limitado dos próprios

indivíduo= s, hoje, manifestação de si e produção da vida material estão de tal

modo separadas q= ue a vida, material é considerada como fim e a produção

da vida material= , quer dizer, o trabalho, como meio (agora a única forma

possível, embora negativa, da manifestação de si). 

Chegamos pois ao ponto- de os indivíduos se verem obrigados a

apropriarem-se da totalidade das forças produtivas existentes, não apenas

para conseguirem manifestar o seu eu, mas sobretudo para assegurar a sua

existência= . Esta apropriação é, antes de tudo, condicionada pelo objeto= a

apropriar, neste= caso as forças produtivas desenvolvidas ao ponto de

constituí= rem uma totalidade e existindo unicamente no âmbito das trocas

mundiais. Sob es= te ângulo, esta apropriação deve necessariamente apresenta= r

um caráter universal correspondente às forças produtivas e às tro= cas. A <= /span>

apropriaç= ão destas forças consiste no desenvolvimento das faculdades

individuais que = de algum modo correspondem aos instrumentos materiais de

produç&at= ilde;o. Por isso mesmo, a apropriação de uma totalidade do instrument= os

de produção constitui já o desenvolvimento de uma totalid= ade de faculdades

nos própr= ios indivíduos. Esta apropriação é ainda condiciona= da pelos

indivíduo= s que se apropriam. Só os proletários da época atual, totalm= ente

excluídos= de qualquer manifestação de si, se encontram em condições de

poderem alcan&cc= edil;ar uma manifestação de si total, não limitada, que consis= te na =

apropriaç= ão de uma totalidade de forças produtivas e no desenvolvimento de

uma totalidade de faculdades que isso implica. Todas as apropriações

revolucion&aacut= e;rias anteriores foram limitadas; os indivíduos cuja manifestação

de si era limita= da por um instrumento de produção limitado e trocas

limitadas, apropriavam-se desse instrumento de produção limitado e s&oac= ute;

conseguiam, desse modo, atingir uma nova limitação. Apropriavam-se do

seu instrumento = de produção mas continuavam subordinados à divisão= do

trabalho e ao seu próprio instrumento de produção. Em todas as apropriações

anteriores havia= uma subordinação de uma massa de indivíduos a um ún= ico

instrumento de produção; na apropriação pelos proletári= os, é uma massa de

instrumentos de produção que é necessariamente subordinada a cada

indivíduo, ficando a propriedade subordinada a todos eles. As trocas

mundiais modernas só podem estar subordinadas aos indivíduos se o

estiverem a todos.

A apropria&ccedi= l;ão é também condicionada pela forma particular que deve

necessariamente revestir. Com efeito, só poderá ser levada a cabo mediante

uma união= que, dado o caráter do próprio proletariado, é obrigatoriamente’

universal; s&oac= ute; se efetuará através de uma revolução que, por um lado,

derrubará= o poder do modo de produção e de troca anterior assim como o

poder da estrutu= ra social precedente, e que por outro lado desenvolverá o

caráter universal do proletariado e a energia que lhe é necessária pa= ra

consumar essa apropriação. Trata-se portanto de uma revolução= em que o

proletariado se libertará de tudo o que ainda lhe resta da sua posição social

anterior.

É apenas = nesta fase que a manifestação de si coincide com a vida material; <= span style=3D'color:black;display:none;mso-hide:all'>

essa fase corres= ponde à transformação dos indivíduos em indiví= duos

completos e &agr= ave; superação de tudo o que lhes foi originariamente imposto pela=

natureza; corresponde-lhe a transformação do trabalho em manifestação de

si e a metamorfo= se das relações até então condicionadas em relaç= ;ões dos

indivíduos enquanto indivíduos. Com a apropriação da totalidade d= as forças

produtivas pelos indivíduos unidos, é abolida a propriedade privada. 

Enquanto na história anterior, cada condição particular surgia sem= pre como

acidental, agora é o isolamento dos próprios indivíduos, o lucro privad= o de

cada um, que se torna acidental.

Aos indiví= ;duos já não subordinados à divisão do trabalho, os filósofos

representaram-no= s como um ideal a que apuseram a designação de

«Homem&raq= uo;; e compreenderam todo o processo que acabamos de expor como

sendo o desenvolvimento do «Homem». Substituíram Os indivíduos

existentes em ca= da época da história passada pelo «Homem» e

apresentaram-no = como a força da história. Todo o- processo foi portanto

compreendido com= o processo de auto-alienação do «Homem», o que se deve

essencialmente a= o- fato de o indivíduo médio do período ulterior ter sido=

sempre substituído pelo do período anterior, ao mesmo tempo que se atribuía =

a este a consciência ulterior. Graças a esta inversão, que omite= as condições

reais, foi possível converter toda a história num processo de

desenvolvimento da consciência.

* * *

A sociedade civil abarca o conjunto das relações materiais dos indivíduo= s no

interior de um determinado estádio de desenvolvimento das forças

produtivas. Ence= rra o conjunto da vida comercial e industrial existente numa

dada fase e ultr= apassa por isso mesmo o Estado e a nação, se bem que deva

afirmar-se no ex= terior como nacionalidade e organizar-se no interior como

Estado, O termo sociedade civil surgiu no século XVIII, quando as relaç&otild= e;es

de propriedade se desligaram da comunidade antiga e medieval. A sociedade

civil enquanto t= al só se desenvolve com a burguesia; todavia, a organizaçã= ;o

social diretamen= te resultante da produção e do comércio, e que constituiu=

sempre a base do Estado e do resto da superestrutura idealista, tem sido

constantemente designada pelo mesmo nome.=

Relações do Estado e do Direito com a Propriedade

A primeira forma= da propriedade é, tanto no mundo antigo como na idade

média, a propriedade tribal, principalmente condicionada entre os Romanos

pela guerra, e e= ntre os Germanos, pela criação de gado. Para os povos

antigos (100) (não esqueçamos que numa me= sma cidade co-habitavam <= o:p>

diversas tribos)= , a propriedade tribal aparece corno propriedade do Estado e

o direito do indivíduo a desfrutá-la como uma simples possessio, a qual, n= o

entanto, à semelhança da propriedade tribal, se limita à propriedade da terra. 

A propriedade pr= ivada propriamente dita começa. tanto para os antigos como

para os povos modernos, com a propriedade mobiliária, - (Escravatura e

comunidade) (dominium ex jure quiritum (101)

Para os povos qu= e saem da Idade Média, a propriedade tribal evolui

passando» = por diferentes estádios - propriedade fundiária feudal,

propriedade mobiliária corporativa, capital de manufatura - até ao capita= l

moderno, condici= onado pela grande indústria e a concorrência universal, que

representa a propriedade privada no estado puro, despojada de qualquer

aparência = de comunidade e tendo excluído toda a ação do Estado sobr= e o

desenvolvimento = da propriedade. É a esta propriedade privada moderna que

corresponde o Es= tado moderno, adquirido pouco a pouco pelos proprietários

privados através dos impostos, inteiramente caído nas suas mãos pelo

sistema da dívida pública e cuja existência depende exclusivamente, pelo

jogo da alta &ea= cute; da baixa dos valores do Estado na Bolsa, do crédito comercial

que lhe concedem= os proprietários privados, os burgueses. A burguesia, por

ser já uma classe e não uma simples ordem, é constrangida a organizar-se à <= /span>

escala nacional e já não exclusivamente num plano local, e a dar uma forma

universal aos se= us interesses comuns. Dado que a propriedade privada se

emancipou da comunidade, o Estado adquiriu uma existência particular

junto da socieda= de- civil e fora dela; mas esse Estado não é mais do que a

forma de organização que os burgueses constituem pela necessidade de <= span style=3D'color:black;display:none;mso-hide:all'>

garantirem mutua= mente a sua propriedade e os seus interesses, tanto no

exterior corno no interior. A independência do Estado só existe hoje nos

países me= nos desenvolvidos onde as ordens ainda não se desenvolveram ao

ponto de constituírem classes e onde ainda desempenham um certo papel;

países es= ses em que existe urna situação híbrida e onde, consequenteme= nte,

nenhuma- parte da população pode dominar as outras. É muito

particularmente = o caso da Alemanha, ao passo que o exemplo mais acabado

de Estado moderno é a América do Norte. Os escritores franceses, ingleses e

americanos moder= nos afirmam todos, sem excepção, que o Estado só existe

devido à propriedade privada, idéia essa que acabou por ser aceite pela

consciência comum.

Sendo portanto o Estado a forma através da qual os indivíduos de uma classe

dominante fazem = valer os seus interesses comuns e na qual se resume toda a

sociedade civil = de uma época, conclui-se que todas as instituições públicas =

têm o Esta= do como mediador e adquirem através dele uma forma política. 

Daí a ilusão de que a lei repousa sobre a vontade e, melhor ainda, sobre u= ma

vontade livre, desligada da sua base concreta. O mesmo acontece com o

direito que é por sua vez reduzido à l= ei.

O direito privado desenvolve-se, conjuntamente com a propriedade privada,

como resultado da dissolução da comunidade natural. Entre os Romanos, o

desenvolvimento = da propriedade privada e do direito privado não teve

qualquer conseqüência industrial ou comercial pelo fato de o seu modo de =

produção não se ter modificado = (102)

Nos povos modern= os, onde a comunidade feudal foi dissolvida pela indústria

e o comér= cio, o nascimento da propriedade privada e do direito privado

marcou o in&iacu= te;cio de uma nova fase susceptível de um desenvolvimento

ulterior. Amalfi= (103) a primeira cidade da Idade Média a= ter um comércio

marítimo considerável, foi também a primeira a criar o direito marítimo. E

em Itália= , em primeiro lugar, tal como mais tarde noutros países, quando o

comércio = e a indústria conduziram a propriedade privada a um

desenvolvimento considerável.retomou-se imediatamente o direito privado

dos Romanos e elevou-se este à categoria de autoridade. Mais tarde, quando

a burguesia adqu= iriu poder suficiente para que os príncipes se preocupassem

com os seus inte= resses e utilizassem essa burguesia como instrumento para

derrubar a classe feudal, começou em todos os países - como em França, n= o

século XV= I o verdadeiro desenvolvimento do direito, que em todos eles, à

excepç&at= ilde;o da Inglaterra, tomou como base o direito romano. Mesmo em

Inglaterra foram introduzidos, para aperfeiçoar o direito privado, alguns

princípio= s do direito romano (particularmente no que se refere à propriedade

mobiliári= a). (Não esqueçamos que o direito, tal como a religião, não possui

uma história própria.)

O direito privado exprime as relações de propriedade existentes como o

resultado de uma vontade geral.

O próprio= jus utendi et abutendi (104) exprime, por um = lado, o fato de a

propriedade priv= ada se tornar completamente independente da comunidade

e, por outro, a ilusão de que essa propriedade privada repousa sobre a

simples vontade privada, sobre a livre disposição das coisas. Na práti= ca, o <= /span>

abutti (105) tem limitações econôm= icas bem determinadas para o

proprietá= rio privado se este não quiser que a sua propriedade, e com ela o

seu jus abutendi, passe para outras mãos; pois, no fim de contas, a coisa,

nada é, considerada unicamente nas suas relações com a sua vontade, e só se

transforma numa = coisa, numa propriedade real (numa relação, naquilo a que

os filóso= fos chamam uma idéia), através do comércio e independentem= ente

do direito. Esta ilusão jurídica, que reduz o direito à simples vontade, conduz

fatalmente mente= , na seqüência do desenvolvimento das relações de

propriedade. &ag= rave; possibilidade de qualquer pessoa ostentar um título jurídico =

de propriedade s= em efetivamente possuir essa propriedade. Suponhamos, por

exemplo, que um terreno deixa de ser rentável devido à concorrência - o= seu

proprietá= rio conservará sem dúvida alguma o título jurídico = da propriedade,

assim como o seu= jus utendi et abutendi. Mas nada poderá fazer com ele nem

nada possuir&aac= ute; de fato se não dispuser de capital suficiente para cultivar o seu

terreno. É= ; esta mesma ilusão que explica o fato de, para os juristas, assim

como para todos = os códigos jurídicos, as relações entre os indivíduos

celebrada por contratos, por exemplo, surgirem como algo fortuito e de, a

seu ver, as relações deste tipo [poderem] ou não ser aceites na me= dida em =

que o seu conteúdo repousa inteiramente sobre a vontade arbitrária e

individual das partes contratantes.

De cada vez que o desenvolvimento da indústria e dó comércio criou novas=

formas de troca,= por exemplo companhias de seguros e outras, o direito viuse

regularmente obr= igado a integrá-las nos modos de aquisição da

propriedade.

* * *

Influência= (106) da divisão do trabalho sobre a ciência. 

Papel da repressão no Estado, no direito, na moral, etc.. É necessário que a

lei constitua uma expressão da burguesia precisamente por esta dominar

como classe. Ciência da natureza e história. Não há história da política, do

direito, da ciência, etc., da arte, da religião, etc.

* * *

Razão por= que os ideólogos põem tudo às avessas. Homens de religião,

juristas, políticos. Juristas, políticos (himens de Estado em geral), moralistas,

homens de religião.

A propósi= to desta subdivisão ideológica no interior de uma classe: I. 

autonomia da profissão como conseqüência da divisão do trabalho: cada

qual considera a= sua profissão como verdadeira. Sobre a ligação do seu

trabalho com a realidade, iludem-se necessariamente dada a natureza desse

trabalho. Em jurisprudência, em política, etc., essas relações transformam-se <= /o:p>

- na consci&ecir= c;ncia - em conceitos; como não se elevam acima dessas relaçõ= es,

os conceitos que= sobre elas possuem são conceitos rígidos: o juiz, por

exemplo, pelo fa= to de aplicar o código, considera a legislação como

verdadeiro motor ativo. Cada um respeita a sua mercadoria pois ela está em

relação com o universal.

Idéia do direito. Idéia do Estado. Na consciência vulgar o assunto &eac= ute; posto às =

avessas.

* * *

A religião é em primeira análise consciência da transcendênc= ia, [consciência

que] nasce da obrigação real.

Exprimir isto de uma forma mais popular.<= /span>

A tradição para o direito, a religião, etc.

* * *

Os indiví= duos sempre partiram de si mesmos, partem sempre de si mesmos. 

As suas relações são relações que correspondem ao processo real da sua =

vida. A que se d= eve o fato de as suas relações ascenderem à autonomia e se <= span style=3D'color:black;display:none;mso-hide:all'>

chocarem com eles próprios? De os poderes dos indivíduos se tornarem

todos-poderosos perante esses mesmos indivíduos?&nb= sp;

Numa palavra: de= ve-se à divisão do trabalho, cujo grau depende da força

produtiva desenvolvida em cada momento.

Propriedade fundiária. Propriedade comunitária. Feudal Moderna. 

Propriedade das = ordens da sociedade. Propriedade manufaturaria. Capital

industrial.

* * *

[A partir daqui,= A Ideologia Alemã toma o aspecto de um comentário de

textos, o que ex= plica as numerosas citações das obras de São Bruno (Bauer) <= span style=3D'color:black;display:none;mso-hide:all'>

e de São Max (Stirner)]

NOTAS

1.        &= nbsp;   [Passagem cortada no manuscrito:] Nenhuma diferença especifica distingue o

idealismo alemão da Ideologia de todos os outros povos. Esta última considera =

igualmente que o= mundo é dominado por idéias, que estas e os conceitos são

princípios determinantes, que o mistério do mundo material, apenas acessí= ;vel aos

filósofos, é constituído por determinadas idéias.

Hegel levou ao máximo o idealismo positivo. Para ele, o mundo material não s= e

limitara a metamorfosear-se num mundo de idéias e a história numa história de

idéias. H= egel não se contenta com o registo dos fatos do pensamento; procura

também analisar o ato de produçã= ;o.

Quando são obrigados a sair do seu mundo de sonhos, os filósofos alemães

protestam contra o mundo das idéias que lhes [...] a representação do [mundo] real,

físico

Todos os críticos alemães afirmam que = as idéias, representações e conceitos

dominaram e determinaram até agora os homens reais e que o mundo real é um

produto do mundo das Ideias. Todos pensam que assim aconteceu até agora, mas

que a situação se vai modificar; e é aqui que se diferenciam entre si, pois têm=

opiniões diferentes sobre a forma Como se deve libertar o mundo dos homens, o

qual, segundo eles, gemeria sob o peso das suas próprias idéias fixas, e sobre

aquilo que cada um considera como idéia fixa.= Mas todos acreditam no domínio

das idéias e julgam que o seu raciocín= io provocará necessariamente a queda do

estado de coisas existente, quer pelo simples poder = do seu pensamento individual

quer por tentarem conquistar a consciência de = todos.A crença de que o mundo real

é o produto do mundo ideal, de que o mundo das idéias [...] Alucinados pelo

mundo hegeliano das idéias, que se tornou o deles, os filósofos alemães protestam

contra o domínio dos pensamentos, idéi= as e representações que até agora, no seu=

parecer, ou melhor, de acordo com a ilusão de Hegel, deram origem ao mundo real,

o determinaram, o dominaram. Exalam um último protesto e sucumbem [...] No

sistema de Hegel, as Ideias, pensamentos e conceitos produziram, determinaram e

dominaram a vida real dos homens, o seu mundo materi= al, as suas relações reais.

Os seus discípulos revoltados assenhorearam-se deste postulado [...]

2.   David Friedrlch Strauss (1808-1874), filósofo alemão.

3.        &= nbsp;   Generais de Alexandre da Macedónia que, após a sua morte, se entregara= m a

uma luta encarniçada a fim de atingirem o poder.

4.        &= nbsp;   [Passagem cortada no manuscrito:] O mundo exterior profano não se apercebeu

evidentemente de= nada; nenhum destes acontecimentos que revolucionaram o

mundo conseguiu exceder os limites de um processo de decomposição do espírito =

absoluto.

5.        &= nbsp;   [Passagem cortada no manuscrito:] O crítico, esse ordenador de casamentos e

funerais, n&atil= de;o poderia naturalmente estar ausente; de fato, enquanto resíduos das <= span style=3D'color:black;display:none;mso-hide:all'>

grandes guerras de libertação,

6.   Neste caso: resíduo.

7.   [Passagem corta= da no manuscrito:] (e da pequenez nacional).

8.   [Passagem corta= da no manuscrito:] por essa razão que faremos preceder a critica

individual dos diversos representantes deste movimen= to de algumas anotações

gerais (as quais bastarão para caracterizar o nosso ponto de vista critico e

fundamentá-lo tanto quanto necessário.= Se opomos estas anotações a Feuerbach, é

por ser ele o único a constituir um efetivo progresso, o único cujas obras podem ser

estudadas de bonne foi *); tais anotaçõ= ;es esclarecerão os pressupostos ideológicos

que lhes são comuns. *. De boa fé; em francês no texto original.

9.        &= nbsp;   [Passagem cortada no manuscrito:] e que apenas procuram atingir uma

modificação da consciência dominante.<= /span>

10. [Passagem cortada no manus= crito:] Apenas conhecemos uma ciência, a da

história. Esta pode ser examinada sob dois aspectos; podemos dividi-la em história

da natureza e história dos homens. Poré= ;m, estes dois aspectos não são separáveis;

enquanto existirem homens, a sua história e a= da natureza condicionar-se-ão

reciprocamente. A história da natureza, aquilo que se designa por ciência da

natureza, não nos interessa aqui; pelo contrário, é-nos necessário analisar em

pormenor a história dos homens, pois, com efe= ito, quase toda ~ ideologia se reduz

a uma falsa concepção dessa história ~ puro e simples abstrair dela. A própria=

ideologia é somente um dos aspectos dessa história,

11. [Passagem cortada no manuscrito:] O primeiro ato histórico desses indivíduos,=

através do qual se distinguem dos animais, não é o fato de pensarem, mas sim o de

produzirem os seus meios de existência.

12. [Passagem cortada no manuscrito:] Ora este estado de coisas não condiciona

apenas a organização que emana da natureza, a organização primitiva dos homens,

principalmente n= o que se refere às diferenças de raça; condiciona igualmente todo

o seu desenvolvimento ou não desenvolvimento ulterior.

13. [Passagem cortada no manuscrito:] entre os Plebeus romanos encontramos em

primeiro lugar pequenos proprietários de terra, ao que se segue a constituição

embrionár= ia de um proletariado, tendência que aliás não se desenvolve devido à =

sua posição intermédia entre cidadãos possuidores e escravos.

14. Licinius: tribuno do povo = que editou em 367, juntamente com Sextius, leis que

favoreciam os plebeus, e segundo as quais nenhum cidadão romano tinha o direito

de possuir mais do que uma determinada extensã= ;o de terras pertencentes ao Estado.

15. [Passagem cortada no manuscrito:] em relações de produção determinad= as.

16. [Passagem cortada no manuscrito:] que se atém apenas aos dados reais.

17.        &= nbsp; [Passagem cortada no manuscrito:] As representações aceites por estes <= span style=3D'color:black;display:none;mso-hide:all'>

Indivíduos são idéias quer sobre as suas relações com a natureza, quer sobre as

relações que estabelece entre si ou quer sobre a sua. própria natureza. ~ evidente

que, em todos estes casos, tais representações constituem a expressão consciente -

real ou imaginária - das suas relações e das sua atividades reais, da sua produção,

do seu comércio, do seu (organização) comportamento político e social, S&oacut= e; é

defensável a hipótese inversa se supõe um outro espirito, um espírito particular,

para além do espirito dos indivíduos reais, condicionados materialmente, Se a

expressão consciente das condiçõ= ;es de vida reais destes indivíduos é imaginária, se<= /o:p>

nas suas representações consideram a realidade invertida, este fenômeno é ainda

uma consequ&ecir= c;ncia do seu modo de atividade material limitado e das relações

sociais deficientes que dele resultam.

18.        &= nbsp; [Passagem cortada no manuscrito:] e, para sermos precisos, os homens tais

como são condicionados pelo modo de produção da sua vida material, pelo seu

comércio material e o seu desenvolvimento ulterior na estrutura social e política.

19. Câmara escura.<= /o:p>

20.        &= nbsp; [Passagem cortada no manuscrito:] a procurar a interdependência real, prática, =

dessas diferentes estratificações.

21.        &= nbsp; [Passagem cortada no manuscrito:] antes da expressão ‘é certoR= 17;: na Sagrada

Família, = foi convenientemente refutada a idéia de que estes santos filósof= os e

teólogos,= ao escreverem algumas vulgaridades sobre o espírito absoluto, teriam

criado a “não-autonomia dos indivíduos”. Como se o indivíduo, quer dizer, todo o

ser humano, «deixasse de ser autônomo»indivíduo,dependên= cia estivesse =

realmente dissolvido «no Espírito absoluto» a part= ir do momento em que alguns

pobres especuladores dessem a conhecer estas ninhari= as ao «Indivíduo», dando-lhe

ordem para &laqu= o;se dissolver» imediatamente «no Espírito absoluto» se= m a mais

pequena hesitação! É de notar que se esses merceeiros puderam = chegar a tais

manias filosóficas não o conseguiram devido à «dependência, à não-autonomia do

indivíduo», mas por causa da misé= ;ria da situação social.

22. Primeira máquina de fiação automática.

23.        &= nbsp; Marx tinha escrito primeiro: em qualidade e quantidade suficientes; este

adjetivo foi riscado e substituído por vollständig.<= /o:p>

24.        &= nbsp; [Manuscrito deteriorado:] As palavras entre parêntesis não são legíveis no

original.

25.        &= nbsp; [Variante no manuscrito original:] trata-se de urna luta que nos traz novos

resultados é. massa dos homens; a luta da Alemanha...

[Passagem cortada no manuscrito original:] São Bruno dá-nos uma “Característica

de Ludwig Feuerbach”, isto é, urna versão revista e corrigida de um artigo já<= /p>

publicado nos Norddeutsche Blätter. Dado o caráter sagrado em que nós próprios...

Feuerbach &eacut= e; descrito como defensor da “Substância”, com o objetivo de= dar

·      =    maior relevo à “Consciência= de si” bauerianasubstância. Aliás, é já um hábito:

desde há algum tempo que este autor se limita= a dizer de tudo e de todos que são a

«Subst&aci= rc;ncia>, No decurso desta transubstanciação de Feuerbach, o nosso sant= o

homem salta diretamente dos escritos de Feuerbach para a Essência do

Cristianismo, pa= ssando sobre Bayle e Leibniz. Não menciona o artigo de

Feuerbach contra= a filosofia “positiva” Incluído nos Hallische Jahrbüc= her, pela

simples raz&atil= de;o de Feuerbachsubstância absolutaaí desmascarar, face aos

representantes positivos da «substância,, toda a ciência da consciência de si

«absoluta,= numa época em que São Bruno ainda especulava * sobre a Imaculada

Concepç&a= tilde;o e onde se exprimia muito mais claramente... do que ... alguma vez o

fizera... A sequência deste texto é apenas uma variante de uma passagem do=

capitulo II (S. Bruno). *Início de frase cort= ado.

26.        &= nbsp; Faltam as folhas paginadas por Marxconcepção homemchomensom os

números 3, 4, 5, 6 e 7.

27.        &= nbsp; [Variante no manuscrito:] «concepção» teórica. 28. [= Nota de Engels:] O erro de

Feuerbach não reside no fato de subordinar o que é visível a olho nu, a aparência

sensível. A realidade sensível observa= da graças a um exame mais aprofundado do

estado de coisas concreto; consiste, pelo contrário, no fato de, em última instância,<= /span>

não se poder assenhorear da materialidade sem= a considerar com os «olhos>, Isto é,

através dos «óculos» do filósofo.

29.        &= nbsp; [Variante no manuscrito original:] que é em cada época histórica= o resultado da

atividade de toda uma série de gerações.

30.        &= nbsp; Bruno Bauer: «Característica de Ludwig Feuerbach», Wigand̵= 7;s

Vieteljahrsschrift,, 1845, t. III.

31. Alusão a um verso do Fausto de Goethe.

32.        &= nbsp; [Passagem cortada no manuscrito:] Se apesar de tudo examinamos aqui a

história = um pouco mais detidamente, é pelo fato de os Alemães, ao ouvirem= as

palavras hlstória» e “histórico”, terem o háb= ito de pensar em todas as coisas

possíveis= e imagináveis menos na realidade. São Bruno, «esse orador versado na

eloquência sagrada», é disso um brilhante exemplo.=

33.        &= nbsp; [Nota de Marx:] Os homens têm uma história pelo fato de serem obriga= dos a <= /span>

produzir a sua vida e de terem de o fazer de um determinado modo: est= a

necessidade é uma consequência da sua organização física; o mesmo acontece com

a sua consciência. [Variante no manuscrito:] apercebemo-nos de que, entre outras

coisas, o homem = tem “espirito”, e que esse “espirito” se “manifesta” como

consciência.

34.        &= nbsp; [Frase cortada no manuscrito:] a minha consciência é a minha relação com o

que me rodeia.

35. [Nota de Marx:] Compreende= -se imediatamente que esta religião natural ou

este tipo de relações com a natureza estão condicionados pela forma da sociedade e

vice-versa. Neste caso, como em qualquer outro, a Identidade entre o homem e a

natureza toma igualmente esta forma, ou seja, o comportamento limitado dos

homens perante a natureza condiciona o comportamento limitado dos homens entre

si e este condic= iona por sua vez as suas relações limitadas com a natureza,

precisamente porque a natureza mal foi modificada pe= la história.

36.        &= nbsp; [Nota de Marx:] Religião. Os Alemães no que se refere à ideologia enquanto

tal.

37. [Passagem cortada no manus= crito atividade e pensamento, isto é, atividade sem

pensamento e pensamento sem atividade.

38. Termos do vocabulár= io dos jovens-hegelianos e de Stirner, em particular.

39.        &= nbsp; [Passagem cortada no manuscrito:] Esta expressão Idealista das limitações

económicas existentes é não só teórica, como também existe na consciência

prática; = isto significa que a consciência que se emancipa e que entra em

contradiç= ão com o modo de produção existente não constitui apenas religiões e

filosofias, mas também Estados.

40. Os Anais franco-alemâ= ;es eram uma revista editada em Paris por Marx e A.

Ruge. Só = foi publicado o primeiro número, em Fevereiro de 1844, que continha

dois artigos de = Marx: Sobre a questão judaica,, «Contribuição à critica da filosofia =

do direito de He= gel e um longo artigo de Engeis: «Esboço de uma critica da

economia política. As divergências entre Marx e Ruge impediram o

prosseguimento d= esta publicação. Em 1845, em Francfort-sobre-Meno, aparece a

obra de Marx e E= ngels intitulada a Sagrada Familia, ou Crítica da Crítica crí= ;tica. 

Contra Bruno Bauer e consortes.

41.        &= nbsp; Bauer * pretendia-se o campeão de uma escola filosófica critica,. * Bauer,

Bruno (1809-1882): Teólogo, historiador da religião e publicista alemão.

Hegeliano de esquerda que, em 1842, perdeu a cátedra na Universidade de Bona

devido aos seus escritos radicais. Uniu-se mais tarde aos conservadores e apoiou a

reação prussiana.

42.        &= nbsp; [Passagem cortada no manuscrito:] e quanto à propriedade, que foi

Inicialmente uma instituição criada pelos própri= os homens, dá em breve à

sociedade uma característica própria q= ue de forma alguma foi desejada pelos seus

autores iniciais, perfeitamente visível para quem não se tenha submetido

definitivamente à «Consciência de= si, ou ao Único,.

43. [Passagem cortada no manuscrito:] devem ser pensadas em função da realidade

material.

44. [Passagem cortada no manuscrito:] pressupõe portanto que a história universal=

tenha uma existência empírica prática.

45. A expressão alem&at= ilde; é bürgerliche Gesellschaft, que poderá além disso significar

«sociedade burguesa».<= /p>

46. [Nota marginal de Marx:] Comércio [Verkehr] e força produtiva.

47. [Passagem cortada no manuscrito:] São MAX Stirner passeia-se levando a<= /p>

história mundial às costas, comendo-a e bebendo-a todos os dias como antigamente

se fazia com o corpo e o sangue de nosso senhor Jesus Cristo, e a história universal

produ-lo quotidianamente, a ele, o Único, que é o seu produto por necessitar de

comer, beber e vestir-se; as citações contidas no Único (na obra), etc., assim como

a polêmica de São MAX contra Hess e out= ras pessoas afastadas, demonstra como

também no plano espiritual ele é produ= zido pela história mundial. Daqui se

depreende:que, na história mundial, os indivíduos são tão possuidores como os

elementos de qualquer outra Associação stirneana de estudantes e de costureiras

livres

48.        &= nbsp; [Passagem cortada no manuscrito:] por isso «o conceito (1) da personalidade

(2) implica (3) = de uma forma geral -(4) que este surja com todos os seus limites,

(consegue-o admiravelmente) e seja levado «a abolir (5) de novo (6) a limitação

que introduz (7) (não por si mesma, nem de forma geral, mas ap= enas pelo seu

conceito) «através da sua essência (8) universal (9), a qual é apenas o resultado da<= /p>

auto-diferenciação (10) interna da sua atividade», págs., 87-8&

49.        &= nbsp; [Nota de Marx:] cada etapa de desenvolvimento das forças produtivas serve = de

base ao domínio de uma determinada classe.

50.        &= nbsp; [Nota marginal de Marx: constituída por pessoas que estão interessa= das em =

manter o atual estado de produção.

51.        &= nbsp; [Passagem cortada no manuscrito] forma moderna da atividade sob a qual a

dominação das

52.        &= nbsp; [Passagem cortada no manuscrito:] Já há algum tempo que todos os

comunistas, tanto na França como na Inglaterra ou na Alemanha, estão de acordo

sobre a necessidade desta revolução; n= o entanto, São Bruno continua calmamente o

seu sonho e pens= a, que se se admite o «humanismo real», ou seja o comunismo,

«em vez do espiritualismo» (que já não é justificáve= l), é apenas para que aquele

ganhe maior resp= eito. Então- continua o sonho - «será necessário que n= os surja a

salvaç&at= ilde;o, que o céu baixe à terra e que esta seja o Céu» (o nosso douto teólogo

continua a n&ati= lde;o conseguir prescindir do céu). «E assim brilharão a aleg= ria e a

felicidade para todo o sempre, no meio das celestes harmonias, (pág. 140).

53. Alusão às te= orias de Bauer e de Stirner.

54.        &= nbsp; De 1838 a 1841, foi editada na Prússia uma revista intitulada Anais de Halle d= a

ciência e arte alemãs, sob a direção de Ar= nold Ruge e de Theodor Echtermeyer.

Ameaçada de interdição na Prússia, a revista mudou-se para a Saxónia intitulandose,

entre 1841 e 184= 3, Anais alemães da ciência e da arte. Finalmente, em 1843, o

governo proibiu para toda a Alemanha a saída = da revista.

55. Alusões feitas respectivamente a Bauer, Feuerbach e Stirner.

56. Canto nacionalista de Nico= las Beker.

57. Jakob Veneday (1805-1971), politlco alemão de esquerdas.

58. Marx refere-se aqui a Max Stlrner.

59.        &= nbsp; Wigand’s Vierteljahrsschrift, revista dos jovens-hegelianos editada em Leipzig

de 1844 a 1845.

60. Obra de Feuerbach

61.        &= nbsp; [Passagem cortada no manuscrito:] Normalmente, a classe dominante julga

serem estes conceitos quem verdadeiramente reina, e só Os distingue das Ideias

dominantes das épocas anteriores apresentando= -os como verdades eternas. Estes

«conceitos dominantes» terão uma forma tanto mais geral e generalizada quanto

mais a classe dominante é obrigada a apresent= ar os seus interesses como interesses

de todos os membros da sociedade.<= /p>

62.        &= nbsp; [Variante no manuscrito:] de representar, no plano prático, um interesse

particular como interesse comum a todos, e, no plano teórico, como Interesse

universal.

63. Em inglês no origina= l: Lojista.

64. Falta o início deste caderno. Considerando a paginação de Marx, deverão fal= tar

quatro páginas.

65. Em francês no origin= al.

66.        &= nbsp; [Passagem cortada no manuscrito:] estavam multo divididos, pois os oficiais

dos vários mestres opunham-se uns aos outros no seio de uma me= sma profissão.

67. [Passagem cortada no manuscrito:] saindo do seu isolamento

68. Em francês no origin= al

69.        &= nbsp; Leis editadas por Cromwell em 1651 e renovadas mais tarde. Estipulavam que

a maioria das mercadorias importadas da Europa, da Rússia ou da Turquia ~ó =

deviam ser transportadas por navios Ingleses ou dos países exportadores. A

cabotagem ao lon= go das costas inglesas devia ser feita exclusivamente por barcos

ingleses. Estas = leis, destinadas a favorecer a marinha inglesa, eram sobretudo

dirigidas contra a Holanda; foram abolidas entre 1793 e 1854.

70. [Passagem deteriorada no manuscrito.]

71. AIKIN, John (1747-1822): médico Inglês que foi simultaneamente historiador.<= /span>

72.        &= nbsp; PINTO, Isaac (1715-1787): especulador e economista holandês. As- citações

do texto pertenc= em à «Carta sobre a rivalidade do comércio» da sua o= bra: Tratado

da circulação e do crédito. Amesterdão, 1= 771.

73. Em francês no origin= al.

74. Em francês no origin= al.

75. Autor conhecido por Marx n= esta época através da sua obra intitulada:

Investigação sobre a natureza e as cau= sas da riqueza das nações.

76.        &= nbsp; [Passagem riscada no manuscrito:] e deu origem à rápida circulaç= ão e <= /span>

concentração dos capitais.

77. Passagem deteriorada no manuscrito.

78. Em francês no origin= al: mais ou menos.

79.        &= nbsp; [Variante no manuscrito:] conduziu à união de várias cidades, o = que se =

explicava pela identidade dos seus interesses perante os senhores feudais.

80. [Passagem cortada no manuscrito:] tornando-se o conjunto destas condições de<= /o:p>

vida Individuais as condições de existência comuns de uma classe.

81.        &= nbsp; [Nota de Marx:] absorve primeiro os setores de trabalho diretamente ligados ao

Estado, e depois todas as profissões mais ou menos ideológicas.

82.        &= nbsp; [Passagem cortada no manuscrito:] nas suas condições de existênci= a em parte

dadas e em parte resultando de um desenvolvimento dessas condições dadas.

83.        &= nbsp; [Passagem cortada no manuscrito:] e sem o completo e livre desenvolvimento

do indivíduo que ela implica.

84. Em francês no texto original.

85. Passagem deteriorada no manuscrito.

86. Parcelas.

87.        &= nbsp; [Passagem cortada no manuscrito:] os indivíduos que se libertaram em cada

época histórica apen:is continuaram a desenvolver as condiçõ= es de existência já

presentes, que já lhes eram dadas.

88. Obra de Jean-Jacques Rouss= eau,

89. Em francês no origin= al: mais ou menos.

90. [Palavra cortada no manusc= rito:] manifestaçao de si, Selbstbetãtigung.

91. Idem.

92. Contra o homem.=

93. Em francês no origin= al: sem o quererem.

94. [Nota marginal de Marx: Produção do próprio modo de trocas.<= /p>

95. Em francês no origin= al: por sua vez.

96.        &= nbsp; Significado literal: proletariado andrajoso. Elementos marginais à classe do

proletariado urbano, miseráveis, não organizados.<= /o:p>

97. [Cortado no manuscrito:] cooperação tanto quanto ela é possível.

98.        &= nbsp; Sismondi 1773-1S42) economista Suíço que critica o capitalismo de um p= onto

de vista pequeno-burguês. Cherbuliez (1797-1869 )- discípulo de Sismondi que

misturou às idéias deste noções extraídas de Ricardo

99. Em francês no origin= al... a associação dos indivíduos à associação dos capitais.

100.     &nb= sp;  [Passagem cortada no manuscrito:] (em particular, Roma e Esparta).<= /p>

101.     &nb= sp;  Propriedade de um cidadão romano de velha estirpe.

102.     &nb= sp;  [Passagem cortada no manuscrito:] e esta evolução não foi provoc= ada por uma

extensão da indústria e do comércio.

103.        Cidade italiana situada ao Sul de Nápoles. Nos séculos X e XI, era um porto

florescente e o seu direito marítimo foi adoptado por toda a Itália.

104.     &nb= sp;  Direito de usar e de abusar.

105.     &nb= sp;  Direito de abusar.

106.        Encontram-se aqui agrupadas notas muito sumárias incluídas nas duas

primeiras páginas do manuscrito.

Versão eletrônica disponível em = http://www.jahr.org]<= /b>

&= nbsp;