S E T O R L E S T E
  Alunos: DIEGO - DIENYSON
  Turma: 1º N
  Turno: VESPERTINO
Reprodução dos Seres Vivos
  
  Uma das características que melhor distingue os seres vivos da matéria 
  bruta é sua capacidade de se reproduzir. É através da reprodução 
  que cada espécie garante sua sobrevivência, gerando novos indivíduos 
  que substituem aqueles mortos por predadores, por doenças, ou mesmo por 
  envelhecimento. Além disso, é através da reprodução 
  que o indivíduo transmite suas características para seus descendentes. 
  A grande diversidade de seres vivos reflete-se nas formas de reprodução 
  dos organismos, por isso pode-se encontrar inúmeros tipos de reprodução 
  que são agrupados em duas categorias principais: a reprodução 
  assexuada e a reprodução sexuada. A reprodução assexuada 
  é a forma mais simples de reprodução, envolvendo apenas 
  um indivíduo. No caso de organismos unicelulares, por exemplo, a reprodução 
  é feita a partir da fissão da célula que se divide em duas, 
  originando dois novos organismos. Em organismos pluricelulares também 
  há reprodução assexuada, apesar de não ser a única 
  forma de reprodução das espécies. Alguns vegetais como 
  as gramíneas, por exemplo, possuem raízes especiais, os rizomas, 
  que, à medida que crescem sob a terra, geram novos brotos. Dessa forma, 
  surgem novos indivíduos, interligados entre si. Mesmos que essa ligação 
  desapareça, os indivíduos podem continuar a viver independentemente. 
  Outro exemplo é a chamada planta Folha da Fortuna. Em suas folhas, surgem 
  pequenos brotos que podem dar origem a novos indivíduos. A reprodução 
  assexuada não está restrita às plantas, diversos grupos 
  animais podem se reproduzir desse modo. Algumas espécies de esponjas 
  lançam na água pequenos pedaços que geram novos organismos 
  completos. Certos Celenterados, como a Hydra, produzem pequenas expansões 
  que se destacam e originam novos organismos, em um processo conhecido como brotamento. 
  Plateomintes como a planária podem dividir-se transversalmente, regenerando 
  as porções perdidas e, assim gerando dois indivíduos a 
  partir de um. Em Echinodermas como a estrela-do-mar, a partir de um braço 
  do animal pode surgir um novo organismo. Em todos os casos citados ocorre um 
  tipo de clonagem natural, ou seja, na reprodução assexuada são 
  gerados indivíduos idênticos ao organismo que os gerou. Portanto, 
  nesse tipo de reprodução a única fonte de variabilidade 
  é a mutação, que por sinal ocorre em freqüências 
  bastante baixas. É interessante notar que, de modo geral, os organismos 
  que realizam exclusivamente reprodução assexuada apresentam taxas 
  de reprodução relativamente altas, como as bactérias por 
  exemplo. Assim, há maior probabilidade de surgirem organismos diferentes 
  por mutação, uma vez que o número de indivíduos 
  originados é imenso. A reprodução assexuada é muito 
  mais complexa do que a reprodução assexuada, demandando um gasto 
  maior de energia. Nesse tipo de reprodução estão envolvidos 
  dois indivíduos de cada espécie, um produz um gameta masculino 
  e o outro o gameta feminino. A união dos dois gametas dá origem 
  a uma célula ovo que, a partir de um processo de divisão celular 
  e diferenciação, origina um novo indivíduo. Temos uma maior 
  familiaridade com esse tipo de reprodução, mesmo porque é 
  a reprodução que ocorre em na espécie humana. A reprodução 
  sexuada está presente nos vários animais e vegetais, salvo algumas 
  exceções. Dentro dessa grande categoria de reprodução 
  podemos distinguir subtipos conforme alguns aspectos. Existem seres vivos com 
  fecundação interna ou fecundação externa, com desenvolvimento 
  direto ou indireto. Há espécies nas quais um mesmo indivíduo 
  produz os dois tipos de gametas, as chamadas espécies monóicas 
  ou hermafroditas; e espécies em que cada indivíduo produz apenas 
  um tipo de gametas, as chamadas espécies dióicas. Apesar dessa 
  diversidade de formas de reprodução, em todos os casos o organismo 
  originado a partir da fusão dos gametas é diferente de seus pais. 
  Portanto, a reprodução sexuada origina uma variabilidade maior 
  nos indivíduos da espécie por simples combinação 
  das características do pai e da mãe. Além disso, durante 
  o processo de produção de gametas, mais especificamente durante 
  a meiose ocorre o que conhecemos como crossing over. Os cromossomos homólogos 
  trocam pedaços, gerando um cromossomo distinto daquele presente na célula-mãe. 
  Se considerarmos apenas o aspecto da variabilidade, aparentemente, a reprodução 
  sexuada parece trazer apenas vantagens. Todavia, é importante lembrar-se 
  que este tipo de estratégia reprodutiva implica num gasto de energia 
  muito maior, o que pode ser extremamente inconveniente para os indivíduos 
  em determinadas condições.
Tipos de Reprodução
Reprodução Sexuada
Consiste no mecanismo em que normalmente dois organismos originam um novo indivíduo, 
  com troca de material genético e geralmente com a participação 
  de células de reprodução denominadas gametas. Assim, após 
  a fecundação, isto é, depois da fusão dos gametas, 
  forma-se uma célula-ovo ou zigoto que, por mitoses sucessivas, origina 
  um novo organismo. Na reprodução sexuada destacam-se dois fenômenos, 
  que permitem a ocorrência de uma notável variabilidade genética 
  entre os descendentes. São eles:
  
  Meiose -- por seu intermédio formam-se células haplóides 
  (n), com o número normal de cromossomos da espécie se reproduzindo 
  pela metade.
  
  Fecundação -- através dela reconstitui-se o número 
  normal de cromossomos da espécie.
  
  A grande variabilidade genética, entre os descendentes, na reprodução 
  sexuada, oferece a vantagem de aumentar a possibilidade de sobrevivência 
  da espécie num ambiente em processo de alteração. Por outro 
  lada a "diluição" das características parentais 
  entre os descendentes acarreta uma perda de homogeneidade, fato que pode ser 
  considerado, desvantajoso, por exemplo, numa cultura agrícola propaga 
  sexuadamente através de sementes.
  Como vimos, uma cultura propagada assexuadamente pode ser exterminada caso sofra 
  o ataque de um parasita para o qual não está adaptada. Já 
  uma cultura propagada sexuadamente, com descendentes geneticamente diferentes 
  entre si, deverá abrigar alguns indivíduos capazes de resistir 
  à ação de um novo patógeno. Os indivíduos 
  que não serão atingidos sobreviverão e se reproduzindo, 
  constituindo os agentes perpetuadores da espécie
  Reprodução Assexuada
O mecanismo em que um único indivíduo origina outros, sem que 
  haja troca de material genético ou a participação de gametas, 
  é denominada reprodução assexuada ou agâmica.
  Essa forma de reprodução é muito freqüente no mundo 
  vivo e constitui a forma mais comum de reprodução em organismos 
  unicelulares, como as bactérias. Nesse caso, o tipo de divisão 
  celular que se verifica é a mitose. Assim, a reprodução 
  assexuada caracteriza-se, na ausência de mutações, por originar 
  descendentes geneticamente iguais entre si e as suas ancestrais.
  Existem várias formas de reprodução assexuada. Destacaremos 
  a cissiparidade, a gemiparidade e a propagação vegetativa em plantas. 
  
  
  Cissiparidade ou fissão binária ou divisão simples ou bipartição
  Na cissiparidade, um organismo simplesmente divide-se em duas partes geneticamente 
  iguais, que passarão a constituir novos indivíduos. Esta reprodução 
  é em geral verificada em bactérias, algas unicelulares e protozoários.
  
  Gemiparidade ou brotamento -- Nesse tipo de reprodução assexuada 
  o organismo emite lentamente um "broto", que cresce, formando um novo 
  organismo. Esses indivíduos que "brotam" podem se manter agregados 
  ao organismo parental, constituindo uma colônia. A gemiparidade ocorre 
  em certas bactérias, em protozoários, fungos, poríferos 
  e celenterados.
  
  Propagação vegetativa -- Consiste na reprodução 
  assexuada de plantas, através de partes de seu corpo vegetativo, principalmente 
  pedaços de caule, que são utilizados como "mudas".
  Na agricultura, é muito freqüente a propagação vegetativa 
  em plantas como a cana-de-açúcar, a mandioca, a batata, a roseira 
  e a bananeira, entre outros exemplos. Os caules contêm gemas portadoras 
  de Tecidos meristemáticos, que possuem células com elevada capacidade 
  proliferativa. Essas células são capazes de originar uma nova 
  planta, em condições adequadas. Assim, cortando-se uma batata-inglesa 
  ou batata comum em vários pedaços, cada um desses pedaços 
  poderá dar origem a uma nova planta, desde que contenha uma gema, popularmente 
  conhecida como "olho" de batata. Da mesma maneira, cortando-se o caue 
  de uma cana-de-açúcar em vários pedaços portadores 
  de gemas, cada um desses pedaços de caule, conhecidos como "toletes", 
  poderá também formar um novo indivíduo
Reprodução dos vegetais
  A primavera é um período de intensa atividade das plantas. Nesta 
  época, os botões das plantas herbáceas perenes brotam, 
  além de se reproduzirem. Raízes são criadas e as novas 
  plantas adquirem vida própria, o que demonstra a possibilidade das plantas 
  se reproduzirem sem a fecundação ou utilização de 
  pólen. Rizomas e Corredeiras são exemplos de plantas que conseguem 
  reproduzir a si mesmas. A reprodução das plantas por meios próprios 
  é conhecida por reprodução assexuada.
  O sistema de reprodução das plantas está nas flores. Os 
  estames (órgãos reprodutores masculinos) possuem anteros e filamentos 
  responsáveis pela produção das células sexuais masculinas 
  (pólen). Já o pistilo (órgão sexual feminino) tem 
  o ovário. A produção de sementes ocorre quando as células 
  femininas e masculinas se unem. Este processo de reprodução é 
  conhecido como reprodução sexuada.
  Outro fator que contribui para a disseminação das plantas é 
  o conjunto dos métodos que a natureza desenvolveu para espalhar as sementes 
  no final da floração. O vento, os pássaros e os animais 
  encarregam-se de espalhar as sementes que criam novas plantas. 
  
  Reprodução Celular
  O núcleo das células contém cromossomos, que são 
  os elementos que abrigam o material genético dos seres vivos e são, 
  portanto, responsáveis pela transmissão das características 
  hereditárias. Os cromossomos consistem basicamente de proteína 
  e DNA . Para que as características das células sejam passadas 
  adiante através dos cromossomos, estas células precisam se reproduzir. 
  As células possuem dois meios de reprodução: a mitose e 
  a meiose. Na mitose, o cromossomo duplica-se a si mesmo, formando duas células 
  idênticas (esse processo, por exemplo, é utilizado na reprodução 
  das células da pele). A mitose é subdividida em sub-fases que 
  são: interfase, prófase, metáfase, anáfase e telófase. 
  Interfase
  Os cromossomos ainda não são visíveis. O processo de divisão 
  ainda não começou. Ocorre a duplicação dos cromossomos. 
  Prófase
  Começa a preparação para a divisão. Os cromossomos 
  são visíveis neste estágio. Metáfase
  Surgimento do fuso. A membrana do núcleo desaparece. Anáfase
  Movimento dos cromatídeos em direção aos pólos. 
  Os centrômeros se partem. Telófase
  As metades migram para os pólos.
  Já na meiose, os cromossomos subdividem-se em dois gametas, sendo que 
  cada um contém metade dos cromossomos da célula original. Os gametas 
  de diferentes células podem ser combinados em uma nova célula.
  
  Casos Especiais de reprodução
  Considerando os padrões básicos ou comuns de reprodução, 
  podemos destacar alguns casos especiais, que constituem variações 
  das modalidades reprodutivas normalmente conhecidas. Discorreremos, então, 
  sobre os casos de partenogênese e poliembrionia.
  A partenogênese O termo partenogênese (do grego parthenos: virgem/ 
  genesis: origem) designa o fenômeno biológico em que o gameta feminino 
  (óvulo) de certos animais se desenvolvem formando um novo indivíduo, 
  sem que tenha sido fecundado.
  Trata-se de um caso atípico de reprodução sexuada, uma 
  vez que para se processar necessita da formação de um gameta.
  Um caso muito comum de partenogênese verifica-se entre as abelhas. nesses 
  animais, as abelhas-rainhas --- fêmeas férteis -- produzem óvulos 
  haplóides que podem ou não ser fecundados pelos espermatozóides 
  dos zangões -- machos férteis. Os óvulos fecundados normalmente 
  ao se desenvolver originam somente fêmeas, que são diplóides 
  (2n) e podem ser representadas por abelhas operárias ou rainha. Por sua 
  vez, os óvulos haplóides não fecundados tem a chance de 
  se desenvolver por partenogênese e originar somente zangões, que 
  são, portanto, igualmente haplóides
A poliembrionia -- Fenômeno em que se verifica a formação 
  de vários embriões a partir de um único zigoto. Nesse caso, 
  no início do desenvolvimento embrionário ocorre separação 
  de células em dois ou mais grupos; cada grupo poderá se desenvolver 
  e formar um novo indivíduo. como todos os indivíduos assim formados 
  são provenientes de um mesmo zigoto, conclui-se que todos eles terão 
  a mesma constituição genética; logo, serão necessariamente 
  do mesmo sexo. Esse é o caso dos chamados gêmeos univitelinos ou 
  monozigóticos, também conhecidos como gêmeos verdadeiros.
  Mas a poliembrionia nem sempre é a responsável pela formação 
  de gêmeos. Na espécie humana, por exemplo, uma mulher pode liberar 
  dois ou mais óvulos durante uma única ovulação. 
  (Ovulação é o fenômeno em que o óvulo é 
  expelido do ovários; em seguida, ele passa para o interior da trompa 
  uteriana). Nesse caso, sendo esses óvulos fecundados, formam-se os gêmeos 
  bivitelinos ou dizigóticos, também conhecidos como gêmeos 
  falsos ou gêmeos fraternos. Assim, óvulos distintos são 
  fecundados por espermatozóides também distintos, originando zigotos 
  igualmente distintos. Por essa razão, esses gêmeos diferem geneticamente 
  um do outro, da mesma maneira que quaisquer irmãos nascidos em partos 
  diferentes. Logo não precisam ser necessariamente do mesmo sexo, já 
  que são portadores de patrimônios genéticos diferentes 
  Gametogênese
  Na seção de Genética, obtemos conhecimentos a respeito 
  dos gametas e de sua participação no processo de formação 
  de nova vida começaram a ser devidamente esclarecidos, a partir da segunda 
  metade do século XIX. No século XX, os gametas e a sua diferenciação 
  tornaram-se objeto de investigações microscópicas eletrônicos. 
  Estes estudos permitiram conhecer a anatomia e a fisiologia dos gametas, bem 
  como os mecanismos envolvidos na fecundação do óvulo, sua 
  transformação em zigoto e posterior desenvolvimento.
  Em 1963, os cientistas Heller e Clermont demonstraram que a gametogênese 
  humana apresenta profundas semelhanças com a de outros animais inferiores 
  e que difere, basicamente, apenas no tempo de duração de cada 
  um de seus períodos ou etapas. Por isso, nesta unidade, vamos estudar 
  a gametogênese humana. Ela é um processo que, geralmente, ocorre 
  nas gônadas. Estas são estruturas especializadas dos sistemas reprodutores 
  de vários seres vivos, que têm por função a formação 
  dos gametas e de hormônios. Os gametas são células especializadas 
  destinadas à reprodução sexuada. Portanto, antes de iniciarmos 
  um estudo mais profundo, precisamos conhecer um pouco sobre a anatomia e a fisiologia 
  dos sistemas reprodutores masculino e feminino.
Sistema Reprodutor Masculino
  O sistema reprodutor masculino é especialmente adaptado para produzir 
  os espermatozóides e inoculá-los no interior do corpo da mulher. 
  É formado por um conjunto de órgãos, que pode ser dividido 
  nas seguintes partes principais: testículos, vias espermáticas, 
  glândulas anexas e o pênis. 
  Testículos: Correspondem a duas glândulas mistas, de aspecto ovóide, 
  medindo cerca de 3 a 8 cm de comprimento por aproximadamente 2,5 cm de largura. 
  São responsáveis pela produção dos espermatozóides 
  e pela secreção do hormônio testosterona. Cada um dos testículos 
  é envolvido por duas membranas: a mais externa é a túnica 
  vaginal, e a mais interna denomina-se túnica albugínea, com um 
  aspecto fibroso e bastante resistente. Esta membrana envia septos para o interior 
  dos testículos, dividindo o seu interior em vários compartimentos 
  ou lóbulos, onde se localizam os túbulos seminíferos. No 
  feto, estas duas glândulas permanecem dentro da cavidade abdominal; entretanto, 
  pouco antes do nascimento, tendem a migrar e a alojar-se dentro da bolsa escrotal 
  ou escroto. Esta bolsa é representada por uma prega de pele e músculos 
  que regulam a proximidade dos testículos, em relação ao 
  corpo do homem. Quando a temperatura do ambiente é baixa, a bolsa escrotal 
  se contrai, aproximando os testículos do corpo; quando a temperatura 
  é elevada, a bolsa relaxa, afastando os testículos do corpo. Isso 
  ocorre devido à necessidade de os testículos, para funcionarem 
  normalmente, permanecerem a uma temperatura com aproximadamente 1ºC inferior 
  à do corpo masculino. Em alguns casos, o fenômeno da migração 
  testicular pode não ocorrer, ficando um ou os dois testículos 
  retidos na cavidade abdominal, provocando uma anomalia conhecida como criptorquidia 
  (quando os dois testículos ficam retidos), ou a monorquidia (quando ocorre 
  com apenas um). Este problema deve ser corrigido cirurgicamente, ainda na infância, 
  de modo a não compromenter posteriormente a fertilidade do indivíduo.
  Vias Espermáticas: Representam uma extensa e complexa rede de ductos 
  ou canais com diâmetros variados, iniciando-se nos lobos testiculares 
  e terminando na uretra. As vias espermáticas correspondem ao trajeto 
  percorrido pelos espermatozóides, desde a sua produção, 
  o seu armazenamento até a sua eliminação.
Os lóbulos testiculares abrigam no seu interior uma grande quantidade 
  de túbulos seminíferos, representados por finíssimos e 
  tortuosos canais. Os espermatozóides são produzidos nos túbulos 
  seminíferos. Nas paredes internas destes túbulos, estão 
  presentes também as células de Leydig, responsáveis pela 
  produção do hormônio masculino testosterona, que é 
  lançado diretamente no sangue. Os espermatozóides, oriundos dos 
  túbulos seminíferos, são encaminhados ao epidídimo, 
  o qual constitui uma pequena formação alongada, localizada na 
  parte superior de cada testículo. O epidídimo é muito importante, 
  pois é no seu interior que os espermatozóides ficam armazenados 
  e onde desenvolvem seu flagelo, adquirindo motilidade própria. Antes 
  disso, os espermatozóides são estruturas imóveis. No interior 
  do epidídimo, encontram as células de Sertoli, com função 
  de nutrir e dar sustentação as espermatozóides. Da porção 
  superior do epidídimo, parte o canal deferente, com paredes grossas e 
  musculosas. Este canal penetra na cavidade abdominal, contorna a parte de trás 
  da bexiga, liga-se com o ducto da vesícula seminal, formando o canal 
  ejaculador, que é bem curto e vai até a uretra, no interior da 
  próstata. O canal ejaculador, finalmente, desemboca na uretra, a qual 
  percorre toda a extensão do interior do pênis e se abre no meio 
  externo. 
  Glândulas anexas: São representadas pelas vesículas seminais, 
  próstata e glândulas de Cowper, responsáveis pela produção 
  dos líquidos que veiculam e protegem os espermatozóides e que 
  entram na composição do esperma ou sêmen.
  As vesículas seminais são duas glândulas alongadas, com 
  aproximadamente, 6 cm cada, localizadas ao lado da próstata. Produzem 
  e secretam um líquido de cor amarelada, consistência viscosa e 
  pH alcalino, representando a maior parte do volume do sêmen.
  A próstata é uma glândula única, com o tamanho aproximadamente 
  de uma castanha. Localiza-se na saída da bexiga, envolvendo a uretra. 
  Produz e secreta um líquido de aspecto leitoso e ligeiramente ácido, 
  fornecendo o odor característico do sêmen.
  As glândulas de Cowper ou bulbouretrais são duas glândulas 
  com aproximadamente 1 cm cada. Localizam-se na extremidade do bulbo e da uretra. 
  Quando ocorre estimulação erótica o pênis se torne 
  ereto, estas glândulas secretam pequena quantidade de uma substância 
  de aspecto mucoso, destinada provavelmente à lubrificação 
  da uretra.
  Pênis: Representa o órgão copulador e inoculador do sêmen. 
  Tem o aspecto cilíndrico, sendo formado por tecidos bastante elásticos 
  que permitem o fenômeno da ereção. Internamente, em torno 
  da uretra, o pênis apresenta os corpos cavernosos e esponjosos, formados 
  por novelos de vasos sangüíneos dilatáveis. O mecanismo de 
  ereção peniana está diretamente relacionado com o preenchimento 
  destas estruturas com sangue. Na extremidade do pênis, localiza-se a glande, 
  que é uma região de elevada sensibilidade erógena. A glande 
  está recoberta por uma prega de pele retrátil, denominada prepúcio, 
  que se desloca para trás quando ocorre a ereção. No interior 
  do prepúcio, localizam-se as glândulas produtoras de uma secreção 
  caseosa, o esmegma. Esta secreção deve ser eliminada com a higiene 
  do pênis, pois determina a proliferação de bactérias, 
  favorecendo o surgimento de diversas infecções.
  Fisiologia do Sistema Reprodutor Masculino
  A maturação e o início das atividades do sistema reprodutor 
  masculino dependem inicialmente da secreção do hormônio 
  ICSH, produzido pela glândula hipófise. A produção 
  desse hormônio inicia-se aproximadamente aos doze ou treze anos, quando 
  começa a puberdade (este fenômeno depende de uma série de 
  fatores individuais e também ambientais, podendo o seu início 
  variar, sendo mais precoce ou mais tardia). 
  O ICSH secretado pela hipófise na corrente sangüínea atuará 
  sobre as células de Leydig nos testículos, fazendo com que elas 
  passem a produzir o hormônio masculino testosterona. Este hormônio 
  testicular é responsável pelo desencadeamento e pela manutenção 
  dos caracteres sexuais, secundários masculinos (barba, voz grave, massa 
  muscular, crescimento ósseo, metabolismo, comportamento e outros), além 
  de estimular a produção dos espermatozóides.
 Sistema Reprodutor Feminino
  O sistema reprodutor feminino é responsável pela produção 
  de óvulos e hormônios, pela criação de condições 
  propícias à fecundação e, quando esta ocorrer, pela 
  proteção ao desenvolvimento do embrião. Está constituído 
  basicamente pelos ovários, trompas de Falópio, útero, vagina 
  e pela vulva. Vamos conhecer melhor cada um destes constituintes: 
  Ovários - representam as gônadas femininas. Correspondem a duas 
  glândulas mistas com um formato semelhante ao das amêndoas, medindo 
  aproximadamente 4 cm de comprimento por 2 cm de largura. Localizam-se no interior 
  da cavidade abdominal, nos lados direito e esquerdo do útero.
  São responsáveis pela produção de óvulos 
  e secreção dos hormônios estrógeno e progesterona. 
  Cada ovário apresenta duas regiões distintas, sendo a mais externa 
  denominada de cortical, e a mais interna denominada de medular. A região 
  cortical é coberta pelo epitélio germinativo. Nas crianças, 
  ele apresenta um aspecto liso de cor esbranquiçada. Na mulher adulta, 
  assume um tom acinzentado com uma série de cicatrizes que correspondem 
  às ovulações ocorridas. Após a menopausa, os ovários 
  apresentam superfície enrugada, devido às inúmeras ovulações 
  ocorridas ao longo da vida reprodutiva da mulher. No córtex, estão 
  presentes pequenas formações, os folículos ovarianos, que 
  sofrem a ação de hormônios hipofisários, originando 
  os óvulos. a região medular interna está completamente 
  envolvida pela região cortical, exceto o hilo que dá passagem 
  a nervos e vasos sangüíneos. Quando uma menina nasce, apresenta 
  no córtex de cada ovário cerca de 200 000 folículos, totalizando 
  aproximadamente 400 000 folículos ovarianos. Este número cai para 
  10 000 na puberdade e nenhuma na menopausa.
  Tubas Uterinas - as tubas uterinas ou trompas de Falópio têm por 
  função encaminhar o óvulo em direção ao útero. 
  Elas são formadas por dois condutos com aproximadamente 12 cm de comprimento, 
  localizados na cavidade abdominal. Podemos distinguir três regiões 
  diferentes em cada uma das trompas: a intramural, a ístmica e a infundibular. 
  A primeira localiza-se no interior da parede uterina, atravessando-a e abrindo-se 
  no interior do útero, através de um pequeníssimo orifício. 
  A porção intermediária ou ístmica representa maior 
  pare da trompa e também a mais estreita. Na extremidade oposta à 
  porção intramural, encontra-se a porção infundibular 
  que é mais dilatada. Possui as bordas franjeadas (fímbrias) que 
  ficam em contato com os ovários e são responsáveis pela 
  captura do óvulo quando ele eclode na superfície dos ovários. 
  É no interior da região infundibular das trompas que ocorrem o 
  processo de fecundação e a formação do zigoto, o 
  qual é conduzido ao útero para a nidação. 
  Internamente, ao longo das trompas de Falópio, encontra-se um epitélio 
  ciliado que auxilia no deslocamento do óvulo em direção 
  ao útero. As paredes possuem musculatura lisa e realizam movimentos peristálticos 
  (semelhantes àqueles realizados pelos órgãos do tubo digestivo) 
  que também auxiliam no deslocamento do óvulo.
  Fisiologia do Sistema Reprodutor Feminino
  folículo é uma unidade formada por muitas células, presentes 
  nos ovários. É dentro dos folículos que se desenvolve o 
  óvulo e ocorre a produção de hormônios sexuais femininos. 
  
  A mulher nasce com aproximadamente 200 000 folículos primários 
  em cada ovário, os quais amadurecem formando os folículos secundários. 
  A partir da puberdade, uma vez por mês, um folículo secundário 
  amadurece mais ainda, por estímulo do hormônio hipofisário 
  FSH (Hormônio Folículo Estimulante), e forma o folículo 
  maduro ou folículo de Graaf, que contém o óvulo e produz 
  grande quantidade de estrógeno, que prepara o útero para a gravidez.
  Por volta do 14º dia após o primeiro dia da menstruação, 
  o folículo está totalmente maduro. Recebe então a influência 
  de outro hormônio hipofisário, o LH (Hormônio Luteinizante), 
  que estimula a ovulação. Após a ovulação, 
  o folículo transforma-se no corpo-lúteo ou amarelo, que inicia 
  a produção de hormônio progesterona, que age sobre o útero, 
  mantendo-o propício para a gravidez.
  Caso ocorra a fecundação, o corpo-lúteo, por estímulo 
  da gonadotrofina coriônica, produzida pela placenta, permanece produzindo 
  a progesterona, o que mantém o endométrio proliferado, capaz de 
  nutrir o embrião em desenvolvimento.
  Caso não se verifique a gravidez, o corpo-lúteo regride, transformando-se 
  no corpo albicans. Após 14 dias da ovulação, pela falta 
  de progesterona, o endométrio descama, constituindo a menstruação, 
  quanto tem início um novo ciclo hormonal.
  Nas mulheres, a ovulação se encerra entre 45 e 50 anos de idade, 
  fenômeno denominado menopausa. Num ciclo de 28 dias, o período 
  de maior fertilidade fica entre o 10º e o 18º dia do ciclo.
  As pílulas anticoncepcionais são constituídas de estrógenos 
  e progesterona, que assim impedem o amadurecimento dos folículos e, conseqüentemente, 
  a ovulação. Não ocorrendo a ovulação, não 
  há chance de fecundação. Os ciclos ovulatórios são, 
  geralmente, alternados. Um ciclo ocorre no ovário direito, e o outro, 
  no ovário esquerdo.
  A suspensão da menstruação é um dos sintomas da 
  gravidez. Durante ela, não ocorrerão novas ovulações 
  e nem menstruações. 
Ovulogênese
  A ovulogênese é a gametogênese feminina. Visa à formação 
  do óvulo e realiza-se a partir do epitélio germinativo do ovário, 
  com células diplóides, denominadas ovogônias ou ovulogônias.
  Na fase de multiplicação, a ovogônia se divide por mitoses 
  sucessivas e dá origem a numerosas células. Ao contrário 
  da espermatogênese, na ovogênese, todas as células seguem 
  o processo sem conservação da ovogônia. As células 
  restantes da multiplicação sofrem o processo de crescimento (fase 
  de crescimento) e se transformam nos ovócitos I (primários). 
  Na fase de maturação, cada ovócito I (diplóide) 
  dá, por meiose I (reducional) duas células haplóides: o 
  ovócito II (secundário), relativamente grande, e o 1º glóbulo 
  polar, de tamanho reduzido. Logo a seguir, o ovócito II se divide por 
  meiose II (equacional), dando duas células também diferentes em 
  tamanho: ovótide, bem desenvolvida, e o 2º glóbulo polar, 
  muito menor. Algumas vezes, o 1º glóbulo polar também se 
  divide por meiose II. A ovótide se transforma em óvulo. Portanto, 
  cada ovócito I dará origem a um óvulo e a três glóbulos 
  polares, geralmente estéreis.
  Na espécie humana, a ovulogênese inicia-se nos primeiros meses 
  de vida intra-uterina do feto, sendo paralisada quando o ovócito I inicia 
  a maturação, estágio que é chamado de dictióteno. 
  Desta forma, ao nascer, a menina apresenta um "estoque" de folículos 
  contendo ovócitos I em dictióteno. À medida que ela vai 
  crescendo, muitos folículos sofrem degeneração, transformando-se 
  em folículos atrésicos. Todos os ovócitos permanecerão 
  em dictióteno até a época da ovulação, que 
  terá início por volta dos 12 ou 13 anos de idade, encerrando-se 
  a partir da menopausa, por volta dos 45 aos 50 anos.
Óvulo Humano
  No ser humano, o gameta feminino (óvulo) apresenta estrutura muito simples, 
  sendo geralmente esférico, constituído por membrana plasmática, 
  citoplasma e núcleo. O óvulo maduro, na maioria dos animais, é 
  uma célula grande, geralmente esférica e que pode ser vista a 
  olho nu. Em alguns casos, alcança tamanhos consideráveis, como 
  é o caso dos répteis e das aves.
 Basicamente, um óvulo humano apresenta a seguinte estrutura: 
  o Membrana primária ou vitelínica que é a membrana plasmática, 
  sempre a mais interna; há também a membrana secundária, 
  formada pelas secreções das células foliculares (membrana 
  pelúcida no óvulo humano), e membranas terciárias, que 
  se depositam ao redor do óvulo, após ele ter saído do ovário. 
  Podem ser bainhas quitinosas, calcárias ou de outra natureza (coroa radiata 
  formada pelas células foliculares, nos mamíferos). 
  o Citoplasma - dividido em duas partes, o citoplasma formativo ou bioplasma, 
  que fica ao redor do núcleo e citoplasma nutritivo ou deutoplasma, que 
  armazena substâncias nutritivas, o vitelo ou lécito. 
  o Núcleo, chamado vesícula germinativa, às vezes central, 
  outras vezes polarizado. Tem forma oval, grande. 
  Geralmente, as regiões onde estão o núcleo com o bioplasma 
  e o citoplasma nutritivo estão polarizadas. O pólo onde se encontra 
  o núcleo com o bioplasma é chamado pólo animal, uma vez 
  que dará origem a um novo indivíduo; e o pólo onde se encontra 
  o deutoplasma é chamado de pólo vegetativo, uma vez que tem função 
  nutritiva.
  
  Tipos de Óvulos Animais
  De acordo com a quantidade e a distribuição de vitelo e de bioplasma, 
  identificaremos os seguintes tipos de óvulos e, conseqüentemente, 
  de ovos:
  Oligolécito - É também chamado de isolécito ou homolécito. 
  Apresenta pouco vitelo, o qual se encontra distribuído homogeneamente 
  com o bioplasma.
  Ex.: mamíferos e anfioxo.
  Telolécito incompleto ou Mediolécito - Apresenta um pólo 
  animal, com predomínio de bioplasma; e um pólo vegetativo, com 
  predomínio de vitelo. É médio quanto ao vitelo.
  Ex.: os anfíbios
  Telolécito completo ou Megalécito - Apresentam um pólo 
  animal exclusivamente com bioplasma e um pólo vegetativo apenas com vitelo. 
  é rico em vitelo.
  Ex.: aves
  Centrolécito - Dispõe de uma região central com vitelo, 
  enquanto o bioplasma se dispõe na periferia. É rico em vitelo.
  Ex.: artrópodes